E no país do feijão falta feijão, por José Luiz Tejon

Publicado em 06/07/2016 11:39
José Luiz Tejon Megido é Conselheiro Fiscal do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS), Dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM, Comentarista da Rádio Jovem Pan.

E uns engraçadinhos passam a brincar e tirar um barato do governo Temer. Inventaram uma hashtag: "Temer baixa o preço do feijão". Sete em 10 brasileiros amam feijão, incluindo o  feijão carioca. E o engano está no anúncio de que vamos importar esse feijão. Impossível, pois esse tipo de feijão, o carioca não se produz fora do Brasil.

Importamos outros tipos de feijão, como por exemplo, o feijão preto da China. Ou seja, não falta o feijão preto, falta o carioca. Dessa forma, ou muda o hábito do consumidor ou o preço dos cariocas vão explodir.

Agora, quando ocorre uma colheita ou a falta de uma colheita, o problema se remete ao período de plantio. Se não plantar, não colhe. E, no caso do feijão, como de outras leguminosas e várias hortaliças, o único planejamento que existe está nas leis normais do mercado, da oferta e da procura, no clima e nas decisões próprias e individuais dos produtores. Por isso, planejamento agrícola significa peça sagrada e central de uma política de abastecimento.

Se o feijão já subiu mais de 40% este ano significa reflexo da ausência de política agropecuária, plano estratégico de segurança e abastecimento do país, dos antecessores do ministro Blairo. O Brasil tem um agronegócio gigantesco, porém não tem governança e, sem liderança de um dia para o outro pode vir a faltar o tomate,  o trigo e até o arroz e o feijão. Motivos? Gestão, planejamento e política agrícola.

Então, se a China é nosso cliente número 1 do agronegócio, agora virará também nosso principal fornecedor do feijão preto. Ou seja, viva a diversidade. Não tem carioca, vamos de preto. E se não tem feijão tire uma selfie na feijoada do sábado, prato valorizado na iguaria nacional.

Para não faltar feijão precisa ter planejamento na mão e orientação de mercado, políticas de estoques, seguro e preços assegurados que não são aqueles baseados nas bolsas de Chicago, nem nas tradings de carnes e de grãos. Coisa local do mercado interno nacional.

O potencial da melancia

Por José Luiz Tejon Megido, Conselheiro Fiscal do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS), Dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM, Comentarista da Rádio Jovem Pan. 

As bebidas esportivas ou os isotônicos movimentam quase 10 bilhões de dólares nos Estados Unidos. Sãoconsumidos mais de seis bilhões de litros. Os chineses também mandam ver nos isotônicos, consumo que crescem anualmente.

Aqui no Brasil nós estamos ainda bem longe desses números, quando comparamos esses mercados, mas segue aqui uma dica preciosa recebida da Dra. Anita Gutierrez. do Centro de Qualidade, Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento do CEAGESP, a opção nacional genial e indicada para substituir as bebidas isotônicas é o suco de melancia.

A maravilhosa melancia é um fruto rico em fito nutrientes como o licopeno, precursor do B caroteno, com alta capacidade antioxidante e que evita a perda celular. A melancia também é rica em L Citrulina, aminoácido que reduz a dor muscular.

Um estudo realizado na Espanha investigou o potencial do suco de melancia como bebida funcional para atletas e este revelou ser a melancia uma ótima ajuda na recuperação das batidas cardíacas e dor muscular.

Então, está na hora de produtores e atacadistas da melancia começarem a comunicar esse belo produto e seu suco, como ótima alternativa isotônica. Comprem melancias, façam sucos e aprecie um dos melhores isotônicos naturais do mundo.

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Fonte:
CCAS

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