Na Bolsa de Nova York, as cotações do café oscilam forte e sem nexo com os fundamentos do mercado físico

Publicado em 30/11/2012 17:29

Não houve alterações no mercado de café esta semana. Na ICE Futures US, as cotações do café oscilaram forte e sem nexo com os fundamentos do mercado físico.

As inúmeras incertezas que assombram a economia mundial a partir da crise na zona do euro e das dificuldades americanas desorientam os operadores e pressionam mês após mês as cotações das principais commodities agrícolas.

No caso do café, interesses de curto prazo levam a uma guerra de informações e boatos que se sucedem com uma rapidez incrível. Factoides são lançados às dezenas em um ambiente já nervoso com as incertezas da economia global, resultando em um rápido e inacreditável sobe e desce das cotações do café nas bolsas de futuro.

Em Nova Iorque, a queda das principais commodities agrícolas e o ambiente econômico pessimista faz com que semana após semana o resultado do “sobe e desce” no café seja negativo, com as cotações se acomodando em patamares menores a cada semana. Um complicador deste quadro é a forte valorização do dólar frente ao real nas últimas semanas.

Se o fortalecimento do dólar pressiona as cotações na ICE, no mercado físico brasileiro ela ajuda a dar sustentação aos preços em reais. Os negócios vão saindo à medida que o cafeicultor precisa de “caixa”. O volume de fechamento de negócios aumenta nos dias em que as bolsas de futuro fecham em alta.

O governo federal ainda não se manifestou a respeito da proposta para dar sustentação aos preços do café apresentada na semana passada pelo setor produtor, representado por Conselho Nacional do Café (CNC), Comissão Nacional do Café da CNA e Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cafeicultura.

A Cooxupé, maior cooperativa de café do mundo, em sua primeira estimativa de produção para o próximo ano, divulgou ontem, quinta-feira, que a safra 2013 do grão na sua área de atuação terá queda de 25% na comparação com 2012 (fonte: CNC – Conselho Nacional do Café).

Até o dia 29 os embarques de novembro estavam em 1.939.984 sacas de café arábica e 53.014 sacas de café conillon, somando 1.992.998 sacas de café verde, mais 181.541 sacas de café solúvel, contra 2.210.040 sacas no mesmo dia de outubro. Até o dia 29, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em novembro totalizavam 2.588.218 sacas, contra 2.681.025 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 23, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 30, caiu nos contratos para entrega em março próximo, 20 pontos ou US$ 0.27 ( R$ 0,58 ) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam no dia 23 a R$ 415,51/saca e hoje, dia 30 a R$ 423,73/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em março, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 580 pontos. No mercado paralisado de hoje, são as seguintes cotações nominais por saca, para os cafés verdes, do tipo 6 para melhor, safra 2012/2013, condição porta de armazém:
R$380/390,00 - CEREJA DESCASCADO – (CD), BEM PREPARADO.
R$370/380,00 - FINOS A EXTRAFINOS – MOGIANA E MINAS.
R$350/360,00 - BOA QUALIDADE – DUROS, BEM PREPARADOS.
R$340/350,00 - DUROS COM XÍCARAS MAIS FRACAS.
R$330/340,00 - RIADOS.
R$300/320,00 - RIO.
R$320/330,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: DURA.
R$310/320,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: RIADAS.
DÓLAR COMERCIAL DE SEXTA-FEIRA: R$ 2,127 PARA COMPRA.

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Fonte:
Escritório Carvalhaes

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