Que país é esse? Como é que Dilma não cai??!!...
Um vídeo e uma foto para derrubar Dilma Rousseff
1) Tive de separar em vídeo os trechos principais do depoimento que Eduardo Leite, vice-presidente da Camargo Corrêa, prestou ao juiz Sergio Moro na segunda-feira (18). O empreiteiro confirmou que o PT pediu propina em forma de doação eleitoral em 2010.
Ou seja: ele deu mais um motivo para o impeachment e/ou a cassação de Dilma Rousseff…
…se o Brasil fosse um país sério, é claro.
Em resumo: “Por volta de 2010 eu conheci o sr. João Vaccari na saída de um restaurante em São Paulo. Ele me foi apresentado ‘esse aqui é o sr. João, o tesoureiro do PT’. Trocamos cartões. Após algum tempo fizemos contato, uma reunião no Café Jornal. Era o lugar onde eu marcava reuniões fora do horário do expediente porque fica muito próximo à minha residência. Ele (Vaccari) também disse que era próximo da casa dele. Passamos a nos encontrar nesse endereço. Um primeiro encontro, no segundo ele me abordou. ‘Olha, estamos atrás de doações eleitorais e sei que a Camargo Corrêa está em débito com a nossa área de Serviços da Petrobrás, você não está conseguindo cumprir os repasses para que esse dinheiro chegue. Não quer fazer isso através de doação eleitoral?’”
2) A Folha publicou nesta terça-feira uma fotografia do encontro do delator da SBM, Jonathan Taylor, com integrantes da CPI da Petrobras, em Londres.
A empresa holandesa pagou, segundo Taylor, 225 milhões de dólares em propinas no Brasil.
O delator Pedro Barusco havia afirmado à CPI que 300 mil dólares foram diretamente para a campanha eleitoral de Dilma Rousseff.
* Relembre também aqui no blog:
- Vídeo: “Dilma Rousseff não seria presidente” se tudo isso tivesse sido descoberto mais cedo
- Aécio em vídeo: Comissão vai a Londres ouvir delator que acusa CGU de favorecer Dilma Rousseff nas eleições. Procurador também pediu ao TCU para mandar emissário
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
Que país é esse? Como é que Dilma não cai?
Até eu me assusto com meu desgoverno
Vejamos alguns dados da crise brasileira.
Realidade:
- Queda de 5,1% do emprego na indústria em março, em relação ao mesmo mês de 2014, segundo o IBGE. É o 42º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto.
- A produção de veículos teve o pior resultado para abril desde 2007 ao cair 14,5% em relação a março e 21,7% na comparação com o mesmo mês de 2014, para 217.100 unidades, segundo a Anfavea.
- O desemprego no primeiro trimestre de 2015 chegou a 7,9%, maior taxa desde o primeiro trimestre de 2013, quando foi de 8%.
- O desemprego no país saltaria dos 7,9% para 9,2%, não fosse o espírito empreendedor dos brasileiros, que acabou salvando o PT de um índice maior. Segundo o Estadão, 868 000 pessoas passaram a trabalhar por conta própria entre março de 2014 e março deste ano. O pesquisador da Fipe, Eduardo Zylberstajn, ressaltou, porém, que esse tipo de ocupação é “mais volátil, imprevisível e que prejudica o rendimento familiar”.
- O reajuste dos salários dos trabalhadores foi inferior à inflação em 11% dos acordos no primeiro trimestre, uma fatia três vezes maior do que em igual período do ano passado, segundo dado do Ministério do Trabalho (MTE). Ou seja: aumentou o número de negociações que terminam sem que o trabalhador consiga sequer repor as perdas geradas pela inflação.
- Em maio, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu 21,2% em relação ao mesmo mês do ano passado, com todos os quesitos se mantendo nos menores valores de suas séries históricas.
- O indicador de inadimplência do consumidor, medido pela Serasa Experian, cresceu 14,9% nos primeiros quatro meses do ano em comparação com o mesmo período de 2014. Em relação a abril do ano passado, a alta foi de 12,2%.
- A dívida da Petrobras, roubada e mal gerida pelo PT, cresceu 49,6 bilhões de reais em apenas três meses, superando a marca dos 400 bilhões de reais.
