Café: preços dão sequência aos grandes ganhos e abrem 550 pontos em NY

Publicado em 01/08/2014 09:20 e atualizado em 01/08/2014 12:06

Acréscimos de até 550 pontos para o mercado de café arábica na Bolsa de Nova Iorque (Ice Futures US), na manhã desta sexta-feira (01). A semana já era positiva até novas informações atingirem a mídia e “estourarem” os preços do produto. Na quinta-feira (31), os valores ficaram 1200 pontos acima, e no momento o pregão apresenta sequência nesses ganhos.

O vencimento setembro trabalha às 8h54 (horário de Brasília) a 200,55 centavos de dólar por libra-peso. Os contratos com entrega para dezembro valem 204,20 cents/libra-peso. Março/2015 anota 207,35 cents/libra-peso e maio/2015 registra 208,80 cents/libra-peso.

Quatro grandes informações advindas de muitas entidades ligadas diretamente à cultura do café reportaram o prejuízo causado pela estiagem do início do ano e dados demonstram números alarmantes em relação à safra 2014, além de forte preocupação quanto à próxima produção.

A primeira notícia a atingir o mercado foi confirmação do presidente da Cooxupé – maior cooperativa de café do mundo – Carlos Paulino, que indicou produção menor na região em 30% em relação ao ano passado. Até o momento, já foram colhidos dois terços do total.

Logo após, a exportadora brasileira Terra Forte enviou carta a seus clientes lamentando a situação e dizendo que após muito analisarem, puderam perceber que as lavouras de café arábica realmente foram afetadas pelo clima desfavorável e reduziram as estimativas iniciais para 45,78 milhões de sacas, ante 53,70 milhões relatadas no início do ano e contrapondo também as 47,40 milhões de sacas previstas depois da seca.

Ainda no mesmo dia, o presidente do Conselho Nacional do Café, Silas Brasileiro, cedeu entrevista exclusiva ao americano The Wall Street Jounal. "Normalmente, leva de 480 a 500 litros de grãos para encher uma saca, mas, com a colheita já cerca de 70% concluída, os produtores vêm registrando, na média, entre 650 e 700 litros", comentou ele. Na reportagem, o executivo antecipou que a produção brasileira deve ficar em torno de 40 milhões de sacas.

Outro importante relatório divulgado foi elaborado pelo especialista de mercado de futuros de Chicago, Sterling Smith, do Citgroup, que estimou safra em 41,75 milhões. “Tenho obtido relatórios de danos consistentes nos últimos dias, todos dizendo que os grãos são pequenos e leves. E a safra do próximo ano vai ser ainda menor", relatou ele.

 

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Tags:
Por:
Talita Benegra
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Jose C Salomão Campestre - MG

    Agradecemos sensibilizados o pesar da exportadora Terra Forte, que está "lamentando a situação" e que "puderam perceber" depois de muitas análises, o tamanho da perda. Para que este pesar seja completo, sugiro que seja repassada aos produtores a diferença entre os preços atuais e os preços que ela mesma pagou, depois de ter provocado várias baixas com seus analistas de plantão.De cinismo os produtores estão fartos.

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