Sem deputados, Partido Novo ganha R$ 527 mil; PSTU fica com mais: R$ 1,2 milhão

Publicado em 22/07/2016 02:05
por Carlos Brickmann, no blog de Augusto Nunes (de veja.com)

 

Abundância exige abundância, por CARLOS BRICKMANN

Nunca ocorreu ao caro leitor perguntar-se o que é que leva pessoas de certa idade e ar exótico a pintar o cabelo de acaju, comprar um terno novo e gastar dinheiro para criar um partido, além de investir no horário gratuito de rádio e TV, mesmo sabendo que não tem chance nenhuma nas eleições?

O jogo é complicado, pode envolver a cessão do horário de TV a outro partido, nunca, naturalmente, a leite de pato. Mas há como simplificá-lo, reduzindo embora os lucros: basta contentar-se com as generosas verbas do Fundo Partidário. No primeiro semestre deste ano, o Partido Novo, com zero deputados, recebeu R$ 527 mil. O PSTU, sem deputados federais, recebeu R$ 1,2 milhão.

Dá para tocar a vida em defesa do povo sofrido.

Reduzindo a hemorragia

O presidente Michel Temer aguarda o fim do impeachment para reduzir um pouco essas despesas (que, a propósito, já têm alta programada pelo Congresso). Em primeiro lugar, a cláusula de barreira. Partido, para que seu pessoal se eleja, terá de obter no mínimo 2% dos votos em nove Estados (as exigências deve crescer nas eleições seguintes). Com isso, Temer espera reduzir os atuais 35 partidos a oito. Até o PCdoB estaria morto.

Por falar em sobrevivência

A informação foi enviada por um advogado gaúcho ao excelente portal “Espaço Vital”, do jornalista e jurista Marco Antônio Birnfeld. Diz o leitor que encontrou na segunda-feira, no portal do Banco Itaú, o seguinte aviso:

“Fique atento aos encargos para o próximo período (26/07/16 a 25/08/16): juros máximos: 17,52% a.m.; juros do contrato: 612,90% ao ano”.

Pergunta o leitor: “Que vai acontecer conosco e com nosso país?”

É isso aí

O que vai acontecer conosco e com nosso país é aquilo que já está acontecendo: inadimplência geral e paralisia total dos negócios  Pior será quando o banco se oferecer para renegociar a divida: “Aproveite que o gerente ficou louco e regularize hoje mesmo a sua conta em condições muito especiais, criadas especialmente para você!!! Pague seu débito de dez mil reais em 24 suaves parcelas de dez mil reais cada uma!”.

O padre que chutava de bico latas milagreiras liquidaria em dois minutos os surtos paranormais de Marilena Chauí(por AUGUSTO NUNES)

Muitos anos antes da estreia do destrambelhado sexto sentido de Marilena Chauí, Taquaritinga se alvoroçava de tempos em tempos com a notícia que corria com rapidez de rastilho pela cidade de 10 mil habitantes: alguém tivera uma visão. Em agosto de 1958, por exemplo, fiquei sabendo num começo da tarde que uma mulher que morava na Vila Sargi acabara de ver Nossa Senhora refletida no alumínio de uma lata de banha vazia esquecida no quintal da casa de chão batido. Cavalgando a Monark com breque no pé que herdara de um dos meus irmãos, cheguei em cinco minutos ao cenário da aparição, avancei pela floresta de pernas e pés até infiltrar-me na terceira fileira, espremido entre uma moça de sombrinha e um homem de bigode e chapéu.

Era tudo verdade, confirmou a troca de impressões entre os dois. O homem se disse impressionado com o intenso azul do olhar da santa. A moça observou que o azul do manto era um pouco mais escuro. Achei que seria falta de educação declarar que não estava vendo coisa alguma além do alumínio que o sumiço do rótulo deixava inteiramente exposto ao sol. E já estava disposto a enxergar um terceiro tom de azul quando o padre Lourenço Cavallini estacionou ruidosamente seu Fusca verde-limão a um metro da calçada, desceu do carro sem tirar a chave da ignição e abriu uma picada no meio da multidão com safanões e cotoveladas até divisar o alvo que perseguia.

