Café: Após testar patamar de US$ 1,20/lb, mercado em NY vira e cotações esboçam leves ganhos nesta tarde de 2ª feira
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) registram intensa volatilidade nesta segunda-feira (31). Por volta das 12h30, os principais vencimentos apresentavam ganhos acima de 30 pontos em ajuste após as cotações se aproximarem do patamar de US$ 1,20 por libra-peso. Os operadores também voltam a repercutir as incertezas em relação ao potencial produtivo do Brasil, maior produtor da variedade.
Pela manhã, as cotações do café arábica chegaram a operar no campo negativo repercutindo as informações do mercado financeiro, o que também contribuiu para a queda de outras commodities. O dólar avança forte sobre o real, a moeda estrangeira mais valorizada ante o real dá maior competitividade as exportações.
Por volta das 12h53, o vencimento dezembro/15 anotava 124,40 cents/lb com alta de 35 pontos, o março/16 tinha 127,80 cents/lb com avanço de 30 pontos. O contrato maio/16 registrava 130,05 cents/lb também com 30 pontos positivos e o julho/16 operava com 131,85 cents/lb com 5 pontos de valorização.
A colheita da safra 2015/16 de café se encaminha para o final. Mais de 80% das lavouras já foram colhidas. As previsões climáticas para esta semana favorecem o término dos trabalhos uma vez que não há previsão para chuvas até quinta-feira sobre as regiões Sul, Sudeste, Centro-oeste. As informações são da Somar Meteorologia.
Entretanto, a dúvida em relação ao potencial produtivo do Brasil permanece aqui no Brasil e na bolsa norte-americana. Estimativas estrangeiras apontam uma safra brasileira em cerca de 50 milhões de sacas, enquanto instituições brasileiras reportam a produção do Brasil em 40 milhões de sacas.
Na semana passada, a Volcafe, por exemplo, reduziu em 3,6 milhões de sacas de 60 kg a estimativa para produção de café brasileira. A expectativa da companhia é de que a colheita atinja 48,3 milhões de sacas nesta temporada, ante as 51,9 milhões previstas em maio.
Nesta segunda-feira, o dólar apresenta forte valorização ante o real em meio as preocupações com a situação fiscal do Brasil e temores de que o país possa perder seu selo de bom pagador, mesmo após o Banco Central reforçar sua intervenção no câmbio.
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