Na VEJA: Investidores se decepcionam com pesquisa Ibope e Bovespa cai 1%

Publicado em 24/07/2014 06:43 e atualizado em 28/08/2014 13:00
+ informações no blog de Augusto Nunes e Lauro jardim, de veja.com.br

Finanças

Investidores se decepcionam com pesquisa Ibope e Bovespa cai 1%

Pressionado por Petrobras, Ibovespa recuou durante toda a sessão depois de a pesquisa mostrar que num eventual segundo turno com o candidato Aécio Neves (PSDB), a presidente Dilma ganharia as eleições

Pregão eletrônico da Bovespa em São Paulo

Pregão eletrônico da Bovespa em São Paulo (Reinaldo Canato)

Da mesma forma que a expectativa favorável para a oposição com as pesquisas Sensus e Datafolha puxou para cima os papéis da Petrobras, a decepção com o Ibope, conhecido na noite de terça-feira, levou a uma realização de lucros nesta quarta-feira. O movimento contagiou o mercado, fazendo com que a Bovespa terminasse em baixa, na contramão do exterior. As ações da estatal vinha encerrando os últimos dez pregões com desempenho positivo.

O Ibovespa fechou em queda de 0,97%, aos 57.419,96 pontos. Na mínima, registrou 57.142 pontos (queda de 1,45%) e, na máxima, 57.983 pontos (estável). No mês, acumula ganho de 8%; no ano, de 11,48%. O giro financeiro totalizou 6,282 bilhões de dólares.

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Petrobras PN (sem direito a voto) caiu 2,41% e a ON (com direito a voto), 3,75%. Eletrobras ON recuou 3,80%, PNB, 1,32%, mas Banco do Brasil ON subiu 0,79%. O levantamento do Ibope não confirmou a expectativa do mercado de melhora consistente das intenções de voto no candidato do PSDB, Aécio Neves, que pudesse colocá-lo em posição de empate técnico com Dilma Rousseff (PT) em um eventual segundo turno, como sugeriam os dados de Datafolha e Sensus.

Dilma está com 38% das intenções de voto, ante 39% no levantamento anterior. Aécio aparece com 22%, ante 21% na anterior, e Eduardo Campos (PSB), com 8%, de 10% antes. Em um eventual segundo turno, entre Dilma e Aécio e Dilma e Campos, a petista venceria Aécio e Campos por 8 e 12 pontos, respectivamente, se a eleição fosse hoje.

A realização, no entanto, foi contida porque a rejeição à presidente Dilma ainda é muito elevada, de 36%, ante 16% de Aécio. E isso pode levar votos para a oposição.

Em Nova York, a trégua nas preocupações com a Rússia e balanços corporativos favoráveis ajudaram os índices, com exceção do Dow Jones, que caiu 0,16%, aos 17.086,63 pontos. O S&P 500 avançou 0,18%, aos 1.987,01 pontos, e o Nasdaq subiu 0,40%, aos 4.473,70 pontos.

(Com Estadão Conteúdo)

 

Economia

Números ruins: déficit da conta-petróleo roça os 10 bilhões de dolares no primeiro semestre

Plataforma de petróleo: pouca produção, muita importação

Plataforma de petróleo: pouca produção, muita importação

A conta-petróleo do Brasil (ou seja, as exportações de petróleo, derivados e gás natural menos as importações) até a terceira semana de junho está encostando nos 10 bilhões de dólares. Precisamente, é de 9,961 bilhões de dólares.

Por Lauro Jardim

Tags: Brasilconta-petróleodéficit

 

Economia

Haja termelétricas

Um quarto da energia do país via termelétrica

46% da energia do Nordeste via usinas térmicas

Foi batido ontem o recorde histórico de acionamento de usinas térmicas no Nordeste, de acordo com dados do governo.

Foram acionados 4 396 megawatts médios, o que representa impressionantes 46% de toda a energia consumida na região.

Haja bilhões de reais para cobrir toda essa lambança.

Por Lauro Jardim

 

Governo

O alívio de Mercadante

Mercadante: chefe da Casa Civil de fato

Mercadante: todo contente

Aloizio Mercadante não esconde o alívio hoje. O motivo: o resultado da pesquisa do Ibope, divulgada ontem.

Nem tanto pelas prospecções de primeiro turno, que mostraram números bem semelhantes aos do Datafolha, veiculados na semana passada.