Então, o impetuoso pastor do rebanho municipal acelerou o ritmo das passadas e, mesmo com os movimentos dificultados pela estreiteza da batina preta, mandou para o espaço com um tremendo bico de esquerda a lata de alumínio com Nossa Senhora e tudo. O que parecia o chute derradeiro era um pontapé inicial a que se seguiu o segundo ato do espetáculo da santa cólera. A lata milagreira ainda voava sem destino quando se ouviu a ordem baixada pela temida voz de tenor: “Vão trabalhar, seus vagabundos!”.

Não me senti afrontado pelo berro do padre Cavallini: eu ia chegando aos 9 anos e nessa idade ninguém trabalhava. Mas a plateia que se ia dispersando vagarosamente aumentou a velocidade da retirada que logo virou correria, tangida pela sequência de chibatadas verbais. A maior autoridade religiosa do município avisou que próximo cretino que tentasse aproveitar-se de figuras sagradas seria sumariamente excomungado. E ai de quem se achasse no direito de queixar-se ao bispo ou apresentar recursos à Santa Sé, porque um padre que se preze não perde tempo nem desperdiça paciência com vigarices urdidas por ateus, maçons, espíritas ou carolas abusados.

Passado aquele susto, é verdade, os paroquianos que tinham visões continuaram a tê-las, mas ficaram mais cautelosos. Só relatavam o acontecido a parentes mais chegados e amigos de infância, que se comprometiam sob juramento a manter a ocorrência longe dos ouvidos do padre Cavallini. Depois que deixei minha cidade, não soube de nenhum episódio semelhante ao que testemunhei naquela tarde — até ser confrontado, há 12 anos, com o primeiro dos surtos paranormais protagonizados por Marilena Chauí.

A estreia desse sexto sentido de quinta categoria ocorreu em 2004, no dia em que a professora de Filosofia da USP saiu de uma audiência com o presidente da República como se estivesse saindo de uma crônica de Nelson Rodrigues: varada de luz feito santo de vitral, comunicou aos jornalistas que zanzavam pelas imediações do Palácio do Planalto que, “quando Lula fala, o mundo se ilumina”.

Como apenas Marilena Chauí viu a garganta do deus do PT gerando mais energia que mil Itaipus, e como a solitária espectadora do fenômeno se dispensou de descrições mais precisas, tornou-se impossível confrontar o que viu a professora com os assombros que se materializam no mundo real sempre que Lula desanda numa discurseira. Os plurais saem em desabalada carreira, a gramática se refugia na embaixada portuguesa, a ortografia se asila em velhos dicionários, a regência verbal se esconde no sótão da escola abandonada, o raciocínio lógico providencia um copo de estricnina sem gelo, a razão pede a proteção da ONU para livrar-se de outra sessão de tortura.

No segundo surto, Marilena Chauí foi mais generosa com os interessados em detalhes do que tinha visto, e revelou publicamente o que o vídeo registra. Da mesma forma que Dilma Rousseff viu um cachorro oculto atrás de toda criança, ela vira em cada brasileiro da classe média um traidor da nação, um inimigo da pátria, um carrasco de gente pobre ou coisa pior: “Eu odeio a classe média”, contou. “A classe média é o atraso de vida. A classe média é estupidez. É o que tem de reacionário, conservador, ignorante, petulante, arrogante, terrorista. A classe média é uma abominação política, porque ela é fascista, uma abominação ética, porque ela é violenta, e ela é uma abominação cognitiva, porque ela é ignorante”.

O terceiro surto, reproduzido no vídeo abaixo, informa que o caso de Marilena já se transferiu do terreno da galhofa para o pátio do manicômio. Entre outros espantos, a mulher que tem visões enxergou na operação que desmontou o maior esquema corrupto de todos os tempos uma trama internacional destinada a roubar riquezas armazenadas nas profundezas do mar do Brasil. “A Lava Jato não tem nada a ver com a moralização da Petrobras”, delirou Marilena há poucos dias. “É pra tirar de nós o pré-sal”.

