Fala Produtor - Mensagem

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC 23/07/2016 05:32

    Quando vou escrever um comentário procuro não utilizar como premissa algo que "acho". Procuro os dados, uma idéia, proposta, e a partir daí escrevo o que penso a respeito. E existe uma idéia circulando por aí, de que a demanda por alimentos vai crescer não sei quantos por cento nos próximos dez anos, e sinceramente tendo a acreditar nisso, desde que não haja uma guerra entre China, EUA, Rússia, ou uma outra qualquer entre os Islamicos e o resto do mundo. O brasileiro é sempre brasileiro com muito orgulho e amor. Deixando isso de lado e voltando à demanda por alimentos, acredito sim no crescimento da demanda no longo prazo, mas não de forma continua ou continuada. No caminho rumo às 400 mi de ton sonhadas pelos produtores brasileiros, há de haver quedas na demanda e redução de preços. Países entram em crise, e o exemplo do consumo interno do Brasil é ilustrativo. Mas quem se importa? Do alto da sapiência de muitos produtores, roncam grosso: "Eu acho". Infelizmente a realidade não está nem aí para o que achamos ou deixamos de achar. O sujeito que hoje reclama de estar em má situação é um produtor que está fazendo algo errado, pois a quantidade de dinheiro jogada da sociedade para o setor de grãos foi grande, chegando à um aumento de renda de 85% só na cambio entre 2015 e 2016. Destes 85% cambial, 25% já foram retirados. O produtor quer que o governo desvalorize o dinheiro dos trabalhadores, incluindo aí a classe pobre, diminuindo o poder de compra de alimentos com aumentos de preços muito acima da capacidade dos salários, e quer respeito da sociedade? Idéia macabra que quer fazer acreditar que os produtores são melhores que as outras pessoas e que por isso merecem privilégios especiais. Privilégios especiais amigos, só se for em cima do lombo de alguém, senão não tem. Se não conseguem ganhar dinheiro vendendo soja a 80 e milho a 40, procurem outra coisa para fazer, o Brasil realmente não precisa de vocês. A ganância é má conselheira.

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    • Cácio Ribeiro de Paula Bela Vista de Goiás - GO

      Amigo Rodrigo Polo, se olharmos para tras, isentos de qualquer ideologia, constataremos que por varias e varias vezes, o setor produtivo primario alavancou(bancou) os demais segmentos da nossa economia.

      Citando apenas 2 exemplos, um bem distante, o outro um pouco mais recente:

      1) Quem bancou o processo de industrializacao do Brasil?

      2) Quem ancorou o Plano Real?

      Se a analise for bem feita, foi mais riqueza daqui pra la, do que de la pra ca!

      Ou entao aprendi tudo errado!!

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    • Roberto Cadore Cruz Alta - RS

      Sr. Rodrigo, me permita discordar em parte do seu ponto de vista. O dinheiro jogado no setor de grãos sustenta o agronegócio sim, isto é, sustenta vários e vários empregos aos trabalhadores brasileiros nas lavouras e nas cidades...portanto o dinheiro é dividido entre diversos setores da sociedade. Sobre o aumento de renda de 85%, me desculpe, mas isso é ridículo, pois não considera os aumentos de custos e outras variáveis. E mais, quem disse que os produtores querem que o governo desvalorize o dinheiro dos trabalhadores? Eu nunca quis, sempre pensei que salários valorizados são o gatilho para aumento do consumo e valorização dos alimentos...Sr. Rodrigo, não queremos privilégios especiais, apenas queremos concorrer em igualdade de condições com nossos concorrentes. Com certeza não somos melhores do que as outras pessoas, somos iguais, somos apenas produtores de alimentos.

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Rodrigo, não tenho os dados precisos do percentual da soja comercializada a termo no plantio 2015/2016, mas como estamos falando de 2015, onde o castelo de cartas petista ruiu, acredito que deva ser um percentual alto. Então essa afirmativa de que os produtores estejam vendendo soja a R$ 80,00/sc ela se refere a uma ínfima parte deles. Quanto ao milho de R$ 40,00/sc é um bom preço, mas e para aqueles que tiveram mais de 50% de quebra de produtividade? Será que podemos falar que a sua renda seria a mesma coisa de estar vendendo o saco de milho por um valor abaixo de R$ 20,00/sc ? Quando ando pela rodovia, em época de plantio de milho safrinha, em anos que o clima ajuda no desenvolvimento da lavoura, a beira da rodovia fica até bonita, mas não é por causa das lavouras, são as placas das empresas de sementes que foram plantadas que são fixadas, fazendo o seu "jabá". Agora, em ano ruim como esse, veja se você vê as placas? FILHO FEIO NÃO TEM PAI !!!

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Sr. Cadore, não é ridiculo pois tive o cuidado de verificar bem quando foi o começo da desvalorização, foi outubro de 2014, portanto os custos já estavam contratados, e até março na colheita o real havia se desvalorizado 45%. Até outubro de 2015 desvalorizou 75%, portanto ainda dentro da safra que foi feita com cambio a 2,2. Nessa safra sim, o produtor contratou caro e se o cambio valorizar, aí sim será o contrapé, eu disse isso quando o câmbio começou a desvalorizar, então o cambio chegou a desvalorizar 85% dentro de uma safra só, agora devolve 25% podendo devolver mais. Quero aqui dizer que é apenas uma constatação, um fato, não que seja a favor ou contra, pois quem leu meus comentários sabe que defendo a estabilidade do preço da moeda.

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Sr. Roberto, concordo plenamente com você sobre a importância do agronegócio, mas que a desvalorização cambial ajudou muito, e foi o que sustentou o preço, isso não dá prá negar. Se alguém sofreu frustrações de safra tem direito a renegociar as dividas, o que digo é que é muito dificil alguém não conseguir ganhar dinheiro com os grãos no preço que atingiram. Se alguém conseguiu tal feito, tem muita competencia prá não ganhar dinheiro.

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    • beto palotina - PR

      Nem tanto ao ceu nem tanto a terra

      os ultimos anos nao foram mau remunerados para a soja ja o milho so deu pico de precos altos faz pouco tempo lenbrando se q nem todos os agricultores vendem direto a grande parte tem as empresas q deveriam ser cooperativas no meio e sem falar que o brasil e mais um continente q um pais entao nem sempre corre tudo igual pra todo mundo tanto para custos quanto pela questao climatica

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    • Rafael Antonio Tauffer Passo Fundo - RS

      Na agricultura nao é so credito é uma série d fatores q vai alem do controle do produtor.Veja o exemplo nos transportes,tem muito caminhao financiado a 3.5% ao ano e nao estao conseguindo pagar.

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