No confronto com Aécio Neves, segundo o Ibope, Dilma venceria por 41% a 33%. A margem dá alguma folga aos petistas em comparação aos dados do Datafolha, que apontaram Dilma com 44% e Aécio, 41%.

Com quem falou hoje Mercadante comemorou o resultado. Não por acaso. As últimas horas antes de vir a público o último Ibope foram de alta tensão no Palácio do Planalto.

Mercadante e a cúpula da campanha de Dilma temiam uma nova pesquisa mostrando Dilma e Aécio colados num eventual segundo turno.

Por Lauro Jardim

 

Direto ao Ponto

1 minuto com Augusto Nunes: Aécio não deve limitar-se a mostrar que nada fez de errado. É hora de desafiar Lula a contar o que sabe sobre as pilantragens de Rose e o enriquecimento meteórico de Lulinha

Diante das provocações de Lula, ressalva o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, Aécio Neves não deveria limitar-se a deixar claro que nada houve de irregular na construção de um “aeroporto” na cidade mineira de Cláudio. Já que o ex-presidente descobriu que toda denúncia ou suspeita precisa ser investigada, o principal adversário de Dilma Rousseff poderia convidá-lo a revelar o que sabe sobre pelo menos duas histórias muito mal contadas: as aventuras criminosas de Rose Noronha e o enriquecimento rapídissimo do filho Fábio Luiz, o Lulinha.

O que o palanque ambulante tem a dizer sobre as patifarias da amiga especialmente íntima que reduziu a subsede de quadrilha o escritório paulista da Presidência da República? Por que esconde da Polícia Federal, do Ministério Público e do Judiciário informações que apressariam o completo esclarecimento do caso? Por que o Instituto Lula banca as despesas de Rose e os honorários (cobrados em dólares por minuto) da tropa de advogados contratados para defendê-la?

Só o chefe e parceiro de Rose conhece os detalhes desse enredo. E só o pai de Fábio Lulinha pode desvendar mistérios que há tempos intrigam milhões de brasileiros. Se continuasse com o status de filho de metalúrgico, o jovem monitor de zoológico teria virado empresário e pecuarista em menos de cinco anos? Teria conseguido a carteira de sócio do clube dos milionários se não apresentasse na portaria a carteira de identidade premiada?

Um vídeo de 58 segundos não comporta mais que dois exemplos. O timaço de comentaristas está convidado a lista de vigarices, maracutaias e safadezas que envolvem o chefe supremo da seita que só celera missas negras. E os candidatos oposicionistas que tratem de transformar o imenso acervo de safadezas em munição para o combate ainda em seu começo.

Dilma avisou que em ano eleitoral costuma fazer o diabo. Lula e seus devotos imaginam que, numa disputa pelo poder, o único pecado imperdoável é perder. Aécio já mostrou que sabe disso. Precisa agora deixar claro que não teme o bando de incapazes capazes de tudo. Só assim conseguirá identificar-se com as multidões decididas a encerrar nas urnas a era da bandidagem.

Elegância não pode ser o outro nome da tibieza. Tolerância não é sinônimo de capitulação. Acaba no chão quem tenta dançar minueto com quem só conhece forró. Não se tira para uma valsa quem só sabe mover-se ao som de quadrilhas. O avanço do primitismo não será detido com buquês de rosas. É preciso escancarar a nudez do reizinho.

Se Lula continuar fantasiado impunemente de campeão da moral e dos bons costumes, os pedófilos não demorarão a assumir o controle de todos os orfanatos.

Tags: 1 minuto com Augusto NunesAécio NevesCláudioFábio Luiz Lula da SilvaLulinhaRosemary Noronha

 

Opinião

‘A própria Folha, que ‘descobriu’ a pista de pouso construída em terras da família de Aécio, traz explicações perfeitamente razoáveis sobre o caso’, por Ricardo Setti

Publicado na Coluna do Ricardo Setti

Pista de pouso (Foto: Alex de Jesus/Futura Press)

Pista de pouso construída na fazenda de um irmão da avó materna de Aécio Neves (Foto: Alex de Jesus/Futura Press)

RICARDO SETTI

Para o jornal Folha de S. Paulo, assuntos importantes de verdade não são o perigo de uma guerra de vastas proporções devido às mãos sujas de sangue do presidente russo Vladimir Putin no caso do avião civil da Malásia abatido por rebeldes nacionalistas ucranianos que têm seu apoio, nem o sangrento conflito entre Israel e palestinos, nem sequer a controvertida volta de Dunga ao comando da Seleção.

