Boicote a Israel: uma lista para ajudar quem adora odiar Israel e está louco de vontade de boicotar seus produtos

Publicado em 24/07/2014 20:50 e atualizado em 10/03/2020 16:14
por Rodrigo Constantino, de veja.com.br

Crise InternacionalEconomiaEmpreendedorismoGuerrasSaúde

Boicote a Israel: uma lista para ajudar

Se você é daqueles que adoram odiar Israel e está louco de vontade de boicotar seus produtos, aqui vai uma lista para ajudar, extraída desse site e traduzida por um leitor:

- Remova chips sionistas Pentium e Celeron.
- Desinstale seu Windows XT.
- Sistema Microsoft? Esqueça.
- Remova anti-vírus e Firewall. Já!
- Enviar e-mail? Não mais. Código de algoritmo é… israelense!
- Compre um pager! Tecnologia do telefone celular foi desenvolvida em… Israel.
- Desative seu voicemail. Israelense.
- Facebook? Não te pertence mais.
- Busca online? Cuidado, maioria é israelense.
- Usa Waze? Usava.
- Reinstalou ICQ? Sionista! Desinstale.
- Curte e-book? Curtia!
- Armazenar dados na Web? Vá com calma, maioria israelense.
- Carro elétrico? No! Polua pra sempre.
- Tomatinho-cereja delicioso? Volte pro tomatão.
- Tecnologia de irrigação contra fome na África, China, Índia e Indonésia (maior país muçulmano do mundo): é o fim!
- Genéricos: prefira os de marca. A israelense Teva é a maior do mundo!
- Câncer: cientistas israelenses na vanguarda dos tratamentos.
- HIV: já ouviu falar do AZT?
- Diabético? Evite injetar insulina com aparelhos desenvolvidos em Israel.
- Esclerose múltipla: pare Copaxone, dos mais eficazes. Laquinimod? Abandone.
- Parkinson: remova marcapasso israelense que minimiza os tremores. Interrompa Levodopa.
- Histórico de doença cardíaca ou arterioesclerose na família? Reze pra doença não ter. Detecção prévia? Não pra você.
- Epilepsia: livre-se da pulseira sionista que envia alertas!
- Apneia do sono: testes só sem aparelhos israelenses.
- Dislexia: babau pro sistema de leitura baseado na intranet.
- Alergias de pele: tratar com creme de esteroide, esqueça os sem.
- Catéteres? Protegidos contra infecção por plástico israelense.
- Cirurgia na garganta: só sem laser cirúrgico sionista!
- Colonoscopia e gastro: aborte câmeras israelenses.
- Nunca implante um coração artificial: Israel foi pioneira!
- Transplante de rim: espere doadores do mesmo tipo sanguíneo! Métodos de Israel permitem outros doares!
- Células tronco: esqueça fabulosos tratamentos!
- Tratamento dentário: esqueça os principais, scanner desenvolvido em Israel.
- Assistência humanitária e produção local: quase 40 países beneficiados.

Isso vai ao encontro do meu texto sobre os reais motivos do ódio a Israel, publicado no GLOBO em maio de 2011:

O ódio a Israel

“Não é possível discutir racionalmente com alguém que prefere matar-nos a ser convencido pelos nossos argumentos.” (Karl Popper)

As recentes declarações do presidente Obama reacenderam o debate sobre o confronto entre Palestina e Israel. Todos gostam de emitir opinião sobre o assunto, mesmo sem embasamento. Não pretendo entrar na questão histórica em si, até porque isso foge da minha área de conhecimento. Mas gostaria de colaborar com o debate pela via econômica. Do meu ponto de vista, há muita inveja do relativo sucesso israelense. A tendência natural é defender os mais fracos. Isso nem sempre será o mais justo.

O antissemitismo é tão antigo quanto o próprio judaísmo. Os motivos variaram com o tempo. Mas, em minha opinião, não podemos descartar a inveja como fator importante. A prática da usura era condenada pelos católicos enquanto os judeus desfrutavam de sua evidente lógica econômica. Shakespeare retratou o antissemitismo de seu tempo em seu clássico “O Mercador de Veneza”, em que Shylock representa o típico agiota insensível. Marx, sempre irresponsável com suas finanças, usou os judeus como bode expiatório para atacar o capitalismo. O nacional-socialismo de Hitler foi o ponto máximo do ódio contra judeus.

Vários países existem por causa de decisões arbitrárias de governos, principalmente após guerras. Israel é apenas mais um. Curiosamente, parece que somente Israel não tem o direito de existir. Culpa-se sua existência pelo conflito na região, sem levar em conta que os maiores inimigos dos muçulmanos vêm do próprio Islã. O que Israel fez de tão terrível para que mereça ser “varrido do mapa”, como os fanáticos defendem?

