DATAFOLHA – Em 2 dias, diferença entre Aécio e Marina cai 4 pontos: 25% a 20%; Dilma segue com 40%; um 2º turno PT-PSDB volta ao

Publicado em 30/09/2014 22:04 e atualizado em 01/10/2014 19:14
no blog de Reinaldo Azevedo, de veja.com

DATAFOLHA – Em 2 dias, diferença entre Aécio e Marina cai 4 pontos: 25% a 20%; Dilma segue com 40%; um 2º turno PT-PSDB volta ao horizonte. Ou: PT não muda a própria imagem, mas depreda a alheia

Pois é… Em quatro dias, caiu quatro pontos a diferença entre os candidatos Aécio Neves, do PSDB, e Marina Silva, do PSB, que disputam uma das vagas no segundo turno da eleição presidencial. No levantamento feito pelo Datafolha nos dias 25 e 26, a diferença a favor da peessebista era de 9 pontos: 27% a 18%; agora, na pesquisa feita na segunda e nesta terça, é de apenas 5: 25% a 20%. Como a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos, vejam que curioso: qualquer distância entre 1 ponto (23% a 22%) e 9 pontos (27% a 18%) está no intervalo possível. Mas é improvável que ela se situe num extremo ou noutro. Se a velocidade da possível queda de Marina se mantiver constante e a da possível ascensão de Aécio também, pode ser o tucano a disputar a etapa final com a petista.

Os demais candidatos somaram apenas dois pontos. Dizem que votarão em branco ou nulo 5% dos entrevistados, mesmo percentual dos que pretendem anular o voto. O Datafolha ouviu 7.520 entrevistados em 311 municípios. Vejam o gráfico publicado pelo Portal G1.

Datafolha 30.09 Portal G1

Em duas semanas, a diferença entre Marina e Aécio caiu 8 pontos: de 30% a 17% para 25% a 20%. Dilma, nesse período, variou na margem de erro: de 37% para 40%. Tudo indica que a hipótese que chegou a ser aventada há dois dias não vai se confirmar: havia quem visse a possibilidade de Dilma levar a disputa ainda no primeiro turno. A novidade da pesquisa do Datafolha é a possibilidade de uma troca de posições no segundo lugar. Observem que a situação de agora é muito parecida com a de 14 e 15 de agosto, antes do início do horário eleitoral.

Quando se veem os números do segundo turno, Aécio e Marina parecem estar em tendências opostas.Datafolha G1 2º turno

Ainda que discreta em 15 dias, há uma tendência de diminuição da diferença entre Dilma e Aécio: era de 10 pontos (49% a 39%); agora é de nove (50% a 41%), dentro da margem de erro. Ocorre que, na disputa com Marina, a vantagem da petista aumentou substancialmente: a ex-senadora aparecia na frente, com 46% a 44%; agora, está atrás: 41% a 49% — a candidata do PT subiu 5 pontos, e a do PSB caiu 5 — uma variação de 10 pontos contra a peessebista. De novo, a variação na comparação com os dados anteriores ao início do horário eleitoral indica pouca mudança.

Uma coisa, no entanto, sofreu forte alteração. A campanha negativa contra Marina surtiu, sim, efeito, e ela e seus estrategistas não conseguiram, até agora, furar o cerco. Vejam este gráfico do G1 com a rejeição aos candidatos.

Datafolha 30.09 rejeição

Dilma segue na liderança e variou pouco em um mês e meio: de 34% pra 31%, dentro da margem de erro. Isso indica que conquistou indecisos ou pessoas que iriam anular o voto, mas conseguiu mudar a opinião de bem pouca gente. Já a rejeição a Marina, no período, cresceu 127%, indo de 11% para 25%; Aécio foi de 18% para 23%. Finalmente, a avaliação do governo Dilma variou dentro da margem de erro em dois dias: os que acham o governo ruim ou péssimo foram de 22% para 23%; os que o consideram bom ou ótimo, de 37% para 39%, e a turma que o avalia como regular oscilou de 39% para 37%. Os números são os mesmos de antes do início do horário eleitoral.

