Presidente da CNA defende política oficial para fortalecer agricultura irrigada

Publicado em 23/07/2014 07:45

Os principais entraves ao crescimento da agricultura irrigada no país estão nas dificuldades do produtor em atender às normas da legislação ambiental, que precisam de ajustes especialmente na obtenção da outorga d´água, e na pouca oferta de técnicos capacitados para a montagem de um sistema consistente de irrigação. Foi o que afirmou o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins da Silva Junior, na abertura do seminário “Segurança Hídrica: uma visão brasileira”.

O presidente da CNA discorreu sobre o tema “Água e Produção Agrícola” na noite de segunda-feira (21.07), no auditório da entidade. Em sua palestra, ele indicou três fatores básicos da moderna produção agrícola no país: 59% referem-se à intensificação do uso de insumos agropecuários e da própria irrigação; 20% devem-se à expansão da fronteira agrícola; e outros 21% a pesquisas modernas que permitiram a utilização de variedades de sementes melhoradas. João Martins destacou ainda o “compromisso do produtor brasileiro em preservar o meio ambiente e os recursos hídricos”.

No entender do presidente da CNA, é fundamental “buscar novas tecnologias, capazes de reduzir os eventuais desperdícios no uso da água que é realidade no modelo de irrigação em vigor e aprender com exemplos práticos como os de Israel, onde o custo da irrigação é menor e o modelo utilizado moderno e eficiente”.

Desafio – Ao mencionar o desconforto dos produtores agrícolas do país, que são apontados como os maiores consumidores de água em todo o território nacional, João Martins convocou os técnicos a apresentarem soluções para o desafio de aumentar a produção poupando os mananciais. É preciso levar em conta, disse ele, que o Brasil se tornou um dos maiores produtores de grãos do mundo, para atender à demanda internacional por alimentos.

Para o presidente da CNA, outro fator que inibe a expansão de projetos de irrigação no país é o elevado custo da energia elétrica utilizada pelo agricultor. É importante que o Governo reveja alguns conceitos e adote uma política atraente de financiamento capaz de mudar esse quadro no segmento da irrigação, assinalou.

O fato é que produtor assumiu dois compromissos básicos, “não avançar mais sobre áreas agriculturáveis da Amazônia, e, ao mesmo tempo, proteger o meio-ambiente”. Entre 1990 e 2014, segundo lembrou, a produção agrícola brasileira saltou de 57 milhões para 193 milhões de toneladas, mas a área plantada cresceu apenas 50%, de 37 milhões para 57 milhões de hectares no mesmo período.

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Canal do Produtor

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