Israel é um país pequeno, criado apenas em 1948, contando hoje com pouco mais de sete milhões de habitantes. Ao contrário de seus vizinhos, não possui recursos naturais abundantes, e precisa importar petróleo. Entretanto, o telefone celular foi desenvolvido lá, pela filial da Motorola. A maior parte do sistema operacional do Windows XP foi desenvolvida pela Microsoft de Israel. O microprocessador Pentium-4 foi desenvolvido pela Intel em Israel. A tecnologia da “caixa postal” foi desenvolvida em Israel. Microsoft e Cisco construíram unidades de pesquisa e desenvolvimento em Israel. Em resumo, Israel possui uma das indústrias de tecnologia mais avançadas do mundo.

O PIB de Israel, acima de US$ 200 bilhões por ano, é muito superior ao de seus vizinhos islâmicos. A renda per capita é de quase US$ 30 mil. Apesar da pequena população e da ausência de recursos naturais, as empresas israelenses exportam mais de US$ 50 bilhões por ano. A penetração da internet é uma das maiores do mundo. Israel possui a maior proporção mundial de títulos universitários em relação à população. Lá são produzidos mais artigos científicos per capita que qualquer outro país. Israel possui o maior IDH do Oriente, e o 15º do mundo.

Não custa lembrar que tudo isso foi conquistado sob constante ameaça terrorista por parte dos vizinhos, forçando um pesado gasto militar do governo. Ainda assim, o país despontou no campo científico e tecnológico, oferecendo enormes avanços para a humanidade. 

Quando comparamos a realidade israelense com a situação miserável da maioria dos vizinhos, fica mais fácil entender parte do ódio que é alimentado contra os judeus. Claro que fatores religiosos pesam, assim como o interesse de autoridades islâmicas no clima de guerra. Nada como um inimigo externo para justificar atrocidades domésticas. Mas as gritantes diferenças econômicas e sociais sem dúvida adicionam lenha à fogueira.

Como agravante, Israel é uma democracia parlamentar, enquanto a maioria dos vizinhos vive sob regimes autoritários que ignoram os direitos humanos mais básicos. Isso para não falar das gritantes diferenças quanto às liberdades femininas.  

Israel não é um paraíso. Longe disso. Seu governo comete abusos que merecem repúdio. Mas perto da realidade de seus vizinhos islâmicos, o contraste é chocante. Será que isso tem alguma ligação com o ódio a Israel e o constante uso de critérios parciais na hora de julgar os acontecimentos na região? O sucesso costuma despertar a inveja nas almas pequenas, vide o antiamericanismo patológico que ainda sobrevive na esquerda latino-americana.  

Em tempo: O ministro brasileiro da Ciência e Tecnologia deveria aprender com Israel como produzir tecnologia de ponta, com ampla abertura econômica e investimento em educação, em vez de tentar resgatar o fracassado protecionismo, no afã de estimular a indústria nacional. 

Rodrigo Constantino

 

Crise Internacional

Israel chama Brasil de “anão diplomático”. E está certo!

Direto da Rua Judaica:

O Brasil, nesta quinta-feira, retirou seu embaixador em Israel para consultas em protesto contra a operação da IDF na Faixa de Gaza. Uma declaração emitida em nota pelo Ministério das Relações Exteriores brasileiro disse que o Brasil considera a “escalada de violência entre Israel e Palestina” como inaceitável. “Nós condenamos fortemente o uso desproporcionado da força por parte de Israel na Faixa de Gaza.”

O Ministério das Relações Exteriores de Israel imediatamente reagiu ao ato brasileiro. “Esta é uma demonstração lamentável porque o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua a ser um “anão diplomático”, disse o porta-voz do Ministério do Exterior, Yigal Palmor.

Palmor acrescentou: “O relativismo moral por trás deste movimento faz do Brasil um parceiro diplomático irrelevante, aquele que cria problemas em vez de contribuir para soluções.” 

O ministério israelense está certo! O Brasil, sob o comando do PT, virou mesmo um “anão diplomático”. O Itamaraty virou um braço ideológico do partido, sempre do lado errado nas disputas internacionais. Os exemplos são infindáveis e preencheriam um livro todo (que, aliás, deveria ser escrito por algum diplomata corajoso).

Quando o avião comercial da Malásia caiu com quase 300 pessoas na fronteira da Ucrânia, a presidente Dilma logo repetiu a tese esdrúxula de que o alvo poderia ser o próprio Putin, sendo que a comunidade internacional levantava sérias suspeitas de que o líder russo era justamente quem estava por trás do ataque, treinando e armando os separatistas ucranianos na região. Essa foi apenas a bola fora mais recente. A lista é longa.

O governo brasileiro se aproximou nos últimos anos do que há de pior na geopolítica mundial. Virou aliado de ditadores africanos, de líderes islâmicos extremistas, ofereceu apoio incondicional ao regime cubano assassino, tomou o partido de Chávez e depois Maduro na Venezuela, apoiou e abrigou em nossa embaixada Manuel Zelaya em Honduras, deposto constitucionalmente em seu país, intrometeu-se em questões internas do Paraguai, agindo contra o Congresso do país, protagonizou o vergonhoso episódio com Roger Molina, que foi mantido prisioneiro em nossa embaixada boliviana por mais de um ano, etc.