Há um dado curioso nessa história toda: até agora, a campanha odienta do PT na televisão, vistos os números, não diminuiu substancialmente a rejeição a Dilma, não alterou quase nada o número dos que querem votar nela nem mudou a avaliação sobre o seu governo. Mas fez um estrago e tanto em Marina Silva e contribuiu bastante para dificultar a ascensão de Aécio.

Não deixa de ser o retrato desta disputa: o PT não veio para construir, mudar ou renovar. Veio para destruir. Não tem mais como falar bem de si mesmo. Restou-lhe apenas o papel de achincalhar os adversários.

Por Reinaldo Azevedo

Pesquisa Ibope: números do 1º turno são praticamente iguais aos do Datafolha; veja a diferença entre os dois institutos no 2º turno

Os números da pesquisa Ibope, também divulgada nesta terça, são praticamente iguais aos do Datafolha no primeiro turno. O instituto ouviu 3.010 eleitores entre sexta e ontem — o Datafolha, reitere-se, foi à rua entre ontem e hoje. Se a eleição se desse agora, afirma o Ibope, a petista Dilma Rousseff teria 39% dos votos. Marina Silva, do PSB, viria em segundo, com 25%, e o tucano Aécio Neves, em terceiro, com 19%. No Datafolha, esses números são, respectivamente, 40%, 25% e 20%.  Vejam o gráfico publicado pelo Estadão:

Ibope 1º turno dia 29

Divergência importante entre os dois institutos só mesmo na disputa de segundo turno entre Dilma e Marina. Segundo o Ibope, a petista está numericamente à frente da peessebista: 42% a 38%, mas dentro da margem de erro, que é de dois pontos. Para registro: no Datafolha, a diferença era de quatro pontos há três dias: 47% a 43%; segundo esse instituto, seria agora de 8: 49% a 41. Segue o gráfico do Ibope:

Ibope 2º turno 29

No caso de Dilma disputar a etapa final com Aécio, o Ibope aponta uma diferença de 10 pontos, contra 9 do Datafolha, só que os números são substancialmente diferentes: no primeiro instituto, a petista venceria por 45% a 35%; no segundo, por 50% a 41%.

Por Reinaldo Azevedo

Alckmin leva no 1º e Pezão no 2º também no Datafolha; Serra amplia vantagem para o Senado; no Rio, vai dando Romário…

O Datafolha também realizou pesquisa eleitoral em São Paulo e no Rio entre anteontem e ontem. O resultado não difere muito do do Ibope. Comparem:
IBOPE 1º TURNO EM SÃO PAULO
Geraldo Alckmin (PSDB) – 49%
Paulo Skaf (PMDB) – 19%
Alexandre Padilha (PT) – 11%

DATAFOLHA 1º TURNO EM SÃO PAULO
Geraldo Alckmin – 49%
Paulo SaKaf – 23%
Alexandre Padilha – 10%

Houvesse um segundo turno, o tucano venceria o peemedebista por 57% a 28% no Ibope e por 57% a 32% no Datafolha.

Senado em SP
Ah, sim, uma outra boa notícia: cresce a vantagem de José Serra (PSDB) sobre Eduardo Supolicy (PT) na disputa pela vaga única para o senado: 39% a 30%.

Depois de 24 anos, veremos Suplicy fazendo outra coisa. Ou alguma coisa, sei lá — que não, claro!, defender o renda mínima, cantar e declamar.

1º TURNO IBOPE NO RIO
Luiz Fernando Pezão (PMDB) – 31%
Anthony Garotinho (PR) – 24%
Marcelo Crivella (PRB) – 16%
Lindbergh Farias (PT) – 9%

1º TURNO DATAFOLHA RIO
Luiz Fernando Pezão – 31%
Anthony Garotinho – 24%
Marcelo Crivella – 17%
Lindbergh Farias – 11%

2º TURNO IBOPE RIO
Pezão – 46%
Garotinho – 31%

2º TURNO DATAFOLHA RIO
Pezão – 50%
Garotinho – 33%

Senado
No Senado, o Rio caminha mesmo para a galhofa. No Datafolha, Romário tem 49% dos votos, e Cesar Maia (DEM), 21%.

