FREI BETTO CONTA EM LIVRO: José Carlos Bumlai foi quase um assessor presidencial

Publicado em 25/11/2015 04:31
por SERGIO PRAÇA, em VEJA.COM. E Felipe Moura Brasil pergunta: Braço-direito de Lula vai preso. Quando irá o resto?

 

José Carlos Bumlai, um quase-assessor presidencial..., segundo Frei Betto

Frei Betto, ex-assessor de Lula, conta, em livro de 2007, como José Carlos Bumlai quase foi nomeado para trabalhar com o presidente (por SERGIO PRAÇA, de VEJA.COM)

Frei Betto, ex-assessor de Lula na presidência em 2003 e 2004, tem um bom motivo para que o ex-presidente não seja mais seu amigo. Foi Betto quem pegou o cartão de Joaquim Barbosa e o recomendou para o Supremo Tribunal Federal, no início do governo Lula. Todos os envolvidos devem ter se arrependido dessa.

Agora Betto tem outra contribuição a dar. Está em seu interessante livro “Calendário do Poder” , no qual relata o dia-a-dia do Palácio do Planalto como um dos responsáveis pela implementação do Fome Zero (aquela política social que foi atropelada, com justiça, pelo Bolsa Família).

Betto conta que, às vésperas do primeiro turno das eleições presidenciais em 2002, apareceu para visitar Lula com José Alberto de Camargo, então presidente da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (p. 30). No dia seguinte, após votarem, almoçaram com o pecuarista José Carlos Bumlai, preso hoje pela Polícia Federal (p. 33). Lula não estava neste almoço.

Quando recebeu o MST pela primeira vez em seu mandato, em julho de 2003, Lula “encarregou José Carlos Bumlai de montar equipe para estudar como dotar os assentamentos dos sem-terra de novas tecnologias” (p. 141). O empresário também foi lembrado, segundo Betto, para substituir Oded Grajew, outro assessor do presidente. Escreveu Betto: “Para o lugar de Oded, sugeri o pecuarista José Carlos Bumlai. É homem de empresa, amigo meu e de Lula. O presidente considera um bom nome, mas receia que não aceite, devido a seus negócios” (p. 229). Em novembro de 2003, Bumlai informou não topar (p. 247).

Em meados de 2004, o clima no governo Lula não era muito bom, mesmo antes do mensalão. Betto teve a iniciativa de convocar amigos do então presidente para conversar francamente com ele, sem aquela coisa de chamar de “presidente”. Estavam presentes ele, Lula, José Alberto de Camargo, Paulo Vanucchi (que foi secretário especial de Direitos Humanos no governo Lula), Oded Grajew e…José Carlos Bumlai (p. 398).

Quão próximos eram Lula e Bumlai? Cada um pode tirar suas próprias conclusões a partir dos relatos de Frei Betto.

 

Braço-direito de Lula vai preso. Quando irá o resto? (por FELIPE MOURA BRASIL)

Lava Jato está a um dedinho do petista com prisão de seu melhor amigo, Bumlai

 

Bumlai preso

Amigo de Lula, José Carlos Bumlai é levado em cana pela Polícia

“O ex-presidente era o responsável pelo governo. Se a Lava Jato chegar ao ex-presidente, vai chegar com uma acusação sólida, com uma denúncia apresentada pelo Ministério Público baseada em fatos concretos, comprovados.”

Essa havia sido a resposta do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima quando questionado por VEJA a respeito de Lula.

Na manhã desta terça-feira, seu melhor amigo foi preso pela Lava Jato em Brasília, antes de depor na CPI do BNDES.

A operação batizada de Passe Livre levou em cana o pecuarista do Mato Grosso do Sul e empresário do setor sucroalcooleiro José Carlos Bumlai, que tinha justamente “passe livre” no gabinete de Lula, como mostra a imagem abaixo, revelada pela revista.

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“O sr. José Carlos Bumlai deverá ter prioridade de atendimento na portaria Principal do Palácio do Planalto, devendo ser encaminhado ao local de destino, após prévio contato telefônico, em qualquer tempo e qualquer circunstância.”

O Ministério Público Federal (MPF) afirmou que Bumlai utilizou contratos firmados na Petrobras para quitar empréstimos junto ao banco Banco Schahin.

Segundo o procurador Diogo Castor de Mattos, o dinheiro dos empréstimos era destinado ao Partido dos Trabalhadores (PT).

Ou seja: o banco Schahin emprestava dinheiro ao PT e ganhava em troca contratos na Petrobras, negociados pelo amigão do Lula.

1) Vejamos o principal deles:

O grupo Schahin ganhou o contrato para a operação do navio-sonda Vitória 10.000 em troca de um empréstimo de R$ 12 milhões que o Banco Schahin concedeu a Bumlai em 2004.

