Café: Compradores aproveitaram a queda em NY para diminuir o valor de suas ofertas e mercado físico brasileiro trava

Publicado em 15/01/2016 16:45 e atualizado em 15/01/2016 17:18
Com o dólar oscilando ao redor dos quatro reais durante toda a semana, as cotações do café na ICE futures US em Nova Iorque foram pressionadas diariamente e os contratos com vencimento em março próximo acumularam baixa de 410 pontos nesta semana.

No mercado físico brasileiro os compradores aproveitaram a queda em Nova Iorque para diminuir o valor de suas ofertas, tentando conter o movimento de alta da primeira semana do ano. Boa parte dos vendedores recuou e o volume de negócios fechados caiu.

Na próxima terça-feira o CECAFÉ – Conselho de Exportadores de Café do Brasil divulgará os números finais das exportações de café do Brasil em 2015, que devem ter superado em volume o recorde de 2014.

Ontem a ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café divulgou que o consumo brasileiro de café atingiu 20,5 milhões de sacas no acumulado de novembro de 2014 a outubro de 2015, crescendo 1% em relação a igual período anterior.

Os números acima indicam que em 2015 o Brasil precisou de aproximadamente 57 milhões de sacas de 60 kgs para atender suas necessidades de café para o consumo interno e exportação, repetindo o que já havia acontecido em 2014, quando o “desaparecimento” de café brasileiro também foi de 57 milhões de sacas. Foram 114 milhões de sacas em dois anos! Se levarmos em consideração que os cafezais do sudeste brasileiro sofreram com sérios problemas climáticos em 2014 e também em 2015, não é difícil imaginar que o volume dos estoques brasileiros de café neste início de 2016 é apertado para suprir nosso consumo interno e exportação até a chegada da nova safra 2016/2017. Só em junho próximo saberemos se nossos estoques deram conta da demanda.

A primeira estimativa da OIC – Organização Internacional do Café para a produção mundial em 2015/2016 aponta para uma safra de 143,4 milhões de sacas, enquanto sua última estimativa, de 2014, para o consumo mundial está próxima de 150 milhões de sacas. Nos últimos anos o crescimento médio anual do consumo mundial foi de 2,4%.

A demanda por café brasileiro vai continuar forte em 2016. A dúvida é se teremos café para repetir este ano e no próximo nosso excelente desempenho em 2014 e 2015.

Até dia 14, os embarques de janeiro estavam em 584.306 sacas de café arábica, 13.667 sacas de café conillon, mais 36.072 sacas de café solúvel, totalizando 634.045 sacas embarcadas, contra 709.586 sacas no mesmo dia dezembro. Até o mesmo dia 14, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em janeiro totalizavam 1.139.820 sacas, contra 1.281.944 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 8, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 15, caiu nos contratos para entrega em março próximo 410 pontos ou US$ 5,42 (R$ 21,95) por saca. Em reais, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam no dia 8 a R$ 635,00 por saca, e dia 15, a R$ 615,41 por saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em março a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 100 pontos. 

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Fonte:
Escritório Carvalhes

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