Por Reinaldo Azevedo

 

Debate em São Paulo: a dobradinha de Skaf, o empresário que não tem empresa, com Padilha, o petista que não é trabalhador. Ou: A união exótica do não capital com o não trabalho

A TV Globo realizou ontem o debate final — antes do primeiro turno — entre os candidatos aos governos dos Estados. Assisti, é evidente, ao de São Paulo. Pois é… A ditadura ainda em vigência da Lei Eleitoral obriga a que se tratem em pé de igualdade os que podem ser eleitos e aqueles que dão traço nas pesquisas. É um absurdo que as TVs e as rádios sejam impedidas de confrontar as ideias, opiniões e propostas dos que efetivamente têm alguma chance de vencer a eleição — e o mesmo vale para a disputa presidencial.

Em São Paulo, participaram do embate oito candidatos: além do tucano Geraldo Alckmin, do peemedebista Paulo Skaf e do petista Alexandre Padilha, havia lá mais cinco candidatos de si mesmos: Walter Ciglione (PRTB), Gilberto Natalini (PV), Gilberto Maringoni (PSOL) e Laércio Benko (PHS). Um show de horrores e, com frequência, de picaretagem política — e não só dos nanicos.

Na verdade, foi a frente dos “seis contra um”. Exceção feita a Ciglione, que não participou da tropa, todos os outros se uniram para atacar Alckmin e o governo de São Paulo. E o fizeram com tal fúria que o resultado pode ter sido contraproducente. Chegava a ser engraçado ver Skaf e Padilha a implorar a chance de um segundo turno para que possam, nas suas palavras, governar o estado mais dinâmico do país etc. e tal. Mas como pode haver alguma qualidade nas terras paulistas se, segundo eles próprios, tudo por aqui está errado?

Skaf e Padilha estavam mais afinados do que O Gordo e o Magro. Um é presidente licenciado da Fiesp sem ser empresário, e o outro é membro do PT sem ser trabalhador. Assim, deu-se a união da falta de capital com a falta de trabalho. Coisa que não pareceu espantar Maringoni, o socialista do PSOL mais ortodoxo do que embalagem de Emulsão Scott

Ter de ouvir um petista e um peemedebista a dar aula de combate à corrupção depois do que sabemos da Petrobras, controlada pelo PT e pelo PMDB, é para estômagos fortes. Ouvir de Padilha lições sobre segurança pública — dados os desastres colhidos na área por seu partido no país e nos Estados em que é governo — seria de gargalhar não fosse o tédio.

E o tal Laércio Benko, de uma legenda chamada PHS? Resolveu atacar a Sabesp, que, segundo ele, distribuiu dividendos aos acionistas, em vez de investir em água. É uma afirmação tecnicamente estúpida. A empresa é uma Sociedade Anônima. Graças a Deus, está na Bolsa e é cobiçada por investidores, o que lhe garante recursos para investir — o mesmo acontece com outras empresas públicas de capital aberto. Parte desses dividendos, diga-se, vem para o próprio governo, que os reinveste. Maringoni, o esquerdista, claro!, pegou carona na bobagem — afinal, ele é um socialista. Mas Padilha e Skaf fizeram o mesmo. E eles sabem que se trata de uma asnice. Mas e daí? Era o vale-tudo.

A nota surrealista, no entanto, era outra: era estupefaciente ver a tropa toda a sustentar que, naquela hora, faltava água na torneira dos paulistas. E, como é sabido, não faltava. Das 1.200 cidades com crise de abastecimento no país, só oito estão no Estado — em áreas em que a Sabesp não atua. Uma delas é Guarulhos, cujo sistema é municipalizado. A cidade é administrada pelo PT há 14 anos.

E a nota que ultrapassou o limite do escândalo factual foi dada por Padilha. Segundo o petista, o sistema de concessões de estradas do governo federal é superior ao vigente em São Paulo. É mesmo? Atenção! Este estado tem 9 das 10 melhores rodovias do país. Querem mais? Nada menos de 93,7% dos 6.252 km sob concessão privada foram considerados ótimos ou bons em 2013; 6% foram tomados como regulares, e apenas 0,3% eram ruins. Esses números são meus? Não! Da CNT, a Confederação Nacional dos Transportes.