- A Petrobras reconheceu em documento enviado aos reguladores americanos da SEC o que seus 1.146 assessores de imprensa não reconhecem para os brasileiros: que as dificuldades financeiras atuais podem atrapalhar a continuidade do trabalho de exploração e produção no pré-sal.
Projeções:
- Inflação de 8,31%, em 2015 (acima do teto da meta, de 6,5%), segundo economistas ouvidos semanalmente pelo Banco Central;
- Queda de 0,4% do PIB neste primeiro trimestre em relação ao anterior;
- Queda de 1% do PIB no segundo trimestre em relação ao atual, segundo a equipe econômica do Itaú Unibanco.
A piora esperada do PIB está relacionada, sobretudo, aos resultados negativos do comércio e da indústria, e também à inflação acima do teto da meta.
A piora de tudo está relacionada, sobretudo, a Dilma Rousseff.
Quando sai mesmo o impeachment?
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
Vida que segue
Roseana depôs na PF
Roseana Sarney acaba de depor na PF no inquérito aberto contra ela da Operação Lava-Jato.
Por Lauro Jardim
Pedaladas à vista! Dilma comprou bicicleta nova e Levy está louco para usar
Se verde é assim, imagina madura
Piada pronta. Mais uma.
Dilma Rousseff, responsável pelas pedaladas fiscais do governo em 2014 – ou seja: pelo adiamento de repasses a bancos públicos para melhorar artificialmente as contas do ano -, comprou uma bicicleta nova para 2015, escolhida por um assessor em uma loja de Brasília.
(Não. Não é a da foto ao lado.)
A petista, segundo a Folha, “pedala nos jardins do Palácio da Alvorada, onde também costuma fazer caminhadas diárias. Ela evita andar de bike na frente da residência oficial, onde poderia ser vista por visitantes e fotógrafos que dão plantão na portaria. Dilma está seguindo dieta rigorosa e já perdeu 15 kg. A briga agora é pela manutenção do peso.”
Na verdade, a briga agora é pela manutenção dos gastos.
Joaquim Levy levou para Dilma a proposta de cortar mais de 70 bilhões de reais em despesas do governo, incluindo programas sociais como o Minha Casa Minha Vida.
Mas congressistas do PT e do PMDB querem continuar a gastar.
A proposta deles é reduzir a meta de superávit primário de 1,1% do PIB para somente 0,8% do PIB, o que reduziria em até R$ 20 bilhões os cortes de despesas e aumentos de impostos que o governo precisa fazer.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse à Folha:
“O mercado quer é saber se o governo está indo na linha certa, não acertar o número da loteria. Se o governo fizer primário de 0,8% este ano e 1% no ano que vem, é melhor do que fazer 1,2% este ano e 1% em 2016″.
Em outras palavras: vai ser difícil para o desgoverno Dilma Rousseff fechar as contas deste ano também.
Tudo indica que Joaquim Levy pegará emprestada a “bike” da petista para pedalar ainda mais na cara do Brasil.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
Dá bilhão? Ou: Antes de falar em aumento de imposto ou redução do ajuste fiscal, que tal cortar os infindáveis desperdícios?
Já ficou famosa a entrevista antiga em que participei com Ciro Gomes e na qual ele questionou, de forma incisiva, onde dava para cortar um bilhão nos gastos públicos. Dá bilhão?, quis saber o cacique político do Ceará. Sim, davam muitos bilhões só com corte para ONGs que ignoram a letra N na sigla ou para os “movimentos sociais”, sem falar dos ministérios. Ciro não se mostrou convencido na época.
Hoje o próprio governo Dilma, do qual seu irmão Cid Gomes foi ministro até pouco tempo, fala em cortar R$ 70 bilhões por ano. Setenta vezes mais do que o tal bilhão que suscitava suspeitas em Ciro. E isso, podem acreditar, é só a pontinha do iceberg de nosso governo obeso e inchado. Dá para cortar muito mais. Centenas de bilhões!
Mas o Congresso parece discordar, e já acha que a meta de superávit proposta pelo governo Dilma não é viável. Passa, então, a pressionar o governo por uma redução no corte. Os congressistas do próprio PT querem que Joaquim Levy reveja a meta, e proponha um corte menor. O obeso não quer fazer dieta, pois não se acha nada gordo.
