Café: Em ajustes, Bolsa de Nova York fecha com leve alta nesta 3ª, robusta cai para mínimas de 5 anos e meio

Publicado em 19/01/2016 16:57

Os contratos futuros do café arábica fecharam com leve alta na sessão desta terça-feira (19) na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), após não funcionar ontem por conta do feriado de Martin Luther King, nos Estados Unidos. O mercado realiza ajustes, mas também foi influenciado pela valorização generalizada das commodities. Ainda assim, segundo agências internacionais, os investidores seguem atentos ao desenvolvimento da safra 2016/17 do Brasil.

O vencimento março/16 encerrou o pregão de hoje cotado a 115,65 cents/lb, o maio/16 registrou 117,90 cents/lb, ambos com avanço de 75 pontos. Já o contrato julho/16 fechou o dia com 119,95 cents/lb e 70 pontos positivos, enquanto o setembro/16 anotou 121,85 cents/lb com valorização de 75 pontos.

Acompanhando os estímulos econômicos na China, a alta do petróleo e as perspectivas econômicas do Brasil, o dólar comercial oscilou dos dois lados da tabela nesta terça-feira. A moeda norte-americana fechou o dia com R$ 4,0549 na venda e alta de 0,51%. O valor do dólar em relação ao real influencia as exportações da commodity.

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"Os investidores se baseando em dados melhores divulgados na China resolveram cobrir suas posições vendidas no mercado e assim, um tom ameno acabou saindo prevalecido nos mercados", explica o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.

Segundo dados do Cecafé (Conselho dos Esportadores de Café do Brasil), o País registrou em 2015 recorde nas exportações com 36,89 milhões de sacas de 60 kg, um crescimento de 1,3% em relação a 2014. A receita cambial foi de US$ 6,136 bilhões. O maior volume embarcado foi de café verde com 33,33 milhões de sacas.

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Com relação à safra 2016/17, as chuvas têm favorecido o desenvolvimento das lavouras de arábica em Minas Gerais e São Paulo. Já no Paraná, os produtores têm relatado problemas com os tratos os culturais por conta das chuvas. Para o robusta, a situação melhorou um pouco nos últimos dias, com chuvas neste final de semana no Espírito Santo, maior estado produtor da variedade no Brasil.

Mercado interno

Nas praças de comercialização do Brasil os negócios com café seguem lentos. "O setor produtivo continua arredio a conversas mercadológicas e assim, a liquidez envolvida na rotina cafeeira ficou próxima a zero", explica Marcus Magalhães.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 552,00 e alta de 0,91%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 554,00 a saca e alta de 0,91%. Foi a maior variação no dia.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Varginha (MG) com R$ 510,00 a saca - estável. A maior oscilação no dia dentre as praças foi registrada em Guaxupé (MG) com alta de 1,03% e saca cotada a R$ 491,00.

Na segunda-feira (18), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 480,13 com alta de 0,30%.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, recuaram forte nesta terça-feira, tocando mínimas de mais de cinco anos e meio, com expectativas de ampla oferta do maior produtor da variedade, o Vietnã.

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O contrato março/16 registrou US$ 1411,00 por tonelada com baixa de US$ 9, o maio/16 teve US$ 1443,00 por tonelada com recuo de US$ 8, enquanto o vencimento julho/16 anotou US$ 1470,00 por tonelada com desvalorização de US$ 9.

Na segunda-feira (18), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 389,55 com avanço de 1,74%.

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Tags:
Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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