O empresário Salim Schahin, que teve acordo de delação premiada homologado na semana passada, confessou as irregularidades.

A força-tarefa da Lava Jato confirmou que Salim Schahin recebeu um telefonema da Casa Civil então comandada por José Dirceu quando Bumlai obteve o empréstimo.

O ex-tesoureito do PT “Delúbio Soares e José Dirceu influíram na agilização da liberação do crédito”, disse ainda o delator Sandro Tordin, ex-presidente do Banco Schahin.

Bumlai negava qualquer ligação com contratos da Petrobras e havia dito que o empréstimo com o grupo Schahin foi quitado com a entrega de embriões bovinos.

Mas Salim Schahim disse aos investigadores que o empréstimo foi perdoado.

Ele também disse que Bumlai tomou “o empréstimo em nome do Partido, pois havia uma necessidade do PT que precisava ser resolvida de maneira urgente”.

No pedido de prisão de Bumlai, o MPF anexou o depoimento de Marcos Valério, no qual o publicitário preso pelo mensalão diz que o dinheiro do empréstimo do Banco Schahin a Bumlai era para comprar o silêncio de Ronan Maria Pinto sobre o assassinato de Celso Daniel.

Na versão de Bumlai para o delator Fernando Baiano, no entanto, o dinheiro – concedido em 2004 – seria para pagamento de dívidas da campanha de Lula de 2002.

Mas o que parece mais urgente? A compra de um silêncio ou o pagamento de dívidas de uma campanha de dois anos antes? A primeira opção, é claro.

Além do empréstimo de R$ 12 milhões, há pelo menos uma dezena de outros empréstimos, no valor de dezenas de milhões de reais, envolvendo pessoas físicas ligadas ao pecuarista, segundo o procurador Mattos.

O juiz Sergio Moro escreveu em seu despacho:

“Provas indicam que (Bumlai) disponibilizou seu nome e suas empresas para viabilizar de maneira fraudulenta recursos a partido político, com todos os danos decorrentes à democracia e, posteriormente, envolveu-se na utilização de contrato público de empresa estatal para obter vantagem indevida para si e para outrem”.

2) O delator Fernando Baiano narrou à Lava Jato como Bumlai se comprometeu a procurar o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli e Lula para garantir um contrato para a Schahin.

Eis um trecho: o depoente pressionou Bumlai para que ele acionasse os contatos dele, em especial Gabrielli e o Presidente Lula; que Bumlai respondeu que o depoente poderia ficar tranquilo pois iria acionar Gabrielli e o ‘Barba’, que era como Bumlai se referia ao Presidente Lula; que Bumlai disse ao depoente que, assim que tivessem feitos os contatos, iria avisá-lo para que a questão fosse colocada em pauta; que Bumlai posteriormente avisou o depoente que tudo estava certo e que poderia levar a questão à Diretoria Executiva, pois seria aprovada; que Bumlai não citou nomes, mas afirmou que tinha conversado com as ‘pessoas'; que nesta conversa, ao contrário da anterior, Bumlai não mencionou quem seriam tais pessoas”.

Um chefe astuto autoriza e desautoriza operações sem deixar pegadas dos próprios atos.

Para verificar se Lula deu seu aval, a Lava Jato terá de rastrear ligações e deslocamentos de Bumlai que indiquem encontros com o “Barba” entre o pedido de Baiano e a confirmação do pecuarista.

Baiano disse ainda ter pago R$ 2 milhões em propina a Bumlai, em virtude da intermediação do pecuarista junto a Lula para um contrato com a petrolífera.

Segundo as investigações, foi simulado um contrato de aluguel de equipamentos na transação e emitidas notas fiscais falsas.

3) Como VEJA revelou em 2011, Bumlai também foi favorecido por financiamentos do BNDES.

Agora a Lava Jato sabe que, ao receber o primeiro empréstimo do banco, para a Usina São Fernando, no valor de R$ 64 milhões, Bumlai transferiu parte do valor para contas do frigorífico Bertin, cujos controladores Natalino e Silmar Bertin foram levados pela PF para prestarem depoimento.

O juiz Sergio Moro autorizou ainda uma diligência de busca e apreensão no frigorífico.

A Usina São Fernando teria sido administrada conjuntamente pelos Bertin e Bumlai entre 2007 e 2012, quando o BNDES aportou mais centenas de milhões de reais.

Moro intimou o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, a entregar à PF todos os documentos envolvendo os empréstimos concedidos à Usina São Fernando Açúcar e realcool e à São Fernando Energia, além de outras controladas ou com a participação de Bumlai.

Este blog foi informado de que o pessoal da Área Industrial, responsável pela análise e contratação da operação com o Grupo São Fernando, está a mil para preparar e enviar toda a documentação. O superintendente da área é o sr. Maurício dos Santos Neves.