Já o governo federal tentou três marcos regulatórios para fazer suas concessões e deu com os burros n’água. Conseguiu juntar o ruim ao desagradável: antes, havia estradas federais com buraco e sem pedágio. Hoje, existem estradas com buraco e com pedágio.

Segundo todas as pesquisas, Alckmin venceria hoje a disputa no primeiro turno. Acho que o debate demonstrou por quê.

Texto publicado originalmente às 4h14

Por Reinaldo Azevedo

Haverá amanhã! Ou: Chega de especulação!

As contas do governo central — que são compostas pelas contas do Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social — registraram, informa a VEJA.com, um déficit primário de R$ 10,423 bilhões de reais. É o pior resultado fiscal para meses de agosto em 18 anos. Segundo a série histórica do Tesouro Nacional, que começa em 1997, foi a primeira vez que o governo central teve resultado negativo em um mês de agosto. Dá para ser otimista assim? Não dá! Aliás, nem otimista nem pessimista. Cumpre ser realista.

Está na cara que o governo Dilma estourou com as contas públicas; estourou, como disse o ex-presidente FHC, com a boa governança na economia. Mas, atenção!, vamos com calma! Haverá ainda um país no dia 27 de outubro, pouco importa quem seja o eleito.

De fato, quero deixar claro que acho, sim, que há especulação exagerada. Embora eu entenda os motivos — e também os aponte — que fazem os agentes econômicos desconfiar de Dilma, não dá para fazer de conta que o país está à beira do abismo. Porque isso também não é verdade.

Vocês sabem o quanto lastimo a campanha eleitoral terrorista que o PT vem fazendo. Ainda nesta segunda, Dilma afirmou que um de seus adversários, Aécio Neves, é o retrocesso; a outra, Marina Silva, seria a aventura. Só ela própria, Dilma, seria a opção segura. Opção segura de quê? De crescimento perto de zero, de inflação no teto da meta e juros cavalares? Ora, tenha paciência, presidente. Assim, a senhora não consegue pôr os pingos nos is.

Se abomino o terrorismo dilmista, também repudio a especulação desenfreada, que dá a entender que não haverá amanhã se Dilma for reeleita. É claro que haverá. Pessoalmente, acho que, dos três amanhãs possíveis, esse é o pior. Mas o Brasil seguirá ainda como uma das maiores economias do mundo, com um empresariado operoso — embora vivendo dificuldades terríveis — e com uma agropecuária entre as mais competitivas do mundo.

Eu não estou aqui a dizer um “senta que o leão é manso”. Não é manso nada! Ele é até bem rabugento. Mas o Brasil vai superar as dificuldades. Uma coisa importante é a seguinte: qualquer que seja o futuro presidente, que a gente não abandone a política, a crítica permanente e a cobrança de resultados. Dilma só estourou com os fundamentos da economia porque, durante muito tempo, nós todos, inclusive a imprensa, fomos condescendentes com ela.

Nunca um país se beneficiou do amortecimento do espírito crítico. Quem gosta de ditadura de opinião é Lula. Nós gostamos é de pluralidade. O Brasil é maior do que a eventual reeleição de Dilma — que, de resto, está longe de ser garantida. É preciso, em suma, parar com as especulações de um lado e de outro.

Paulo Roberto Costa solto. Tremei, companheiros!

O homem que disse que Antonio Palocci lhe pediu dinheiro para a campanha de Dilma Rousseff em 2010 irá para casa amanhã. A autorização para que Paulo Roberto Costa responda, em prisão domiciliar, ao processo em que é acusado de desvio de recursos da Petrobras já foi assinado pelo juiz Sérgio Moro, da 13a Vara Federal de Curitiba. Costa deixará a carceragem da PF no Paraná e rumará para o Rio, onde sua família mora. Ele será monitorado por uma tornozeleira eletrônica.

A petelândia está em pânico. A autorização para a prisão domiciliar já é um benefício concedido pela Justiça. E coisas assim só acontecem quando o preso efetivamente contribui para elucidar um esquema criminoso; quando se avalia que suas informações são relevantes.