Como eu disse, a lista não teria fim, mas o leitor já entendeu o ponto. O nosso governo, quando se trata de política externa, é tão incompetente e ideológico como nas questões internas. O estrago tem sido enorme. Ninguém sério nos leva mais a sério. O Brasil virou piada de salão, um país que emite opinião apenas para defender a escória internacional.

A última nota emitida sobre o conflito em Gaza não menciona uma única vez os mísseis lançados pelos terroristas do Hamas. O tom é totalmente contra Israel, como se fosse um país invasor e colonizador, sem motivo algum para entrar em Gaza e perseguir os membros do Hamas.

O nosso governo condena o “uso de força desproporcional”, mas não tem opinião sobre a “moral desproporcional” entre um governo que tenta defender o próprio povo e um grupo terrorista que usa o seu, incluindo crianças, como escudo humano.

Ironicamente, a nota contra Israel vem em um momento em que os próprios países árabes da região, especialmente o governo do Egito, estão mais silenciosos e tolerantes com os avanços israelenses, pois repudiam as práticas do Hamas e sua aliança com a Irmandade Muçulmana.

Ninguém pode ficar feliz com a tragédia humanitária dos palestinos. Mas somente alguém muito parcial apontaria o dedo apenas para Israel, sem levar em conta o que faz o Hamas. Essa foi a postura de nosso governo. Um “anão diplomático”.

Rodrigo Constantino

 

Internacional

Surpreso com petardo diplomático, governo brasileiro deve congelar relações bilaterais com Israel e aguarda solidariedade dos vizinhos

Surpresa

Surpresa

O petardo diplomático disparado por Tel Aviv em direção a Brasília deixou o governo brasileiro atônito.

Luiz Alberto Figueiredo e o restante do alto escalão do Itamaraty foram pegos de surpresa com o comunicado israelense, acusando o Brasil de ser “politicamente irrelevante”.

A primeira reação deverá ser o congelamento das relações bilaterais com Israel – comerciais, culturais e, principalmente, políticas.

O gelo tende a perdurar até que o corpo diplomático de Reuven Rivlin faça um movimento em direção ao Brasil, o que não deve acontecer até o fim da crise em Gaza.

Um alto funcionário do gabinete de Luiz Alberto Figueiredo compara:

- Israel agiu, no campo diplomático, da mesma forma como, no campo militar, vem fazendo com Gaza: sem qualquer habilidade.

Internamente, sem alarde, o governo brasileiro conta que haverá gestos de solidariedade de seus vizinhos da América do Sul nos próximos dias, com a retirada de mais embaixadores de Tel Aviv.

Por Lauro Jardim

 

Crise Internacional

Casal Kirchner já foi “abutre”: a doce hipocrisia da esquerda caviar

Fonte: Estadão

Deu no Estadão:

Há poucas semanas, em pleno conflito judiciário, a presidente Cristina Kirchner criticou os holdouts (fundos de investimentos que não participaram das renegociações de dívida) por tentarem conseguir elevados lucros com os títulos da dívida pública argentina que anos atrás haviam comprado a baixo preço, quando estavam desvalorizados pelo calote de 2001. “Eles querem lucro de 1.600%!”, exclamou a presidente na ocasião. Visivelmente irritada, criticou a ofensiva que os holdouts fazem nos tribunais em Nova York para conseguir o embargo de bens do Estado argentino nos EUA ou o pagamento da totalidade da dívida.

“Abutres” é a denominação que o governo da presidente Cristina aplica aos holdouts, aos quais acusa de conspirar contra a Argentina. 

No entanto, o modus operandi dos “abutres” é similar ao que o próprio casal Néstor e Cristina Kirchner aplicou na Patagônia durante a ditadura militar (1976-83), quando enriqueceu graças a execuções hipotecárias.

Recém-formados como advogados em La Plata, os Kirchners em 1976 instalaram-se em Rio Gallegos, capital da Província de Santa Cruz, como assessores jurídicos da agência financeira Finsud, que realizava cobranças extrajudiciárias. 

O jovem advogado, quando ficava sabendo que um proprietário deixava de pagar a parcela mensal de crédito, ia até sua casa e lhe explicava que tinha poucas opções. Uma delas era resignar-se a ter a casa leiloada e ficar sem nada. A outra, a de vendê-la ao próprio Kirchner por um preço significantemente inferior ao valor real.

[...]

Segundo diversas investigações jornalísticas, em apenas cinco anos, entre 1977 e 1982, o jovem casal comprou 22 propriedades. “Compraram as casas daquelas pessoas que não podiam pagar”, explicou anos atrás o ex-deputado Javier Bielle, da União Cívica Radical de Santa Cruz.

Além disso, o avô de Kirchner era conhecido como “agiota” na região. Ou seja, pimenta no olho dos outros é refresco. A esquerda tenta monopolizar as virtudes, adotar um discurso demagógico, condenar nos outros aquilo que ela mesmo pratica.