4) Segundo a coluna Radar, de VEJA, Moro enviou um ofício à CPI do BNDES em que pede desculpas pela prisão de Bumlai antes da oitiva do pecuarista pela comissão, alegando que foi uma coincidência, uma vez que ele determina a detenção, mas quem cuida da data de deflagração da operação é a PF.

Moro ainda destacou que a partir da semana que vem deixará Bumlai à disposição da CPI.

5) Bumlai também sacou mais de R$ 3 milhões em operações atípicas comunicadas por bancos ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), segundo a Época.

“Vários saques foram feitos por um policial militar. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal rastreiam a destinação da elevada movimentação em espécie nos últimos anos.”

A Lava Jato identificou o policial militar como Marcos Sérgio Ferreira. Moro determinou sua condução coercitiva para que explique os saques.

6) Mandados de condução coercitiva ainda foram cumpridos contra dois filhos de Bumlai, que serão ouvidos pela Polícia Federal, em Brasília.

Um mandado de busca e apreensão para apreender computadores e celulares no quarto de hotel em que estavam foi pedido de última hora.

Em Mato Grosso do Sul, também foi feita busca e apreensão na residência e nas empresas do pecuarista.

cofre

Chaveiro abrindo cofre na casa de Bumlai em Campo Grande

7) Sergio Moro escreveu que Bumlai pode usar o nome de Lula para interferir na investigação:

“A fiar-se nos depoimentos, José Carlos Bumlai teria se servido, por mais de uma vez e de maneira indevida, do nome e autoridade do ex-presidente da República para obter benefícios. Não há nenhuma prova de que o ex-presidente da República estivesse de fato envolvido nesses ilícitos, mas o comportamento recorrente do investigado José Carlos Bumlai levanta o natural receio de que o mesmo nome seja de alguma maneira, mas indevidamente, invocado para obstruir ou para interferir na investigação ou na instrução.”

Apesar do cuidado de Moro em não colocar a carroça na frente dos bois, o comportamento recorrente do investigado também levanta o natural receio de que Lula soubesse de tudo. E a prisão de Bumlai levanta o natural receio no PT de que, com ela, Moro busque justamente provas contra o “chefe”.

8) No momento da prisão, Bumlai se mostrou tranquilo e não apresentou resistência.

No entanto, caciques do governo e do PT disseram a Andréia Sadi, da GloboNews, que estão com medo porque Bumlai “não é um soldado do partido – não é um Delúbio nem um Vaccari”.

Um petista que o conhece bem, segundo Lauro Jardim, “chegou a dizer diversas vezes, em tom de chiste, que Bumlai já no voo para Curitiba pediria a caneta e a papelada da delação premiada para assinar”.

Quem deve estar em pânico é Lula.

A Lava Jato, finalmente, chegou ao seu braço-direito e boa parte dos brasileiros não vê a hora de que ela leve o resto.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

 

No EL PAÍS: O norte-americano que salvou a Revolução Cubana

William Morgan comandou guerrilha e foi fuzilado em 1961 por conspirar contra Fidel (POR LUIS BARBERO, no EL PAÍS)

William Morgan sendo aplaudido por Fidel Castro. / CORTESIA DA COLEÇÃO RAMIRO LORENZO

 

O norte-americano William Morgan morreu fuzilado em Havana, em 11 de março de 1961, quando tinha apenas 32 anos. Seu nome diz pouco hoje, mas, no final dos anos cinquenta do século passado, ficou famoso porque foi comandante da Revolução Cubana que derrubou o ditador Fulgencio Batista e levou ao poder um jovem chamado Fidel Castro, contra o qual acabaria conspirando. Após sua morte, Estados Unidos e Cuba, dois inimigos irreconciliáveis nos últimos 50 anos, concordaram em sepultar sua memória —como se fosse uma testemunha incômoda—, a emocionante história de uma aventureiro intrigante.

Nascido em Toledo (Ohio), em uma família de classe média alta, Morgan foi um garoto rebelde e hiperativo que abandonou os estudos para se tornar marinheiro mercante e depois se alistar no Exército dos EUA, onde foi enviado ao Japão. No país asiático, foi acusado de deserção, e passou três anos na prisão federal. Quando foi libertado, sentindo-se estigmatizado e sem oportunidades, "se envolve com a máfia" de sua cidade, com os casinos e o jogo ilegal, diz Adriana Bosch, que dirigiu o documentário Comandante Americano para a rede de TV PBS, no qual retrata a figura de Morgan.