Já sabemos parte do que disse o ex-diretor da Petrobras. E é tudo muito escabroso. Ele forneceu uma lista grande de políticos que estariam vinculados à quadrilha que desviava dinheiro da estatal. Lá estão alguns grandes do Congresso, como Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara. Integra a lista, segundo ele, Edison Lobão, ministro das Minas e Energia. Pertence à turma, ele assegurou, João Vaccari Neto, tesoureiro do PT.

Ocorre que Costa não parou por aí, não. Ele também admitiu ao Ministério Público e à PF que recebeu, sim, propina na operação de compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. Só no seu bolso, teria ido parar R$ 1,5 milhão. E olhem que ele não era o homem forte dessa operação. É que ele poderia reter documentos para análise por um tempo — ou liberá-los com celeridade. Ele foi rápido, cobrou por e isso e, confessa, recebeu. Resta saber de quem.

E Paulo Roberto, informa a VEJA desta semana, disse algo infinitamente mais grave do que tudo isso: em 2010, Antonio Palocci, então coordenador da campanha de Dilma e depois seu chefe da Casa Civil, recorreu aos préstimos do grupo criminoso para pedir R$ 2 milhões para a campanha da petista. Atenção! Essa grana ilegal, criminosa, teria sido pedida na cota do PP. Outros partidos teriam também as suas respectivas, muito especialmente PMDB e PT. Íntimo do poder, ele era: Lula o chamava de “Paulinho”. Superfofo mesmo, né?

Já há um monte de petistas que perdeu o sono. Acho que o que veio a público até agora é muito pouco para que lhe concedam benefício tão grande, tantas são as evidências de crimes. Isso só nos faz supor que ele disse muito mais.

Tremei, companheiros!

Por Reinaldo Azevedo

Marina sobre Dilma: “Mente quem diz que não sabia dos roubos na Petrobras e quem prometeu 6 mil creches e entregou menos de 400″

Por Bruna Fasano, na VEJA.com:
A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, fez duras críticas á presidente Dilma Rousseff (PT) nesta terça-feira, em São Paulo, e afirmou que a adversária petista mentiu ao dizer que não sabia da existência de um amplo esquema de corrupção na Petrobras. Reportagens de VEJA revelaram que o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa entregou em acordo de delação premiada uma constelação de políticos e partidos que receberam dinheiro desviado da empresa – entre eles o PT e a própria campanha de Dilma em 2010.

“Não venha me chamar de mentirosa. Mente quem diz que não sabia dos roubos na Petrobras”, disse Marina. A fala foi feita em resposta a mais uma peça da propaganda eleitoral de Dilma direcionada à desconstrução da figura de Marina – desta vez, a propaganda afirma que a ex-senadora mentiu ao dizer que votou a favor da extinta CPMF. “Para votar um projeto no Congresso há muitos trâmites. Quem nunca foi sequer vereadora e vira presidente do Brasil não entende isso.”

Marina Silva disse ainda que o PT promove uma “campanha da discórdia” contra ela e que a presidente “come pela boca de marqueteiros”. “Nunca pensei que uma mulher pudesse permitir fazer o que estão fazendo para destruir a biografia honrada de outra mulher.”

“Eles me criticam, dizem que me emociono ao falar sobre os ataques que venho sofrendo, ao falar sobre minha vida. Mas a pior fraqueza é fazer o jogo do dominador. Não quero parecer com essa gente, não quero parecer com eles”, disparou. “Mente quem promete construir 6.000 creches e não entrega sequer 400″, afirmou.

Por Reinaldo Azevedo

Governo registra o pior resultado fiscal para agosto em 18 anos

Na VEJA.com:
O governo central, composto por Tesouro, Banco Central e Previdência Social, terminou o quarto mês seguido sem conseguir economizar receita para pagar os juros da dívida. Em agosto, registrou um déficit primário de 10,423 bilhões de reais, informou o Tesouro Nacional nesta terça-feira. É o pior resultado fiscal para meses de agosto em 18 anos. Segundo a série histórica do Tesouro Nacional, que começa em 1997, foi a primeira vez que o Governo Central teve resultado negativo em um mês de agosto.