O discurso de esquerda costuma variar de acordo com a ocasião. Um especulador bilionário como George Soros pode, de repente, ser o ícone das boas intenções “progressistas” quando assina gordos cheques para ONGs esquerdistas. Não há preocupação alguma com a coerência. Faça o que eu digo, não o que eu faço.

Agora, prestes a mais um calote, o governo da Argentina prefere acusar os “abutres”, ignorando que cavou o próprio buraco. Kirchner diz que não se trata de calote, mas como disse Alexandre Schwartsman:

Existem três situações: o devedor tem o dinheiro e não quer pagar; quer pagar mas não tem o dinheiro; ou ele quer pagar, tem o dinheiro e a Justiça não deixa. Independentemente das motivações, o credor não está recebendo, então é um calote. Não importa se foi porque a mãe ficou doente, se houve problema no banco: se não foi pago, é calote. Podem até chamar de Juan, de Ernani, mas para mim é calote.

Discussão semântica à parte, eis o que importa aqui: uma vez mais a esquerda latino-americana, que gosta de posar de abnegada e vítima, é desmascarada. Isso sem esquecer que o verdadeiro abutre nessa história toda não é o especulador que quer seu investimento de volta, e sim o governo que destrói as finanças de um país inteiro.

Rodrigo Constantino

 

Saúde

Lucro ou vida? Ambos!

O tema da saúde pública suscita muitos debates acalorados, mas com pouca luz. É que as emoções costumam turvar a razão. Comentei aqui, com base na crise da Santa Casa, a ideia liberal de o estado cuidar apenas da saúde básica e emergencial, deixando o restante para o próprio mercado.

Posso adiantar muitas críticas do tipo: quem vai cuidar da saúde dos mais pobres? E se a pessoa não tiver dinheiro para um tratamento mais complexo? Você coloca o lucro acima das vidas humanas? São questões válidas, mas que sem o devido cuidado desembocam em um sensacionalismo demagógico.

Pela mesma linha, poderíamos argumentar que o estado deve cuidar da produção de alimentos, para “garantir” alimentação adequada para todos. Nem preciso dizer que os regimes comunistas fizeram exatamente isso, e o resultado foi a morte de milhões por inanição. Aqui mesmo, no Brasil, o programa Fome Zero de Lula foi um fiasco.

Não devemos monopolizar os fins nobres, e sim debater com seriedade os melhores meios para tais fins. Todos desejam um acesso aos tratamentos disponíveis para a maior quantidade possível de gente. Todos gostariam de ver a população mais saudável, podendo levar uma vida mais digna. A questão é: como?

Resgato, para reflexão, um texto antigo em que falo da falsa dicotomia “lucro ou vida”, com base no exemplo do setor farmacêutico. Alguém acha que o mundo estaria melhor se o estado fosse o produtor de remédios?

O Lucro e a Vida

“O lucro é como o oxigênio, a comida, a água, e o sangue do corpo; eles não são o objetivo da vida, mas sem eles, não há vida.” (James Collins)

Muitas pessoas ainda enfrentam um falso dilema entre o lucro e a vida. Observam os enormes lucros das empresas, especialmente do setor farmacêutico, e comparam isso à delicada situação de muitos pobres que necessitam de remédios que poderiam salvar suas vidas, sem ter como comprá-los. Concluem, de forma precipitada, que tal quadro é injusto, e partem para a solução fácil, porém errada, de propor a redução do lucro da empresa a fim de salvar a vida do doente. Caso colocada em prática, tal medida iria somente condenar mais pessoas à morte.

Na verdade, é justamente a busca do lucro que faz com que os investidores apliquem seus recursos no setor farmacêutico. Se o retorno sobre o capital investido não for adequado, não teremos investimentos nesse fundamental setor que salva tantas vidas. Os remédios existentes não caem do céu, tampouco surgem por conta do altruísmo dos bem-intencionados. São resultado de pesados investimentos em pesquisa e desenvolvimento, em tecnologia, e é justamente o lucro que permite o reinvestimento em novos produtos.

Basta comparar a qualidade de vida nos países capitalistas com a vida na Idade Média para entender isso. No ambiente de livre mercado, com empresas privadas competindo em busca do lucro, mais e mais remédios serão produzidos, e a eficácia deles será o determinante para a sobrevivência das empresas. Logo, a sobrevivência das empresas é intrinsecamente ligada à sobrevivência dos consumidores. O lucro é o sintoma de que essas vidas estão sendo salvas, é o oxigênio das empresas que permite melhorar a qualidade de vida dos consumidores.

Somente nos Estados Unidos existem mais de 50 empresas da indústria de remédios com o capital aberto em bolsa. O valor de mercado delas, somado, ultrapassa US$ 1,2 trilhão, enquanto o lucro dos últimos 12 meses chega a US$ 50 bilhões. A Pfizer, por exemplo, lucra cerca de US$ 12 bilhões sozinha. O Viagra, que devolveu a felicidade a muitos, não cai do azul, apesar de sua cor. Empresas como a Johnson & Johnson, Pfizer, Merck & Co, Abbott Labs, Eli Lilly, Bristol Myers Squib, Schering-Plough e várias outras competem entre si, em busca dos clientes, esforçando-se para oferecer os melhores remédios do mercado.