Em 1957, o esquecido herói decide juntar-se aos rebeldes. Tenta ir à Sierra Maestra, onde está Fidel Castro, mas não consegue chegar à região, por isso se une ao grupo guerrilheiro que está no comando da frente nas montanhas de Escambray, no centro da ilha. "Os guerrilheiros eram camponeses, estudantes, e ele, que foi treinado pelo Exército norte-americano, lhes ensina a lutar", diz Bosch, que entrevistou os poucos sobreviventes que vivenciaram o momento. Nos primeiros meses de 1958, a Frente de Escambray consegue os primeiros avanços, ganha território, e Morgan é promovido a comandante por outro herói da revolução, Eloy Gutiérrez Menoyo. Naquela época, Morgan se apaixona por uma guerrilheira, Olga Rodríguez, com quem se casou e teve duas filhas.Depois dessa etapa, o aventureiro começa a trabalhar em um circo, em um espetáculo no qual engolia fogo, e se casa com uma encantadora de serpentes com quem teve dois filhos e da qual se divorciou. Em uma de suas viagens com o circo chega a Miami, na época o centro do exílio cubano que conspirava para derrubar Batista. Era o ano de 1955. Morgan entra em contato com os exilados e, graças a seus contatos com a máfia, começa a fornecer-lhes armas. É nessa etapa que "se apaixona pela revolução", afirma Bosch, que conseguiu a primeira pista sobre Morgan em uma reportagem publicada pela revista The New Yorker há três anos e, desde então, vem continuamente compilando informações sobre esse episódio da história.

A revolução triunfa em 1 de janeiro de 1959 e Morgan divide o protagonismo com os principais líderes guerrilheiros comandados por Fidel Castro. Essa vitória preocupa muita gente, dentre os quais a máfia dos Estados Unidos, que teme perder o lucrativo negócio dos cassinos em Havana. “A máfia tenta entrar em contato com Fidel, mas ele recusa”, afirma Bosch.

Em março, somente três meses depois do triunfo da revolução, a máfia e os partidários de Batista, que havia dado abrigo ao ditador dominicano Rafael Leónidas Trujillo, planejam um complô para acabar com Castro, que ainda não havia revelado suas intenções de implantar o comunismo em Cuba. A máfia agora entra em contato com Morgan, e lhe oferece um milhão de dólares (3,72 milhões de reais) para matar o líder cubano. No último, e talvez principal serviço à revolução, Morgan conta a Castro sobre a oferta. “É seu principal papel na história de Cuba”, diz Bosch. Castro diz a Morgan para que continue com o jogo dos conspiradores. Faz uma viagem a Miami onde emissários de Batista, de Trujillo e da máfia lhe dizem que os planos mudaram e que agora o objetivo é dar um golpe de Estado no qual participariam alguns adeptos que permanecem em Cuba e militares da República Dominicana. Morgan, agora no papel de espião, revela os novos planos a Castro, que decide manter tudo em silêncio.

O então diretor do FBI, o lendário John Edgar Hoover, sabe da operação em andamento graças às informações fornecida pelos partidários de Batista. “Hoover estava feliz com o plano porque não confiava em Castro”, acrescenta Bosch. Mas o diretor do FBI não está convencido de algo: o papel de Morgan, de quem possuía um dossiê com sua trajetória de desertor, mafioso menor e revolucionário de última hora.

Em seu jogo duplo, Morgan leva a Cuba carregamentos de armas para a rebelião que terminam nas mãos de Fidel Castro. A conspiração tramada por Batista e Trujillo fracassa em agosto de 1959 e os principais mentores dentro da ilha são presos. “Em 15 de agosto Fidel revela tudo e Morgan é a estrela, um herói que salvou a revolução”, diz Bosch.

Após esse capítulo, os Estados Unidos retiram a nacionalidade de Morgan, que fica em Cuba e monta uma granja para criar rãs, cujas pernas exporta. Depois, como aconteceu com outros revolucionários, Morgan fica desapontado pelos passos dados por Fidel Castro. Quando ele se aproxima definitivamente da União Soviética e enfrenta os Estados Unidos, o comandante americano muda de lado. É junho de 1960. “Morgan é anticomunista, católico e americano e decide criar seu próprio exército para derrubar Fidel. Aí perde a cabeça”, afirma Bosch. Nas montanhas de Escambray, prepara uma segunda revolução, com a colaboração da CIA, a participação de alguns guerrilheiros da primeira e uns poucos partidários de Batista. A rebelião é sufocada em pouco tempo.

Após ser preso, Morgan foi fuzilado por conspirar contra Castro. Sua mulher Olga passou 10 anos na prisão e foi para os Estados Unidos durante a crise migratória de Mariel, onde ainda vive. Desde então, para o regime cubano, Morgan não é mais do que um infiltrado da CIA que merece ser esquecido. Para os Estados Unidos, que lhe devolveu a nacionalidade em 2007, um personagem de sua história que permaneceu no esquecimento.

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