Café: Semana de alta em NY; mercado físico brasileiro com negócios travados

Publicado em 14/11/2014 17:19

Em mais uma semana de tensão nos mercados diante das incertezas em relação à nomeação da nova equipe econômica pela presidente Dilma, denúncias de corrupção na Petrobrás - o que adiou a divulgação de suas demonstrações financeiras referentes ao terceiro trimestre - ceticismo com a possibilidade de ajuste fiscal e risco de recessão, o dólar continuou se valorizando fortemente frente ao real, atingiu seu maior nível desde abril de 2005 e hoje, sexta-feira, continua em seu movimento de alta. 

A rolagem de posições de dezembro para março, antes do início do período de entregas físicas nos contratos de café na ICE Futures US e as incertezas quanto ao tamanho dos estragos da seca, sem precedentes nas últimas décadas, sobre a produção de café no sudeste brasileiro, levaram a uma semana de alta em Nova Iorque. 

No mercado físico brasileiro os negócios continuam travados e são fechados em pequeno número para esta época do ano-safra. A recusa dos compradores em repassar aos cafeicultores a alta do dólar frente ao real e os ganhos das cotações na ICE, faz com que muitos vendedores fiquem fora do mercado aguardando preços mais realistas e um quadro mais claro da produção brasileira de café em 2015. Também dificulta os negócios a opção tomada por muitos cafeicultores de aguardar o novo ano fiscal para realizarem suas vendas. 

As chuvas da primavera caem irregularmente e em volume insuficiente para repor o déficit acumulado em dez meses de seca. Em diversas regiões produtoras os cafezais já perdem parte da última florada de porte para a safra 2015. As arvores, debilitadas e pouco enfolhadas com a longa estiagem, agora perdem parte das flores. 

É importante lembrar que com o menor crescimento de novos ramos no último verão, a quantidade de flores que abriu nesta primavera já foi inferior ao que teríamos se as chuvas de janeiro a abril de 2014 tivessem caído dentro do usual para esse período do ano. 

Até o dia 13, os embarques de novembro estavam em 733.736 sacas de café arábica, mais 84.666 sacas de café conillon somando 818.402 sacas de café verde, mais 19.789 sacas de café solúvel, totalizando 838.191 sacas embarcadas, contra 884.511 sacas no mesmo dia de outubro. Até o dia 13 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em novembro totalizavam 1.358.671 sacas, contra 1.291.164 sacas no mesmo dia do mês anterior. 

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 7, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 14, subiu nos contratos para entrega em dezembro próximo, 960 pontos ou US$ 12,70 (R$ 32,94) por saca. Em reais, as cotações para entrega em dezembro próximo na ICE fecharam no dia 7 a R$ 619,12 por saca e sexta-feira, dia 7, a R$ 658,82 por saca. Hoje nos contratos para entrega em dezembro a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 325 pontos.

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Fonte:
Escritório Carvalhaes

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