Na visão da filósofa de terreiro, o juiz Sérgio Moro é um agente do imperialismo ianque e das seis maiores multinacionais petrolíferas, as “Seis Irmãs”. Depois de alguns anos de cursos e treinamentos no FBI (Marilena não esclareceu por que a velha CIA ficou fora dessa), Moro voltou ao Brasil pronto para engaiolar bravos guerreiros do povo brasileiro, atribuir crimes inexistentes a um Lula incorruptível, obrigar empreiteiros, diretores da Petrobras e figurões da política a confessarem delinquências que jamais cometeram, delatar amigos inocentes ou devolver propinas que nunca embolsaram e, com tudo isso e muito mais, precipitar a queda de Dilma Rousseff.

Se tivesse tais visões numa pequena paróquia do século passado, Marilena não escaparia da excomunhão por charlatanice decretada por um padre Cavallini, além de pedagógicas temporadas no hospício mais próximo. Como vive num mundinho infestado de fanáticos, a companheira paranormal tem boas chances de, daqui a pouco, aparecer empoleirada em púlpitos pintados de vermelho, contando as coisas que anda vendo a bandos de devotos lulopetistas. Marilena Chauí tem tudo para brilhar nas missas negras da seita.

 Editorial do Estadão: A desculpa do ‘antipetismo’

A hostilidade ao PT cresceu nos últimos anos não em razão de preconceito contra o partido, e sim por ter ficado clara a brutal incompetência administrativa dos petistas

É muito conveniente, para os petistas, atribuir suas previsíveis dificuldades eleitorais neste ano, especialmente em São Paulo, ao tal “ódio ao PT” que eles tanto vivem a denunciar. O melancólico, mas merecido, quarto lugar do prefeito Fernando Haddad na pesquisa do Datafolha de intenção de voto à Prefeitura parece dar razão aos estrategistas de sua campanha que querem descolar o alcaide da desastrosa imagem de seu partido – estigma que, segundo esse raciocínio, excita na classe média paulistana seu atávico antipetismo. No entanto, essa é, como de hábito, uma desculpa esfarrapada: a hostilidade ao PT realmente cresceu nos últimos anos e acentuou-se mais recentemente, mas não em razão de preconceito contra o partido, e sim por ter ficado clara a brutal incompetência administrativa dos petistas, não apenas no Município de São Paulo, mas na gestão federal.

É por esse motivo que está cada vez mais difícil encontrar eleitores que se dizem petistas ou que tenham alguma boa vontade com o partido. As últimas eleições mostraram que o grosso do voto na sigla construída por Lula da Silva começa a se concentrar onde a pobreza e o atraso limitam o senso crítico dos eleitores. Especialmente nas regiões metropolitanas, antigo reduto do Partido dos Trabalhadores, o definhamento da legenda se acelerou – a pesquisa do Datafolha mostra que a simpatia pelo PT em São Paulo, por exemplo, caiu de cerca de 25% há quatro anos para 11% agora. O PT ainda é o partido que tem mais eleitores cativos na capital paulista, mas nem de longe apresenta o vigor dos tempos, nem tão distantes, em que o lulopetismo se arrogava o privilégio de ditar os termos da história.

Quando questionados sobre o fenômeno, os petistas têm uma explicação na ponta da língua: trata-se do resultado de uma gigantesca orquestração promovida para difamar o PT. E tudo, é claro, para impedir que o chefão Lula vença as eleições presidenciais de 2018. Como escreveu o presidente do PT, Rui Falcão, em texto publicado pelo partido no dia 18, a “insidiosa campanha da mídia monopolizada” e a “perseguição implacável de autoridades parciais” visam a “infligir uma derrota acachapante ao PT nas eleições municipais” e a frustrar a eventual candidatura de Lula, “liderança inquestionável” nas pesquisas.

Entre os conselheiros de Haddad, o discurso é o mesmo. Já há quem diga, aqui e ali, que o prefeito, se quiser se reeleger, terá de encontrar meios de lidar com a carga da impopularidade da presidente afastada Dilma Rousseff e do PT, sem falar na do próprio Lula, que em São Paulo enfrenta grande rejeição. Isso seria, na opinião desses assessores, o maior obstáculo de Haddad.