O assunto mais importante do planeta é, uma vez mais para o jornal, algo que a Folha “descobriu”: a pista de pouso de mil metros de comprimento — que o jornal insiste em chamar de “aeroporto”, quando basta ver foto do local para constatar do que efetivamente se trata — construída pelo governo de Minas, no segundo mandato do governador Aécio Neves (PSDB), na cidade de Cláudio, via desapropriação de terrenos que pertenciam a um irmão da avó materna do hoje presidenciável.

Enquanto nos títulos e subtítulos a Folha parece enxergar que o mundo está despencando por causa do fato, nos textos o próprio jornal apresenta explicações razoáveis para o ocorrido.

Vou usar, daqui para a frente, apenas textos transcritos na íntegra de reportagens que o jornal traz hoje. Alguns comentários serão escritos em itálico, entre colchetes.

“O aeroporto (sic) feito na cidade de Cláudio custou R$ 13,9 milhões aos cofres do Estado. O aeródromo fica a seis quilômetros de distância de uma fazenda que a família do tucano tem no município.”

“Aécio [no caso, a Secretaria de Obras do governo do Estado de Minas] desapropriou o terreno do tio-avô onde o empreendimento foi construído. O ex-proprietário e parente do tucano contesta na Justiça o valor oferecido pelo governo em troca das terras — R$ 1 milhão. [Ou seja, o "benefício à família" foi tão generoso que o parente resolveu brigar na Justiça, por não concordar com ele.]

“A desapropriação é irreversível, mas só após o fim do impasse o Estado poderá registrar o imóvel em seu nome”. [Em reportagem anterior, o jornal fez um escândalo ao mostrar que alguém da família detém as chaves de acesso à pista de pouso, embora as ceda para interessados. Detém as chaves, como se vê, porque o Estado ainda não é, juridicamente, dono dos terrenos.]

“Entre os documentos apresentados pela assessoria do tucano estão pareceres de dois ex-ministros do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto e Carlos Velloso, que dizem que a operação feita pelo governo do tucano para viabilizar a obra, incluindo a desapropriação da área, foi legal”.

“Além disso, o PSDB apresentou cópia do inquérito aberto pelo Ministério Público de Minas em 2009 para apurar a construção do aeroporto (sic) após uma denúncia anônima à ouvidoria”.

“Em relatório de quatro páginas, a promotora responsável pelo caso, Maria Elmira Evangelina do Amaral Dick, decidiu pelo arquivamento da investigação, dizendo ter considerado satisfatórias as informações prestadas pelo governo de Minas Gerais sobre a necessidade da obra”.

AGORA, O TEXTO É DO BLOG:

Há leitores me cobrando abordar o assunto, o que estou fazendo agora pela segunda vez, depois de publicar nota de O Globo a respeito. E há leitores, em maior número, criticando a exploração do fato pelos adversários de Aécio, como forma de tirar proveito do episódio na campanha em prol da reeleição da presidente Dilma.

(Por falar nisso, alguém tem dúvida de que foi a ANAC quem vazou o caso?)

Não tenho dificuldade alguma em comentar o fato. Para dizer que:

1. Se eu fosse governador, faria algo semelhante?

Nunca tive a pretensão de ocupar qualquer cargo eletivo, mas, na hipótese, minha resposta seria NÃO. Não faria e, se fosse o caso de algum subordinado querendo agradar ao chefe, impediria.

2. Há alguma ilegalidade no que foi feito?

A resposta, pelo que vocês leram acima, da lavra da Folha de S. Paulo, é NÃO. Dois respeitabilíssimos ministros aposentados do Supremo deram seu beneplácito à operação. E — importantíssimo — antes que a Folha achasse que “descobriu” o fato, há exatos 5 anos, o Ministério Público debruçou-se sobre o caso, para concluir que nada havia de irregular ali e mandar arquivá-lo.

