Fala Produtor - Mensagem

  • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR 28/07/2015 13:39

    Não podemos ser ingênuos nesta questão de royalties da Intacta... O que a empresa quer no Brasil é o mesmo que ela tenta em outros países e conseguiu em alguns: o monopólio da produção de sementes (patentes). O próximo passo será a mudança na lei de cultivares, proibindo no Brasil, como fizeram nos EUA, os agricultores de guardar sua próprias sementes, mesmo as RR1... Eles entram com a cara e nós com o resto. Chegou a hora de darmos um basta...

    Se esta empresa fosse tão parceira assim, que devolvesse o dinheiro dos royalties cobrados errôneamente por dois anos dos agricultores. Vamos lá, mostre seu compromisso com os agricultores. Devolva meu dinheiro... Se forem embora do país será uma benção. Que sumam daqui.

    Não tenham medo aqueles que temem uma perda de produtividade. Temos a Embrapa e outras instituições de pesquisa competentes. Variedades RR1, que já cairam em domínio público, são muito boas. Aqui na região, a campeã até hoje foi a variedade convencional Coodetec 202. Se fizessem ela RR1, certamente seria a mais vendida no oeste do Paraná. Não tenham pena de multinacional, pois ela quer mais é nos moer e sugar tudo que temos. Não as vejam como parceiros....

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    • Angelo Miquelão Filho Apucarana - PR

      Carlos, quanto à questão dos royalties cobrados indevidamente, eu concordo com você, eles deveriam devolver sim! Mas foram feitos acordos, muitos contrários a vontade da maioria que nem se quer foi avisada. Quando da implantação da RR2, muitos assinaram aquele acordo abusivo no qual renunciaram aos direitos de reaver na justiça os royalties pagos indevidamente. Eu não aceitei, portanto não assinei acordo nenhum, pois se um dia houver uma chance de receber algo de volta, eu quero estar no meu direito de fazê-lo! Não que eu acredite nisso, pois acordos foram feitos por associações e outros órgãos que não representam ou expressam minha vontade. Quanto ao monopólio, este assunto a mais de oito anos foi noticiado e debatido amplamente em uma reunião em uma cooperativa de Maringá. Na oportunidade o palestrante destacou muito bem isso, falou e previu o que vivemos hoje "um caminho sem volta". Alertou-nos sobre o perigo de ficarmos reféns de uma tecnologia, pois é sabido que muitos agricultores, a maioria iria optar pelo modo mais fácil e com isso iríamos perder, e perdemos a tecnologia da soja convencional.

      Pois bem, vieram as resistências das ervas daninhas e hoje se fizermos as contas, veremos que os custos estão iguais ou mais altos que antes. E como se não bastasse, as empresas de sementes estão abandonando as RR1, e daqui a pouco não nos restará alternativa senão aceitar a contra gosto as imposições das multinacionais! Lembrando que a culpa é muito mais nossa que deles, eles jogaram a isca e nós produtores engolimos o anzol, agora romper e tira-lo será dolorido ou quase impossível! Como bem dizem; "não existe almoço grátis", se queremos tecnologia, havemos de pagar por ela. Ninguém trabalha e entrega de graça os frutos, sejam eles laranjas ou ciência! Romper ou negar-se a pagar por algo que nos beneficia, mesmo que caro como de fato é, não é uma atitude honesta. Faz-se necessário que criemos mecanismos e órgãos de pesquisa neste sentido, e assim encontrar alternativas viáveis. Mas isso custa dinheiro, e sabemos que pouquíssimos estão dispostos a arcar ou meter a mão no bolso!

      Entenda que não defendo o diabo, mas o inferno em que estamos é dele, isso por só nos obriga a respeitar suas regras enquanto não temos coragem de bancar o nosso céu! Cada um que encontre um caminho, mas leve em consideração que muitos deles não têm volta, não existem retornos próximos e o pedágio é caro, muito caro ao ponto de inviabilizar a viagem.

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    • Paulo Roberto Espires Maringá - PR

      Todos devem procurar seus advogados e entrar com ação contra a Monsanto, os royalties de 2011, 2012 e 2013 devem ser devolvidos com vasta jurisprudência! Eu já protocolei a minha!!

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