Qualquer um que vai a uma farmácia em busca de alívio e tratamento pode verificar o que o capitalismo fez pela humanidade na questão da saúde. Aquela imensa variedade de remédios não existe por causa dos apelos românticos daqueles que pregam fins nobres, muito menos por conta de alguma nação socialista, que teoricamente coloca a vida acima dos lucros. Qual o avanço medicinal advindo da ex-União Soviética, da Coreia do Norte ou mesmo de Cuba, que muitos ainda acreditam ser um exemplo nesse campo?

O intelectual Noam Chomsky, adorado pela esquerda, possui um livro cujo título já expõe essa falsa dicotomia tão disseminada entre lucro e vidas humanas. Seu livro, O Lucro ou as Pessoas?, é uma crítica ao “neoliberalismo”, esse fantasma inexistente na América Latina mas ao mesmo tempo culpado por todos os males da região. Chomsky, que defendeu a candidatura de Heloísa Helena nas últimas eleições brasileiras e foi citado com forte empolgação por Hugo Chávez na ONU, é um socialista. Seria o caso de questioná-lo, então, sobre quantas vidas o regime socialista já salvou, já que sabemos que algo perto de 100 milhões é quanto ele tirou.

A Venezuela de Chávez pode ter petróleo, mas não deu contribuição alguma para a evolução medicinal do mundo. Os petrodólares viram armamento para sua milícia ou financiamento para seu movimento socialista na região. E pelo que consta, fuzis AK-47 não salvam vidas como os remédios dos laboratórios capitalistas em busca de lucro.

Creio que poderíamos responder então a pergunta do título do livro de Chomsky da seguinte maneira: ambos! O lucro e as pessoas! Afinal de contas, a busca pelo lucro é justamente o que possibilita o salvamento de tantas vidas. Enquanto isso, Hugo Chávez afirmou que terá o socialismo ou a morte, em seu discurso de posse. Eis mais um falso dilema, já que o socialismo leva justamente à morte, ao menos dos pobres que não fazem parte da nomenklatura. Em resumo, podemos então alterar a pergunta e colocá-la da seguinte forma: o lucro e a vida ou o socialismo e a morte? Façam suas escolhas…

Aqueles que realmente desejam levar os remédios existentes aos mais pobres e salvar vidas, deveriam pregar a redução dos impostos, que encarecem absurdamente os medicamentos, assim como um ambiente amigável aos negócios, com reduzida burocracia e estabilidade contratual, incentivando assim os investimentos das empresas neste setor. O capitalismo e o livre mercado, eis o que precisamos para salvar mais vidas! 

Rodrigo Constantino

 

Saúde

Vergonha na saúde pública: e o governo Dilma vende a ideia de que a solução é trazer escravos cubanos?

Diz o editorial do Estadão hoje:

O fechamento do pronto-socorro da Santa Casa de São Paulo – o maior da maior cidade do País – é a dramática demonstração do desleixo e da irresponsabilidade com que o poder público, em todos os seus níveis, trata a saúde, setor que dele recebe sempre muito menos do que precisa para se manter. Esse era o desfecho mais do que previsível, diante do aprofundamento contínuo da crise que a Santa Casa enfrenta há vários anos, e por isso soam falsas – para dizer o mínimo – as queixas dos governos federal, estadual e municipal, de que não foram avisados da medida extrema.

[...]

A responsabilidade do governo federal é ainda maior, porque na raiz da crise das Santas Casas, a começar pela de São Paulo, e dos hospitais filantrópicos em geral, está – como há muito é sabido, mas não custa repetir – a defasagem da tabela de procedimentos do SUS, que cobre apenas 60% dos custos. Com os restantes 40% eles que “se virem”. Essa é a principal causa do endividamento e da crise dessas instituições, responsáveis por 45% dos atendimentos do SUS.

Tirar as Santas Casas da crise, da qual o fechamento do pronto-socorro da de São Paulo é apenas o sintoma mais alarmante, é condição essencial para salvar o próprio sistema de saúde pública.

Diante desse lamentável quadro, cabe perguntar: e o governo Dilma ainda tenta vender a ideia de que a solução para nossa saúde pública é importar escravos cubanos? Quando faltam até seringas na Santa Casa? A demagogia da medida salta aos olhos de quem ainda não ficou cego pela ideologia.

O SUS é um retumbante fracasso, prova de que o socialismo não funciona em área alguma, e isso não exclui a saúde. Muitos liberais aceitam a ideia de que cabe ao estado oferecer saúde básica para todos, ou manter hospitais de emergência.

Daí a pregar a máxima marxista “de cada um de acordo com sua capacidade, a cada um de acordo com sua necessidade” aplicada à saúde, vai uma longa distância. Não funciona. Instala-se a corrupção, a notória ineficiência da gestão estatal, os gastos descontrolados. O resultado é um atendimento precário a todos, enquanto os próprios políticos de esquerda – sem exceção! – tratam-se nos melhores hospitais particulares. Pimenta no olho dos outros é refresco.