O resultado veio pior do que as expectativas do mercado, que projetava um resultado negativo de cerca de 9,5 bilhões de reais. No acumulado do ano, a economia feita para o pagamento de juros ficou positiva em 4,675 bilhões de reais ou 0,14% do Produto Interno Bruto (PIB). A meta era de uma economia de R$ 39,215 bilhões. O valor acumulado no ano é 87,8% menor que no mesmo período de 2013, que foi de R$ 38,416 bilhões (1,22% do PIB).

Com o resultado de agosto, fica praticamente impossível o cumprimento da meta de superávit primário para 2014 de R$ 80,774 bilhões, ou 1,55% do PIB. Isso porque o governo teria de economizar em quatro meses 76,1 bilhões de reais a mais do que conseguiu fazer em oito meses.

Receitas e despesas
Em agosto, as receitas líquidas do governo ficaram em 82,465 bilhões de reais, 6,4% abaixo na comparação com julho, mesmo reforçadas por 5,399 bilhões de reais em dividendos pagos sobretudo pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Caixa Econômica Federal e pelo recebimento de 7,13 bilhões de reais do parcelamento de débitos tributários (Refis). No acumulado do ano, as receitas líquidas somam 661,754 bilhões de reais até agosto, com alta de 6,4% sobre igual período de 2013.

O Tesouro informou ainda que as despesas atingiram 92,888 bilhões de reais em agosto, com alta de 2,9% frente ao mês anterior. De janeiro a agosto, elas somaram 657,079 bilhões de reais, 12,6% acima de igual período de 2013.

12 meses
O superávit primário do governo central acumulado em 12 meses caiu para 43,3 bilhões de reais, o equivalente a 0,9% do PIB. Em agosto de 2013, o superávit em 12 meses estava em 73,1 bilhões de reais, ou 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB).

FHC ironiza Dilma: “Merece o Nobel de Economia; conseguiu arrebentar com tudo ao mesmo tempo”

Na VEJA.com:
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ironizou a presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira, em Fortaleza, ao falar para 1.200 empresários. “Ela merece o Prêmio Nobel da Economia, pois conseguiu arrebentar tudo ao mesmo tempo. Isso é muito difícil de fazer em economia”, disse para aplausos dos empresários cearenses. Outra crítica a Dilma foi a passagem dela na Organização das Nações Unidas (ONU) na semana passada. “É triste quando a presidente do Brasil diz que vamos negociar com quem quer degolar”, afirmou, referindo-se à sugestão de Dilma de estabelecer um diálogo com os terroristas do Estado Islâmico.

Acompanhado do candidato ao Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), FHC pediu votos para o presidenciável Aécio Neves, mas admitiu que é muito difícil ele ir para um 2º turno. “Se fosse pelas qualidades dele, iria, mas a máquina federal está muito organizada para reeleger a presidente e o apelo de Marina é forte”, destacou. FHC disse que “infelizmente, o que vale agora nas eleições é o marquetismo que confunde tudo e acaba elegendo presidente”.

O ex-presidente fez referências à corrupção como mal maior hoje no país. “Temos que abrir o jogo da corrupção, mas a crise política é muito maior que a dificuldade econômica “. FHC esteve em Fortaleza para participar do Fórum Brasil em Debate, promovido pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE) e pela Cooperativa da Construção Civil do Ceará (Coopercon-CE).

Por Reinaldo Azevedo

Aécio: “O máximo que Dilma fez foi anunciar seu ex-futuro ministro da Fazenda”

Por Pollyane Lima e Silva, na VEJA.com:A cinco dias das eleições, Aécio Neves escolheu o Mercadão de Madureira, na Zona Norte do Rio de Janeiro, para reforçar sua preocupação com o futuro da economia brasileira. O candidato do PSDB lembrou que a importância do tema o fez antecipar a formação de parte de uma eventual equipe de governo – incluindo o economista Armínio Fraga como ministro da Fazenda – e criticou as adversárias Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) por não agirem da mesma maneira. Segundo ele, isso mostra despreparo de ambas.