3. Aécio beneficiou a família ao construir a pista de pouso?

A julgar pelo processo movido pelo parente CONTRA o Estado de Minas, inconformado com a indenização recebida, a resposta é NÃO. A pista foi construída entre 2009 e 2010, e a terra desapropriada em 2009. Há cinco anos, portanto, o parente de Aécio batalha na Justiça para receber o que considera justo — e até agora não recebeu 1 centavo. Como cabem vários recursos em processos desse tipo, poderá passar uma década ou mais sem embolsar nada.

4. O fato desqualifica Aécio como candidato à Presidência?

Só na cabeça de seus mais ferozes adversários.

Aécio foi presidente da Câmara dos Deputados em 2001 e 2001, período no qual, entre outros feitos, articulou com sucesso o fim da absurda e imoral imunidade parlamentar como existia até então, e que protegia, com o mandato, até assassinos. Elegeu-se e se reelegeu governador de Minas, o segundo maior Estado brasileiro, vencendo no primeiro turno, e deixou o governo com aprovação de 77% dos mineiros.

Tendo deixado o governo para concorrer ao Senado, elegeu-se com votação recorde na história eleitoral de Minas.

A meu ver, é preciso muito, mas muito mais do que uma pista de pouso de mil metros, cuja construção não violou lei alguma — embora, é lógico, possa ter sua oportunidade e conveniência contestadas e/ou censuradas –, para jogar na lama, como agora se pretende, a reputação de um político que ocupou importantes cargos na República e em seu Estado de forma correta e exitosa.

Tags: Aécio NevesaeroportoANACCarlos Ayres BrittoCarlos VellosoFolha de S. Paulo

 

Direto ao Ponto

Se aparecer no local de trabalho com mais frequência, Haddad será lembrado para sempre como o pior prefeito da história

Fernando-Haddad

Há um ano e meio no cargo, o prefeito Fernando Haddad acaba de conceder-se o segundo período de férias. Em outubro, foi festejar o aniversário de casamento na Itália. Nesta semana, refugiou-se em algum canto do mundo para convalescer do divórcio litigioso noticiado pelo Datafolha: quase metade do eleitorado de São Paulo nem quer conversa com o encarregado de administrar a maior metrópole brasileira.

Foi uma ruptura e tanto: segundo a pesquisa que o Ibope ainda não teve tempo de retocar, 47% da população acha “ruim” ou “péssimo” o desempenho do prefeito. Só dois antecessores conseguiram ir mais longe que Haddad em 18 meses de governo: Jânio Quadros (66%, em 1987) e Celso Pitta, que em 1998 embolsou a medalha de prata com 54% de desaprovação.

O Datafolha também constatou que o prefeito percorre a rota do naufrágio mais pelo que andou fazendo e menos pelo que deixou de fazer. Os insatisfeitos com Haddad pouco se importam, por exemplo, com o sumiço do Arco do Futuro, codinome do colosso de “intervenções urbanas” que fariam de São Paulo uma Paris com pastel e caldo de cana. A imensidão de indignados é fruto das sucessivas demonstrações de incompetência político-administrativa.

Os 47% de impopularidade se devem às faixas exclusivas semidesertas, às linhas de ônibus que desaparecem misteriosamente da noite para o dia, aos paquidermes sobre todas em acelerada decomposição, à subordinação aos “movimentos sociais” (sobretudo ao liderado por Guilherme Boulos e sua trupe sem-teto armada de telefones celulares), à transformação das principais avenidas em parque de diversões em poder dos black blocs, à expansão da Cracolândia e a tantos outros monumentos ao amadorismo amalucado. Sempre que a luz acesa no poste instalado por Lula na prefeitura informa que vem aí mais uma ideia, a cidade se prepara para outro curto-circuito.

Jânio e Pitta são concorrentes respeitáveis, mas Haddad não demoraria a derrotá-los se aparecesse com mais frequência no local do emprego. Ele chegou aos 47% trabalhando só em dias úteis, reservando todas as noites ao convívio com a família e saindo de férias quando lhe dá na telha. Caso se livre da laborfobia, a produção de projetos e ideias lhe permitirá superar, antes que o mandato chegue ao fim, o recorde estabelecido por Jânio há 27 anos.

A façanha eternizará o companheiro trapalhão na memória paulistana como o pior prefeito da história. Não é pouca coisa.

(por Augusto Nunes)

Tags: DatafolhafériasFernando HaddadGilberto CarvalhoJânio Quadros,ônibusSão Paulo

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Fonte:
veja.com.br

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