Café: Cotações do arábica em Nova York voltam a testar patamar de US$ 1,30/lb nesta 5ª feira

Publicado em 08/10/2015 17:46

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) registraram alta de quase 200 pontos nesta quinta-feira (8). Com mais um recuo do dólar ante o real e as incertezas no clima, o mercado recuperou hoje praticamente todas as perdas da sessão anterior, quando se distanciou do patamar de US$ 1,30 por libra-peso.

Os contratos para dezembro/15 encerraram a sessão de hoje cotados a 127,90 cents/lb com alta de 185 pontos, o março/16 teve 131,00 cents/lb e avanço de 175 pontos. Os lotes com vencimento para maio/16 anotaram 133,00 cents/lb e 165 pontos de valorização, enquanto o julho/16 encerrou o dia com 134,50 cents/lb e 135 pontos positivos.

No mercado físico brasileiro, poucos negócios acontecem. O setor produtivo está atento às condições climáticas, e diante do atual patamar de preço oferecido não aparece ativamente no mercado. Os tipos mais negociados estão saindo por cerca de R$ 500,00 a saca.

Para o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o fechamento do lado azul da tabela na bolsa norte-americana hoje foi motivado por uma conjugação de ansiedade climática no cinturão produtivo, aliada a melhora do humor global, o que tem garantido às cotações nas bolsas um viés construtivo. "Para amanhã é possível que este sentimento prevaleça, garantindo assim, a manutenção do campo positivo", afirma Magalhães.

Nesta quinta-feira, a moeda norte-americana fechou vendida a R$ 3,7931 com queda de 2,71%. É o menor nível em mais de um mês, após a ata do Federal Reserve reforçar apostas de que o banco central norte-americano só elevará os juros no ano que vem o que tende a favorecer mercados emergentes como o Brasil. As informações são da agência de notícias Reuters. Vale lembrar que o dólar menos valorizado ante o real acaba dando suporte aos futuros do arábica em Nova York, pois desencoraja as exportações.

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No aspecto fundamental, as incertezas climáticas nas cidades produtoras do Brasil também acabam impulsionando o mercado. Segundo o analista Marcus Magalhães não são esperadas chuvas representativas no cinturão produtivo para as próximas semanas.

Paralelamente, a Somar Meteorologia informa que uma frente fria avança lentamente do Sul e deve atingir as áreas produtoras de café do Paraná no fim desta quinta-feira.

No longo prazo, a tendência é de alta para os preços do café. O Rabobank divulgou ontem seu relatório trimestral que o déficit no mercado global deve promover suporte ao mercado nos próximos meses. E entre os meses de outubro e dezembro os principais direcionadores para as cotações serão a florada brasileira e a volatilidade do câmbio.

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Mercado interno

As cotações do café arábica no mercado físico registraram pouca oscilação nesta quinta-feira, apesar da alta moderada em Nova York. O lado vendedor não aparece ativamente no mercado, à espera de preços mais condizentes. Os tipos mais negociados estão em cerca de R$ 500,00 a saca.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 565,00 e valorização de 0,53%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP), onde a saca avançou 5,56%, para R$ 570,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação também em Guaxupé (MG) com R$ 565,00 a saca e alta de 0,53%. A maior variação no dia dentre as praças de comercialização ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 0,61% e saca valendo R$ 491,00.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 500,00 com alta de 2,04%. Foi a maior oscilação no dia.

Na quarta-feira (7), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou queda de 2,23% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 473,73.

Bolsa de Londres

Após consecutivas quedas, as cotações do café robusta na ICE Futures Europe subiram nesta quinta-feira. O vencimento novembro/15 encerrou a sessão cotado a US$ 1576,00 com alta de US$ 17. O contrato janeiro/16 teve US$ 1591,00 por tonelada e o março/16 registrou US$ 1605,00 por tonelada, ambos com avanço de US$ 18.

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Tags:
Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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