“O máximo que a atual presidente soube fazer foi anunciar seu futuro ex-ministro da Fazenda”, alfinetou, referindo-se a Guido Mantega que, segundo declarações de Dilma, deve deixar a pasta no caso de um novo governo do PT. “Ninguém sabe o que esperar desse governo, que perdeu a capacidade de governabilidade do ponto de vista gerencial, deixando obras inacabadas; econômico, permitindo que a inflação saísse do controle e o país entrasse em recessão; e do ponto de vista moral, com inúmeros escândalos de corrupção”, completou.

Ao se voltar contra Marina Silva, criticou o discurso de querer governar com os melhores de cada lado – ela já disse ter muito respeito por Armínio Fraga. “A impressão que se tem é que ela está a olhar sobre a cerca da sua propriedade para tentar enxergar no terreno vizinho algum fruto mais vistoso que possa fazer parte do seu pomar”, comparou Aécio, contendo um riso que tentava escapar. “Nós, sim, temos quadros extremamente qualificados e prontos para administrar o Brasil, com a complexidade dos desafios que temos pela frente. Não improvisamos”, enfatizou.

Impostos
De concreto, o candidato do PSDB prometeu enviar ao Congresso Nacional uma proposta para simplificar o sistema tributário. “Ele é oneroso não só no nível de impostos que cobra, mas também na complexidade do pagamento. O conjunto das empresas nacionais gasta mais de 40 bilhões de reais apenas na manutenção da máquina pagadora. Isso não tem lógica”, declarou, firmando como prazo para colocar em prática esse compromisso a primeira semana de um eventual governo. Afirmou ainda que pretende unificar os impostos indiretos em um de valor agregado.

Voltando-se diretamente às micro e pequenas empresas, Aécio disse que vai trabalhar pela desburocratização, simplificação e pelo crescimento. “Essa é a receita para o Brasil empregar mais, gerar mais renda e melhorar a vida das pessoas”, destacou. “Em resumo: se você quer empreender, eu garanto que o Estado não vai te atrapalhar. E, se não atrapalhar, já vai estar fazendo uma grande coisa”, acrescentou. Contra a inflação, que definiu como “a maior perversidade” para as famílias brasileiras, garantiu tolerância zero.

O candidato prometeu, ainda, papel de destaque ao Rio de Janeiro, caso seja eleito. “Tenho um compromisso muito especial com essa terra que me acolheu de forma tão generosa. Vamos trabalhar para atrair investimentos e voltar a gerar empregos”, falou, em entrevista à rádio do Mercadão de Madureira. Por fim, afirmou ter confiança de que vai chegar ao segundo turno. “Quem tem condições de derrotar o PT somos nós, pela clareza do nosso discurso e pela força das nossas alianças. Essa é a oportunidade de iniciar um novo ciclo no Brasil, de eficiência, decência e compromisso com quem mais precisa.”

Por Reinaldo Azevedo

Minas realiza o 2º turno no 1º, segundo o Ibope

A situação segue dramática para o candidato tucano em Minas Gerais. Segundo a pesquisa Ibope, o petista Fernando Pimentel venceria a disputa no primeiro turno, com 45%. Pimenta da Veiga, do PSDB, teria 25%. Tarcísio Delgado, do PSB, teria 3%, mesmo índice dos demais candidatos juntos. Votariam em branco ou nulo 10%; dizem não saber 14%. Numa simulação de segundo turno, o petista bateria o tucano por 46% a 27%. Observem que a variação do segundo turno para o primeiro fica na margem de erro, que é de dois pontos para mais ou para menos. Estando certos os números, o eleitorado mineiro está fazendo um segundo turno já no primeiro.

Os dois principais candidatos têm ainda rejeição baixíssima: Pimenta, 12%, e Pimentel, 10%. A pesquisa foi realizada entre os dias 27 e 29 de setembro, e foram entrevistados 2.002 eleitores.