Levy reage ameaçando com aumento de impostos, sempre uma medida impopular. Mas antes de se falar em redução no corte de gastos ou em aumento de impostos, que tal se nossos políticos e governantes falassem em acabar com a quantidade infindável de desperdícios no governo?
O senador José Serra, diz uma coluna de jornal hoje, tem levado a alguns colegas um estudo em que diz ser possível o governo economizar pelo menos R$ 10 bilhões só em revisão de contratos. Dentro da estrutura do Senado, por exemplo, quando Renan Calheiros assumiu, havia até contrato para manutenção de máquinas de datilografia, peças em desuso na Casa há, pelo menos, três décadas.
Basta extrapolar isso, que deve ser a realidade em todas as esferas do governo, para se ter ideia de como o ralo é gigantesco. E tem muita gente se dando bem nessa história, mamando nas tetas estatais por puro desleixo ou conivência e cumplicidade dos governantes. Vamos atacar esse mal pela raiz? Vamos ver quantos bilhões dá para economizar só com uma gestão mais eficiente e séria?
Dá bilhão? Só se for em cada esquina de Brasília! Repetir que o ajuste fiscal proposto é inviável ou que é preciso aumentar impostos num país como o nosso, com esse governo perdulário, incompetente, corrupto e inchado, só pode ser uma piada de mau gosto. Ou, claro, uma estratégia de quem tira vantagem com esse esquema todo e detestaria ver um trato mais sério da coisa pública…
Rodrigo Constantino
A imagem da decadência: Jô Soares resolve emprestar fama para defender Dilma
Jô Soares já foi um querido humorista, um entrevistador respeitado, ainda que sempre tenha demonstrado seu viés de esquerda. Era um ícone da esquerda caviar, sem dúvida, mas tinha algum pudor. Vaidoso, não demonstrava conforto quando o entrevistado se sobressaía mais do que o entrevistador, mas fez boas entrevistas mesmo assim.
De uns tempos para cá, Jô foi perdendo aparentemente o saco, suas entrevistas começaram a ficar enfadonhas, e a perda de audiência foi inevitável. Jô não era, afinal, o David Letterman brasileiro, apesar do cenário e até do estilo do programa serem parecidos (copiados?).
Enquanto isso, Danilo Gentili, com um programa bem mais dinâmico e engraçado, e com a coragem de remar contra a maré vermelha e a ditadura do politicamente correto, foi comendo pelas beiradas, ganhando mais audiência e respeito.
Gentili teve coragem até para entrevistar esse que vos escreve, quando seu programa ainda era na Band, para falar sobre a esquerda caviar, tema explosivo na mídia, pois dominada pela espécie:
Pois bem: o programa do Jô virou uma relíquia, algo que só os “colecionadores” continuaram assistindo, talvez por inércia. Comentei aqui sobre seu papelão ao defender a presidente Dilma, tendo que mentir escancaradamente para tanto. E eis, agora, que temos a imagem perfeita de sua decadência, não só profissional, mas principalmente moral:
No momento em que Dilma precisa se manter afastada da televisão para não gerar um enorme panelaço como reação, em que sua credibilidade após o estelionato eleitoral é nula, em que sua aprovação sumiu, em que a inflação ultrapassa 8% e a atividade econômica cai, em que o escândalo do petrolão continua espantando o país, eis o momento em que Jô empresta sua fama para defender Dilma. Um momento em que até Chico Buarque anda completamente sumido, vale notar!
Poderíamos dizer que isso é uma forma de coragem, ou quiçá de loucura, o que às vezes se confunde com coragem. Infelizmente, não acredito que seja nem uma coisa, nem outra. Também não acho que Jô está “gagá”. Restam, então, poucas alternativas para explicar o vergonhoso papel. Prefiro deixar a imaginação do leitor responder por mim quais seriam essas alternativas…
PS: Jô Soares teve seu nome exposto no caso do HSBC. O apresentador é relacionado a quatro contas numeradas, abertas entre abril de 1988 e janeiro de 2003. Em 2006/2007, todas elas estavam zeradas. Nos documentos do banco, Jô aparece associado a duas pessoas jurídicas: a Lequatre Foundation, de Liechtenstein, e a Orindale Trading, nas Ilhas Virgens Britânicas. Petista sim, mas com dinheiro no exterior pois ninguém é de ferro. Especialmente a esquerda caviar…
Rodrigo Constantino