Se o estado reduzisse bastante seu escopo de atuação, e focasse apenas na segurança e na saúde básica (não é o mesmo que “garantir” para todos um tratamento “digno” para “qualquer” doença), talvez houvesse uma chance de prestar um serviço razoável, até adequado. E sem dúvida o tratamento particular seria mais barato também. Infelizmente, estamos muito longe disso…

Rodrigo Constantino

 

EconomiaProtecionismo

“Patriotismo econômico”: a nova grande ideia de Obama

Por João Luiz Mauad, publicado no Instituto Liberal

O Governo Obama pediu uma ação imediata do Congresso para impedir que as empresas norte-americanas se utilizem das chamadas “fusões transfronteiriças” para escapar do pesado sistema tributário do país, a mais recente tendência de negócios nos EUA, conforme informa a Agência Bloomberg.

Em carta pedindo um “novo senso de patriotismo econômico“, o secretário do Tesouro, Jacob J. Lew pediu ao Congresso que aprove medidas fiscais restritivas a esse tipo de conduta. “Devemos evitar que as empresas efetivamente renunciem à sua cidadania para evitar pagar seus impostos“, escreveu Lew na carta aos principais conselheiros fiscais do Congresso. “Nós não deveríamos estar fornecendo suporte para corporações que buscam mandar seus lucros para o exterior a fim de evitar o pagamento de seu quinhão de impostos.“

Esta é a reposta do Governo à recente enxurrada de fusões de empresas norte-americanas com empresas estrangeiras, a fim de que possam mudar suas matrizes no exterior e assim defender-se da sanha arrecadadora de Obama. As chamadas inversões permitem às empresas reduzir a sua carga fiscal, evitando a taxa de 40%, em média, incluindo impostos estaduais, sobre os lucros. A taxa dos EUA é o dobro da média na Europa,segundo o Wall Street Journal.

Estranhamente, o mesmo Mr. Lew admite em sua carta que a “melhor maneira de resolver esta situação é através de uma reforma tributária, que reduza a alíquota de imposto sobre as empresas, amplie a base tributária, feche as brechas existentes e simplifica o sistema tributário.” Entretanto, como afirma o WSJ, ele e o Presidente Obama não têm feito nada sobre esse assunto, apesar do interesse de ambos os partidos na questão.

O ex-presidente de Finanças do Senado, Max Baucus, por exemplo, trabalhou durante longo tempo na reforma, mas Obama não demonstrou qualquer interesse em levar adiante o assunto. “Nós já estivemos nessa estrada antes, e sabemos que as empresas vão continuar a ir embora, uma vez que as nossas alíquotas de impostos estão entre as mais altas do mundo e a nossa política fiscal é altamente disfuncional, tirando qualquer possibilidade de competição justa com as empresas estrangeiras”, diz Baucus.

Definitivamente, a esquerda não entende nada de economia.  A curto prazo, a única coisa que Obama vai obter com todo esse populismo econômico é apressar o processo de “fuga” das empresas para o exterior, bem como reduzir drasticamente a vinda de novos investimentos estrangeiros para aquele país, afinal, quem vai se arriscar a entrar no jogo se não tiver garantias de que poderá sair, se e quando desejar?

Para um país como os EUA, que já conta com níveis de infraestrutura e produtividade muito acima da média mundial, a manutenção e atração de investimentos seria muito fácil, desde que a ideologia fosse deixada de lado.  Como ensinou Adam Smith, “pouco mais é necessário para erguer um Estado, da mais primitiva barbárie até o mais alto grau de opulência, além de paz, baixos impostos e boa administração da justiça: todo o resto corre por conta do curso natural das coisas.“

Enfim, a solução para os problemas econômicos de Obama e da maioria dos governos esquerdistas ao redor do mundo é simples: menos Marx e Keynes; mais Adam Smith e Milton Friedman.

 

EconomiaInflação

Ata do Copom: à espera da ajuda dos deuses

O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou a ata de sua 184a reunião, na qual foi decidido por unanimidade manter a taxa básica de juros (Selic) em 11% ao ano, sem viés. Ao ler as justificativas e previsões dos envolvidos na decisão, ficamos com a nítida impressão de que acreditam demais na palavra dos governantes e se colocam à espera da ajuda dos deuses. Vejamos:

Em síntese, as informações disponíveis sugerem certa persistência da inflação, o que reflete, em parte, a dinâmica dos preços no segmento de serviços.

Ok, constata-se o óbvio ululante.

O saldo da balança comercial atingiu US$3,1 bilhões em doze meses até junho. Esse resultado adveio de exportações de US$238,3 bilhões e de importações de US$235,2 bilhões, com recuo de 0,6% e avanço de 2,0%, respectivamente, em relação ao acumulado até junho de 2013. Por sua vez, o deficit em transações correntes acumulado em doze meses atingiu US$81,9 bilhões em maio, equivalente a 3,6% do PIB. Já os investimentos estrangeiros diretos totalizaram US$66,5 bilhões na mesma base de comparação, equivalentes a 2,9% do PIB.