Assim, com a desfaçatez habitual, os petistas vão construindo a fantasia segundo a qual o problema eleitoral do PT está no eleitor – instigado pela “mídia monopolista” e pela “elite golpista” a odiar os petistas – e não no próprio partido, cujos delírios de uma revolução social financiada pelo Estado resultaram na maior crise econômica da história recente, sem falar na desmoralização da política pela via da institucionalização da corrupção.

Seria realmente espantoso se a esta altura, com a exposição escancarada da incompetência dos companheiros Haddad e Dilma, os eleitores não manifestassem repúdio ao modo petista de governar. É provável que entre os que reprovam o prefeito e a presidente ora afastada haja mesmo muitos antipetistas convictos, desses que escolhem o candidato pelo potencial para derrotar o PT. Mas é evidente que, diante do descalabro dos governos de Dilma e de Haddad, com desemprego, recessão, contas no vermelho, ruas esburacadas, ciclovias improvisadas, saúde em pandarecos, educação vergonhosa e muitas, mas muitas promessas grandiosas não cumpridas, a decisão de desalojar o PT do poder o quanto antes seja a mais racional a ser tomada na hora de votar.

A própria Dilma reconheceu isso, ainda que por obra de evidente ato falho. Em evento em uma universidade do ABC, depois de ter sido criticada por um dos presentes, a petista, sem querer, explicou por que foi afastada da Presidência: “Uma das constatações que temos que fazer é que algo não deu certo, tanto é que eles estão lá, e nós, aqui”. Bingo.

 

Trump ou Dilma? De quem são estas propostas econômicas? (por LEANDRO NARLOCH)

– Proteger a indústria nacional aumentando em pelo menos 30% o imposto sobre produtos importados do México e da China.

– Desonerar a indústria, reduzindo a cobrança de impostos, mas sem cortar gastos sociais.

– Estabelecer uma cota mínima de peças nacionais para produtos fabricados no Brasil.

– Barrar acordos de livre-comércio com as grandes potências.

Brasileiros que simpatizam com o PT não costumam gostar de Donald Trump, o candidato da direita americana. Mas deveriam. Pois diversas propostas econômicas de Trump, como as quatro acima, parecem ter sido inspiradas na política econômica do segundo mandato de Lula e do primeiro de Dilma.

Em 2011, Dilma aumentou em 30 pontos percentuais a alíquota do IPI sobre carros importados, com o objetivo de atrair empresas e criar empregos em seu país. Carros fabricados no México, Coreia do Sul e China foram os que mais encareceram por causa da nova alíquota. Com o mesmo objetivo protecionista, Trump quer implantar uma alíquota de importação de 35% sobre carros fabricados no México e na China. Seguindo a obsessão de economistas da Unicamp, ele quer retomar a industrialização dos EUA porque acredita que assim preservará empregos.

Durante os governos do PT, o Brasil ficou de fora dos principais acordos de livre-comércio. É exatamente o quer Donald Trump. “A globalização enriqueceu a elite financeira que faz doações aos políticos”, diz ele, numa frase que caberia muito bem na boca de um economista do PT. “Mas deixou milhões de trabalhadores sem nada a não ser pobreza e dor de cabeça.”

Trump quer estabelecer cotas de conteúdo local para empresas como a Apple; Lula, em 2010, estabeleceu cotas de conteúdo local para a Petrobras.

O americano também promete reduzir impostos (cerca de 10 trilhões de dólares) sem cortar gastos sociais. As desonerações de Dilma custarão, de 2011 a 2018, R$ 458 bilhões – e são uma das causas do rombo atual das contas públicas. Segundo a Tax Foundation, o corte de impostos sem corte de gastos levaria às mesmas consequências nos Estados Unidos. Os títulos da dívida americana perderiam confiança, aumentando o gasto com juros e criando uma crise fiscal nos Estados Unidos.

Se Dilma for realmente afastada da presidência pelo Senado, já sabe onde procurar emprego. Pode trabalhar como conselheira econômica de Donald Trump.

