Milho: Em Chicago, mercado testa recuperação e fecha sessão em campo positivo nesta 5ª feira

Publicado em 30/07/2015 17:26

As cotações do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a subir nesta quinta-feira (30) e fecharam o dia em campo positivo. As principais posições do cereal acumularam altas entre 5,50 e 5,75 pontos. O contrato setembro/15 era cotado a US$ 3,73 por bushel, depois de iniciar o pregão a US$ 3,70 por bushel.

Durante todo o dia, o mercado esboçou um movimento de recuperação após atingir os menores patamares das últimas cinco semanas no pregão desta quarta-feira. De acordo com informações do site internacional Farm Futures, o boletim de vendas para exportação foi um dos fatores positivos, que contribuiu para dar suporte às cotações futuras do cereal em Chicago. Conforme dados reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), até a semana encerrada no dia 23 de julho, as exportações somaram 808,2 mil toneladas do grão.

O volume indicado ficou acima das expectativas do mercado que giravam entre 350 mil a 800 mil toneladas. Da safra velha, o número indicado ficou em 364,9 mil toneladas de milho, um crescimento de 63% em relação à semana anterior, na qual, as vendas totalizaram 223,4 mil toneladas de milho. Para a safra nova, o número ficou em 443,3 mil toneladas do cereal, número acima do reportado anteriormente, de 3311,4 mil toneladas.

Diante desse cenário, o volume de vendas acumuladas da safra velha subiu para 48,229 milhões de toneladas, contra o esperado pelo departamento para todo o ano comercial de 47 milhões de toneladas. Em contrapartida, os rumores de que os compradores norte-americanos teriam comprado mais milho brasileiro voltaram ao mercado nesta quinta-feira. "Tais negócios poderiam ser feitos, uma vez que o produto do Brasil tem se mostrado competitivo. Além do produto brasileiro, os EUA continuam a enfrentar um mercado mundial muito competitivo", ressalta Bryce Knorr, da Farm Futures.

Em meio a esse quadro, o consultor de mercado, Ênio Fernandes, destaca que o mercado já aguarda o próximo relatório de oferta e demanda do USDA, com os números da próxima temporada. "Até lá teremos uma luta muito forte entre baixistas e altistas no mercado. Esse será o número mais importante do ano", ressalta.

Paralelamente, as previsões climáticas para o Meio-Oeste dos EUA ainda permanecem sendo observados pelos investidores. Para os próximos dias, a previsão climática aponta para chuvas acima do normal e temperaturas abaixo da média, conforme o indicado nos mapas abaixo. As informações foram divulgadas pelo NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país -, nesta quinta-feira.

Previsão de chuvas para os EUA de 4 a 8 de agosto - Fonte: NOAA

Previsão de chuvas para os EUA de 4 a 8 de agosto - Fonte: NOAA

Previsão de temperaturas para os EUA de 4 a 8 de agosto - Fonte: NOAA

Previsão de temperaturas para os EUA de 4 a 8 de agosto - Fonte: NOAA

Perspectivas de preços

Ainda nesta quinta-feira, o banco internacional Rabobank elevou suas projeções para os preços do milho no mercado internacional. Em meio às chuvas recentes nos EUA e das adversidades climáticas em outras partes do mundo, como Ásia, Europa e África, a instituição estimou uma elevação de US$ 0,30 nas cotações do cereal trazendo de volta a perspectiva dos US$ 4,00 por bushel nos próximos três meses. Até março de 2016, os preços poderão chegar a US$ 4,16 por bushel.

Mercado interno

Apesar da alta observada no mercado internacional e do dólar, os preços praticados nos protos brasileiros recuaram nesta quinta-feira. No terminal de Paranaguá, a saca do produto, para entrega em outubro/15, fechou o dia com queda de 2,03%, com o preço a R$ 28,90. Em Santos, a perda foi de 1,67%, com a saca cotada a R$ 29,50. No Porto de Rio Grande, o dia foi estabilidade, com valor da saca a R$ 30,00.

Em Cascavel, o preço da saca caiu para R$ 20,50, com perda de 2,38%, já em São Gabriel do Oeste (MS), a perda foi de 2,78%, com a saca negociada a R$ 17,50. Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, a quinta-feira foi de estabilidade aos preços do milho. Segundo explicam os analistas, a maior oferta do grão no mercado interno, com a evolução da colheita da segunda safra acaba pressionando as cotações no interior do país no mercado físico.

A moeda norte-americana encerrou a sessão com alta de mais de 1,25% e encostou no nível de R$ 3,3710 na venda, o maior patamar desde 27 de março de 2003, conforme informações da agência Reuters. O câmbio encontrou suporte no fortalecimento da moeda norte-americana no mercado internacional frente às perspectivas de alta nos juros nos Estados Unidos ainda neste ano e as preocupações com a desaceleração da economia da China.

BM&F Bovespa

Na bolsa brasileira, as cotações do milho fecharam o dia do lado positivo da tabela. As principais posições acumularam alta de mais de 1% nesta quinta-feira. O vencimento setembro/15 era cotado a R$ 26,78 a saca do cereal. As cotações encontram sustentação nos ganhos registrados no mercado internacional e também no câmbio.

Confira como fecharam os preços nesta quinta-feira:

>> MILHO

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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