O déficit em transações correntes acumulado em 12 meses já ultrapassa US$ 80 bilhões, chegando a quase 4% do PIB. É um dado preocupante. Hoje, boa parte disso é financiada pelos investimentos diretos, de quase US$ 70 bilhões, mas não se sabe ao certo quanto desse valor é realmente investimento e quanto é hot money em busca de arbitragem de juros, ou seja, dinheiro que no menor espirro ou sinal de crise sai da noite para o dia.

Com base nesses modelos, projeta-se variação de 6% para o conjunto dos preços administrados por contrato e monitorados, em 2015, ante 5% considerados na reunião do Comitê de maio; e de 4,8% em 2016.

O Copom se aproxima um pouco mais da realidade, mas ainda se encontra distante dela. Já reconhece um aumento de 14% nas tarifas de energia elétrica, mas é pouco. Sabemos que vários preços administrados estão represados, e terão de subir bem à frente. Contar com aumento de apenas 6% em 2015 e 4,8% em 2016 parece algo extremamente otimista.

O cenário de referência leva em conta as hipóteses de manutenção da taxa de câmbio em R$2,20/US$ e da taxa Selic em 11,00% ao ano (a.a.) em todo o horizonte relevante. 

Trabalhar com um câmbio estável em R$ 2,20 parece outra premissa extremamente agressiva, ainda mais quando lembramos do déficit em conta corrente perto de 4% do PIB. No fundo, o próprio BC já realizou inúmeros leilões de swap cambial para segurar o câmbio neste patamar. Foram mais de US$ 100 bilhões! Caso contrário, o dólar já estaria, provavelmente, acima de R$ 2,50. O cobertor é curto e o BC interfere no câmbio para não pressionar ainda mais a inflação, mas isso acaba prejudicando nossa indústria.

Nesse cenário, a projeção para a inflação de 2014 elevou-se em relação ao valor considerado na reunião anterior, e permanece acima da meta de 4,5% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). No cenário de mercado, que leva em conta as trajetórias de câmbio e de juros coletadas pelo Gerin com analistas de mercado, no período imediatamente anterior à reunião do Copom, a projeção de inflação para 2014 também se elevou em relação ao valor considerado na reunião de maio e permanece acima da meta para a inflação. Para 2015, em ambos os cenários, a projeção de inflação elevou-se em relação ao valor considerado na reunião do Copom de maio e se encontra acima do valor central da meta.

Correção: não permanece acima da meta, mas bem acima! A meta é 4,5%, e as estimativas apontam para um índice de inflação acima de 6% ainda em 2015. Ou seja, a âncora se soltou, e todos trabalham com esse número como se fosse a nova meta oficial. É uma inflação alta demais para qualquer um, ainda mais para um ex-viciado como o Brasil.

O Copom ressalta que a evidência internacional, no que é ratificada pela experiência brasileira, indica que taxas de inflação elevadas geram distorções que levam a aumentos dos riscos e deprimem os investimentos. Essas distorções se manifestam, por exemplo, no encurtamento dos horizontes de planejamento das famílias, empresas e governos, bem como na deterioração da confiança de empresários. O Comitê enfatiza, também, que taxas de inflação elevadas subtraem o poder de compra de salários e de transferências, com repercussões negativas sobre a confiança e o consumo das famílias. Por conseguinte, taxas de inflação elevadas reduzem o potencial de crescimento da economia, bem como de geração de empregos e de renda.

Todo economista sabe disso, ou deveria. Agora resta a turma do Copom explicar ao próprio governo Dilma, ao ministro Guido Mantega, a todos que têm repetido que não se deve combater a inflação com “arrocho salarial” e espalhado a falsa dicotomia de que é preciso um pouco mais de inflação para ter um pouco mais de crescimento. Besteira! A inflação alta, produzida pelo próprio governo sob a conivência do BC, não produziu crescimento algum. Pelo contrário…

Embora reconheça que outras ações de política macroeconômica podem influenciar a trajetória dos preços, o Copom reafirma sua visão de que cabe especificamente à política monetária manter-se especialmente vigilante, para garantir que pressões detectadas em horizontes mais curtos não se propaguem para horizontes mais longos.

Sim, seria ótimo se o BC tivesse a ajuda do governo federal com uma política fiscal menos expansionista. Mas já que o Copom reconhece que cabe à política monetária se manter vigilante, então resta explicar o que aconteceu para trás. O vigia dormiu no ponto? Por que a inflação está acima do teto da elevada meta, mesmo com um crescimento econômico pífio, quase nulo? Onde está o reconhecimento dos equívocos do próprio BC? Como vamos acreditar que o vigia ficará atento agora, se a inflação prevista continua bem acima da meta?