Ibope Minas 1º turno 30.09

Ibope Rio – Pezão ganha de todos; Garotinho perde para todos; esquerdas no Rio não enchem o Posto 9

Há uma semana, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), que concorre à reeleição, ainda estava tecnicamente empatado com Anthony Garotinho, do PR. A diferença agora aumentou no Ibope: o peemedebista tem 31% no primeiro turno, contra 24% do adversário: um oscilou dois pontos para cima, e o outro, dois pontos para baixo. Marcelo Crivella (PRB) oscilou um ponto para baixo e tem 16%. O petista Lindbergh Farias segue dando vexame: 9%. Os demais candidatos somam 2%. Dizem não saber em quem votar 6%, e 12% anulariam ou votariam em branco.

Ibope Rio 30.09

Garotinho segue o líder absoluto da rejeição, com 40%, seguido de longe por Lindbergh (20%), Pezão (16%) e Crivella (14%). Em que isso resulta no segundo turno? Ele perderia para todos os adversários — e Pezão venceria todos, a saber:
Pezão 46% x Garotinho 31%;
Pezão 43% x Crivella 32%;
Crivella 37% x Garotinho 32%

Ah, sim: incluindo Lindbergh (9%), as esquerdas no Rio somam 11% dos votos apenas: os outros dois pontos estão com o PSOL (1%) e PSTU (1%).

Não dá para encher o Posto 9!

Ibope Rio 2º turno 30.09

Por Reinaldo Azevedo

Segundo o Ibope, PT pode ser humilhado no DF e ficar fora do segundo turno

O PT pode passar por uma humilhação e tanto no Distrito Federal. Se a eleição fosse hoje, o partido ficaria fora do segundo turno. Segundo o instituto, no primeiro, o senador Rodrigo Rollemberg, do PSB, teria 32% dos votos. Em seguida, vem Jofran Frejat, com 24%. O petista Agnelo Queiroz, que disputa a reeleição, está com 19%. Os demais candidatos somam 6%. Dizem votar em branco ou nulo 9%, e 10% afirmam não saber. O Ibope ouviu 1.806 pessoas entre os dias 27 e 30 de setembro. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Além de ficar fora do segundo turno, Agnelo segue sendo espetacularmente rejeitado: por 49%. O segundo nesse ranking negativo está muito distante: é Frejat, com 15%. Rollemberg tem apenas 6%.

Rollemberg venceria o segundo turno contra os dois adversários, e Agnelo perderia para os dois. Vale dizer: o governador do DF é mesmo um adversário dos sonhos. Vejam como seria o confronto entre os candidatos:
– Rollemberg 49% x Frejat 30%;
– Rollemberg 57% x Agnelo 23%;
– Frejat 48% x Agnelo 28%.

Por Reinaldo Azevedo

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Blog Reinaldo Azevedo (VEJA)

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    João Batista Olivi esqueceu de mencionar que Marina Silva è defensora entusiasta do projeto 8243, ela defende veementemente o decreto Dilmista. Pode atè ser João, que as pessoas sejam ignorantes, sò que antes de tudo são indiferentes. Não podemos esquecer também que acima destes, estão os que defendem convicções baseados em princípios que não mudam, e os aproveitadores de língua fácil à prometer o paraíso na terra desde que lhe seja concedido um financiamento do BNDS. Dilma se reeleita irà usa-los para garantir suas próprias convicções, sò que isso coloca a classe dirigente no mesmo nível dos indiferentes, o que também não deixa de ser uma ignorancia aproveitadora. Senão vejamos, apesar de muitos produtores, a maioria, declararem seu apoio e voto ao candidato e futuro presidente Aècio Neves, não se vê uma liderança em apoio aberto e franco a favor deste que è o candidato dos produtores. Agora a pouco João Batista Olivi abriu espaço para o presidente do sindicato rural de varginha para que pedisse voto e o que ele fez? Pediu para votar em lideranças ligadas ao setor! Ora, Kàtia Abreu è do setor e è Dilmista, os Maggi são do setor e são Dilmistas. Apesar disso falou bem de Aècio, disse que os produtores ficaram animados, gostaram, e que o candidato foi o único a dizer com todas as letras que o Paìs terá uma política agrícola para o café, entretanto o entusiasmo durou pouco por parte do presidente do sindicato de Varginha, pois na hora de pedir voto ficou calado e em cima do muro. Onde estão as lideranças do agronegócio que apóiam Aècio Neves e os produtores que votam nele?

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