Café: Cotações do arábica na Bolsa de NY estendem ganhos da sessão anterior nesta manhã de 6ª feira

Publicado em 15/04/2016 09:29

Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve alta nesta manhã de sexta-feira (15) e estendem os ganhos da última sessão. Com isso, os principais vencimentos voltam a se aproximar do patamar de US$ 1,30 por libra-peso. O mercado ainda repercute as dúvidas em relação a oferta global de café nesta temporada, levantada pelo Rabobank.

O banco especializado em commodities estima um díficit global de 700 mil sacas na safra 2016/17. Isso por conta da queda na produção do Espírito Santo, que é o maior estado produtor da variedade robusta no Brasil. Em seu último levantamento, o banco esperava que o mercado tivesse um superávit de 3,7 milhões de sacas.

Às 09h21, o vencimento maio/16 registrava 123,80 cents/lb com 65 pontos de avanço, o julho/16 tinha 125,45 cents/lb com alta de 35 pontos. Já o contrato setembro/16 operava a 127,40 cents/lb e o dezembro/16 anotava 129,60 cents/lb, ambos com 55 pontos de valorização.

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Veja como fechou o mercado na quinta-feira:

Café: Bolsa de Nova York recupera parte das perdas de ontem nesta 5ª feira com incertezas em relação à oferta global

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com alta acima de 100 pontos nesta quinta-feira (14) e recuperaram parte das perdas de ontem. Com esse ajuste, os vencimentos voltaram a operar acima de US$ 1,20 por libra-peso. O mercado repercutiu as chances de um desequilíbrio entre oferta e demanda nesta temporada, evidenciado pela divulgação do relatório do Rabobank ontem. No financeiro, a alta do petróleo em Nova York também acabou contribuindo para o tom positivo nas commodities agrícolas.

O vencimento maio/16 fechou o pregão cotado a 123,15 cents/lb com alta de 140 pontos. O contrato julho/16 teve 125,10 cents/lb, o setembro/16 registrou 126,85 cents/lb e o dezembro/16, mais distante, anotou 129,05 cents/lb, ambos com avanço de 150 pontos.

Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o mercado tem pela frente duas grandes situações que podem mudar seu humor. "O Brasil, maior origem produtora do mundo, está em contagem regressiva para a entrada da nova safra e todos estão ansiosos para ver de perto de fato e de direito o tamanho e a qualidade da mesma", afirma.

O Rabobank, um dos principais bancos especializados em commodities do mundo, estimou em seu relatório trimestral, divulgado ontem, que o déficit global de café na safra 2016/17 pode chegar a 700 mil sacas de 60 kg, levando em conta uma produção global de 154 milhões de sacas entre arábica e robusta. Isso por conta da queda na produção do Espírito Santo, que é o maior estado produtor da variedade robusta no Brasil.

Em seu último levantamento, o banco esperava que o mercado tivesse um superávit de 3,7 milhões de sacas.

Para o Rabobank, a produção do Brasil, que é o maior produtor e exportador de café no mundo, deve ficar em 52,6 milhões de sacas na safra 2016/17, ante 49,2 milhões de sacas. A Colômbia deve ter colheita de 14 milhões de sacas, com um aumento de 300 mil sacas em relação à safra anterior.

Já o Vietnã, que é o maior produtor de robusta, teve produção estimada pelo banco em 28,6 milhões de sacas, com uma alta de 200 mil sacas em relação à temporada anterior.

Do lado financeiro, a alta do petróleo em Nova York nesta quinta-feira acabou puxando as cotações das commodities agrícolas, de um modo geral. O dólar, após recuar durante a maior parte do dia, fechou com leve baixa e isso, segundo analistas, também dá suporte ao mercado na medida que desencoraja as exportações uma vez que os negócios são feitos na moeda estrangeira. O dólar comercial recuou 0,10%, cotado a 3,4760 reais na venda influenciado pelas crescentes apostas no impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Nos últimos meses, as exportações da commodity pelo Brasil tem sido altas. Segundo dados do CeCafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), em março os embarques de café verde atingiram 2,696 milhões de sacas de 60 kg, o volume é 3,1% mais alto em relação ao mês de fevereiro, apesar da entressafra.

Mercado interno

Nas praças de comercialização do Brasil, os negócios com café seguem baixos. Os preços em algumas praças até registraram leves ganhos nesta quinta-feira com o avanço do mercado externo e o dólar praticamente estável. No entanto, eles ainda seguem aquém das expectativas dos produtores. "O mercado interno opera lento e com preços sustentados", afirma Marcus Magalhães.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 540,00 a saca e baixa de 1,82%. A maior oscilação ocorreu em Poços de Caldas (MG) com recuo de 2,78% e saca cotada a R$ 517,00.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 526,00 a saca e alta de 0,96%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 1,88% e saca a R$ 487,00.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 510,00 a saca e alta de 2%. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 2,57% e saca cotada a R$ 479,00.

Na quarta-feira (13), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 463,87 com queda de 1,23%.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, voltaram ao campo positivo nesta quinta-feira repercutindo as dúvidas em relação à safra do Espírito Santo, que foi afetada pela seca.

O contrato maio/16 registrou US$ 1526,00 por tonelada com alta de US$ 11, o julho/16 teve US$ 1556,00 por tonelada e avanço de US$ 10, enquanto o julho/16 anotou US$ 1573,00 por tonelada e valorização de US$ 8.

Na quarta-feira (13), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 378,33 com queda de 0,28%.

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Tags:
Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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