Para o Comitê, é plausível afirmar que esses desenvolvimentos – somados a avanços na qualificação da mão de obra e ao programa de concessão de serviços públicos – traduzir-se-ão numa alocação mais eficiente dos fatores de produção da economia e em ganhos de produtividade. O Comitê ressalta, ainda, que a velocidade de materialização das mudanças acima citadas e dos ganhos delas decorrentes depende do fortalecimento da confiança de firmas e famílias.

De onde vêm esses avanços na qualificação da mão de obra? Das cotas raciais? Ninguém sabe. As concessões até podem melhorar a alocação de capital e a eficiência dos serviços públicos, pois ninguém é tão incompetente como o próprio governo. Mas daí a acreditar que esses leilões tardios serão suficientes para resgatar o aumento da produtividade da economia, e ainda esperar do além um fortalecimento da confiança das empresas e das famílias endividadas vai uma longa distância.

O Copom observa que o cenário central para a inflação leva em conta a materialização das trajetórias com as quais trabalha para as variáveis fiscais e que se criam condições para que, no horizonte relevante para a política monetária, o balanço do setor público se desloque para a zona de neutralidade. O Comitê nota ainda que a geração de superavit primários compatíveis com as hipóteses de trabalho contempladas nas projeções de inflação, de um lado, contribuiria para arrefecer o descompasso entre as taxas de crescimento da demanda e da oferta; de outro, contribuiria para criar uma percepção positiva sobre o ambiente macroeconômico no médio e no longo prazo.

Resta combinar com o governo. Será que o BC acredita mesmo no superávit fiscal anunciado pelo governo Dilma? E os malabarismos contábeis, não são levados em conta? E o “orçamento paralelo” do BNDES, será simplesmente ignorado?

No mercado de fatores, o Copom destaca a estreita margem de ociosidade no mercado de trabalho e pondera que, em tais circunstâncias, um risco significativo reside na possibilidade de concessão de aumentos de salários incompatíveis com o crescimento da produtividade e suas repercussões negativas sobre a inflação. Não obstante a concessão este ano de reajuste para o salário mínimo não tão expressivo quanto em anos anteriores, bem como a ocorrência nos últimos trimestres de variações reais de salários mais condizentes com as estimativas de ganhos de produtividade do trabalho, o Comitê avalia que a dinâmica salarial ainda permanece originando pressões inflacionárias de custos.

Ou seja, o Copom reconhece que o governo Dilma foi irresponsável ao conceder aumentos salariais tão acima do aumento da produtividade nos últimos anos? Por que não fez mais pressão antes? Estaria o Copom recomendando ao governo Dilma um “arrocho salarial”, que a presidente acusa a oposição de defender?

A propósito, para combater essas e outras pressões inflacionárias, as condições monetárias foram apertadas, mas o Comitê avalia que os efeitos da elevação da taxa Selic sobre a inflação, em parte, ainda estão por se materializar. 

Ou seja, apesar de a inflação corrente e esperada ainda estar bem acima da meta, o Copom considera que já fez seu trabalho e resta apenas aguardar no local, pois a queda virá, sabe-se lá como ou quando?

O Copom avalia que a demanda agregada tende a se apresentar relativamente robusta no horizonte relevante para a política monetária. De um lado, o consumo das famílias tende a registrar ritmo moderado de expansão, devido aos efeitos de fatores de estímulo como o crescimento da renda e a expansão moderada do crédito; de outro, condições financeiras relativamente favoráveis, concessão de serviços públicos, ampliação das áreas de exploração de petróleo, entre outros, tendem a favorecer a ampliação dos investimentos. Esses elementos e os desenvolvimentos no âmbito parafiscal e no mercado de ativos são partes importantes do contexto no qual decisões futuras de política monetária serão tomadas, com vistas a assegurar a convergência tempestiva da inflação para a trajetória de metas.

O próprio Copom admite que a confiança das empresas está em queda acentuada, mas depois joga todas as suas fichas e esperança nos investimentos, que vão retornar só porque o governo vai licitar novas áreas de exploração de petróleo? Quem vai investir pesado? A Petrobras, empresa mais endividada do mundo? Nossa indústria, sangrando a cada ano, vai retomar um plano agressivo de investimentos?

Não vai. Ao menos não enquanto esse for o governo e essa a equipe do BC, subserviente ao mesmo governo. O que se pode extrair da ata do Copom é que seus membros aguardam uma grande ajuda dos deuses, e preferem apostar na sorte e acreditar nas metas oficiais do governo, que não têm sido cumpridas sistematicamente. Fica difícil apostar que, em algum horizonte visível, a inflação irá realmente convergir para o centro da meta, ao menos enquanto Dilma for a presidente.

Rodrigo Constantino

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
Blog Rodrigo Constantino (VEJA)

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

1 comentário

  • jandir fausto bombardelli toledo - PR

    Ninguém quer boicotar Israel, nós só não concordamos com o massacre covarde na Palestina principalmente das pobres inocentes criancinhas, a atitude do governo brasileiro foi corretíssima porque é uma das maneiras que se tem para parar esta covardia.

    1