Volta da chuva dá novo fôlego ao comércio de animais na BA

Publicado em 21/03/2016 07:25

Depois da forte seca que atingiu a Bahia nos últimos anos, os criadores voltam a recompor o rebanho e o ânimo. Choveu no estado e o comércio de animais reagiu.

Toda terça-feira, o campo dos animais é um dos pontos mais agitados do município de Santa Bárbara. Mas o agito de agora esteve silenciado até pouco tempo atrás, quando o recinto ficou fechado por seis meses no ano passado.

A seca que atingiu a região durou mais do que o esperado e fez o rebanho diminuir. De 2010 a 2015 a Bahia perdeu pelo menos 300 mil ovinos, 500 mil caprinos e 900 mil bovinos. Há tempos não se via tanta gente, tantos animais e tantos negócios na feira.

“A movimentação melhorou bastante graças à chuva que chegou à região. Por semana são comercializados na média, caprinos e ovinos, de 450 a 500 animais e bovinos na média de 400 animais”, diz o Edifrâncio Oliveira, secretário de Agricultura de Santa Bárbara.

A feira de animais de Santa Bárbara reúne criadores de nove municípios da região. Mesmo no tumulto, não é difícil reconhecer criadores interessados em fechar negócio.

A poucos quilômetros da feira de animais, o criador Manoel de Lima ainda tem na palma o sustento para as ovelhas. “Só sobraram 16 animais com a seca. Tinha uns 30”, dz.

Em Santa Bárbara, o pior período da seca foi registrado no final de 2014 e início de 2015. Com o aperto na alimentação, o criador Aloísio Ferreira viu o rebanho de cabras diminuir de 250 para 50 cabeças. “A gente teve que vender até animais, matrizes, animais bons, de qualidade, porque não tinha como recursar e a gente teve que vender muitos animais”, lamenta.

Com a chuva que voltou a aparecer, o criador conseguiu recuperar trinta cabeças. Ele comprou algumas e segurou as poucas crias que nasceram na propriedade. “Antigamente, meu plantel praticamente de dois em dois anos dobrava. Animais que a gente tinha que com seis meses e sete meses estavam parindo após uma parição, elas agora só estavam parindo, no período da seca, com um ano, um ano e meio. Teve animais aqui que pariu com até dois anos”, diz Ferreira.

O ano de 2016 começou bem diferente na propriedade no município de Ipirá. Somente em janeiro, choveu 250 milímetros, quase metade do que se costuma registrar pela região no ano inteiro. O criador José Caetano Ricci se desfez da metade das 800 cabeças de gado.

A situação também não está fácil para os produtores de leite, que tiveram uma redução de 200 mil para pouco mais de 30 mil litros por dia só no município de Ipirá.

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G1 - Globo Rural

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