@lnarloch

 

Fato consumado, (por GILLES LAPOUGE, em O ESTADO DE S. PAULO)

Fato consumado. Dilma caiu. O que nos deixa aturdidos. Deus bem sabe que nós, franceses, somos dotados para a incoerência política, as mentiras de Estado, as traições, as ideologias em debandada, os falsos arrependimentos.

 

 

Pois bem, os brasileiros nos deixaram estupefatos. Em comparação com os parlamentares do Planalto, Sarkozy e mesmo Hollande são transparentes como vidro. A cada dia, lendo os últimos capítulos da telenovela, dizemos: “Bravo, artista”.

É sobretudo o suspense e os acontecimentos inesperados que nos deixam fascinados. A cada dia uma revelação: no início todos os franceses se revoltaram com essa Dilma que, não contente em ser um “zero”, esgotou os cofres do Estado. Admiravam, pelo contrário, os corajosos, os generosos, os puros, que deviam abatê-la.

No decorrer dos dias o quadro mudou. Sim, ela cometeu as “pedaladas”, mas seus inimigos eram do mesmo estofo, talvez piores. Cunha, um político corrupto. Renan Calheiros usava um lobista para pagar pensão para sua amante grávida, e se Temer é um homem bonito, elegante, polido, de onde saiu? Era vice-presidente de Dilma! Bom, a pergunta então era esta: “seria ele um traidor?”;

Disseram também que Temer é chamado de “ejaculador precoce”, mas não entendemos a razão.

Um jornal francês citou este provérbio africano: “quando queremos subir no coqueiro é bom nos certificar de que nosso traseiro está limpo”.

Neste teatro de sombras a imprensa francesa não ajudou muito a distinguir entre traidores e traidores. No início era globalmente hostil a Dilma, a Lula (que tanto admirava antes) e ao PT. Mesmo os jornais de esquerda passaram ao ataque. E em seguida observamos a mudança. Mas aí então, novo paradoxo: o primeiro jornal a expressar dúvidas quanto à genialidade e pureza de Cunha e outros foi o jornal de direita Le Figaro, porta-voz do empresariado.

Em compensação, o jornal da esquerda elegante e erudita, o Le Monde, continuou reticente com relação a Dilma, a ponto de precisar publicar um longo artigo para se desculpar diante de tantas cartas de indignação enviadas pelos leitores. “Por que o Le Monde tem de se juntar ao coro monocórdio da mídia brasileira?”. Ou perguntando por que o jornal se referia à presidente brasileira com desprezo. Depois dessas críticas, o jornal retificou seu discurso.

A revista de direita L’Express também forneceu um quadro atenuado. Não foi terno com Dilma, sua obstinação, seus erros, mas destacou sobretudo o peso da conjuntura mundial, o que é evidente. Em seguida fez uma tipologia dos inimigos de Dilma: “Entre os partidários da destituição de Dilma está um belo grupo de hipócritas, atingidos por inquéritos judiciais por corrupção. Para eles, trata-se de uma operação de dissimulação maciça de suas torpezas”.

E ainda segundo o L’Express, como o tecido democrático é frágil, “a cólera é dirigida contra os únicos dirigentes expostos ao veredicto popular, ou seja, os líderes políticos, ao passo que o banqueiro e o empresário corrompidos escapam à responsabilidade que teriam de assumir”.

Abordamos esse assunto porque a França vem fazendo uma imagem sombria do futuro do País. Se uma dirigente nula, longe da realidade e do povo, áspera e arrogante, cedesse seu assento a gênio ou simplesmente a indivíduos de boa vontade poderíamos esperar que este novo poder, apoiado por uma opinião pública encantada e inflamada salvará o país do abismo. Mas se, como diz o L’ Express, a herança corrompida de Dilma ficar nas mãos de corruptos, medíocres e especialistas na prática de atos infames, então realmente há razões para nos inquietarmos.

Felizmente, o Brasil já demonstrou muitas vezes, e há apenas 31 anos, que, quando precisa escolher caminhos duvidosos é capaz de se recuperar, ao passo que outros países se dão por vencidos. / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO 

 
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Fonte:
Blog Augusto Nunes, de veja.com

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