Café: Em ajustes, Bolsa de Nova York inicia pregão desta 4ª feira do lado vermelho da tabela

Publicado em 24/08/2016 09:23

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda próxima de 50 pontos nos principais vencimentos nesta manhã de quarta-feira (24) e perdem parte dos ganhos registrados na sessão anterior. O mercado vem de quatro sessões seguidas consecutivas do lado azul da tabela e ajustes para baixa já eram esperados.

"As bolsas para o café operam em leve baixa em ajustes de posições", explica o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.

Por volta das 09h17, o contrato setembro/16 registrava 144,35 cents/lb com 95 pontos de baixa, o dezembro/16 tinha 146,60 cents/lb com 85 pontos de recuo. Já o vencimento março/17 estava cotado a 149,60 cents/lb com 85 pontos de desvalorização e o maio/17 anotava 151,90 cents/lb com 45 pontos negativos.

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Veja como fechou o mercado na terça-feira:

Café: Bolsa de Nova York fecha em alta pela quarta sessão seguida e vencimentos distantes ficam próximos de US$ 1,55/lb

Após oscilarem dos dois lados da tabela durante o pregão desta terça-feira (23), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam o dia com alta próxima de 100 pontos e estenderam os ganhos registrados nas últimas sessões. É o quarto dia seguido de valorização. O mercado segue atento às incertezas em relação à safra 2017/18 do Brasil, mas também realizou ajustes técnicos e repercutiu o câmbio durante a sessão.

O contrato setembro/16 encerrou o dia cotado a 145,30 cents/lb com 120 pontos de alta, o dezembro/16 teve 147,25 cents/lb com 85 pontos de avanço. O vencimento março/17 registrou 150,45 cents/lb também com 85 pontos de avanço e o maio/17 fechou o dia a 152,35 cents/lb com 80 pontos de valorização.

O cinturão produtivo de café do Brasil recebeu chuvas no último final de semana que favoreceram a florada da safra 2017/18. Porém, mapas climáticos apontam que o tempo deve ficar mais quente e seco a partir da segunda metade desta semana. Com isso, os cafeicultores temem que as plantas possam ter seu potencial produtivo comprometido para o próximo ano.

Além disso, a temporada 2017/18 promete ser de bienalidade baixa para a maioria das plantações brasileiras, o que já incide em menor produção. Alguns operadores também estavam bastante atentos à onda de frio na madrugada de ontem (22). Mas áreas produtoras do grão não foram afetadas.

Durante boa parte da manhã e início da tarde, as cotações do arábica na ICE ficaram do lado vermelho da tabela em ajustes técnicos ante a forte alta na véspera, mas ainda acima de US$ 1,45 por libra-peso. "Os investidores realizaram um pouco de lucros de suas apostas no mercado, mas sem devolver de forma contundente suas posições. Como resultado, apesar das volatilidades presenciadas, conseguiu manter os atuais intervalos macros", explica o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.

Para o analista, o piso de 140,00 cents/lb e o teto 150,00 cents/lb deve ser mantido na próxima sessão. Com mais essa alta, os lotes de café arábica com vencimento mais distante já estão próximos de atingir US$ 1,55/lb, patamar que não é visto há alguns meses.

Com o mercado mais valorizado, já começam a surgir informações do lado comprador. Segundo informação reportada pela Reuters nesta terça-feira, um executivo da J. M. Smucker, maior torrefadora de café dos Estados Unidos, afirmou que "há um monte de café" nas áreas produtoras do Brasil.

» Há muito café nas áreas produtoras do Brasil, diz executivo de indústria nos EUA

O país, que é o maior produtor e exportador de arábica no mundo, está com os trabalhos de colheita praticamente finalizados. Estimativa da Safras & Mercado, divulgada na quinta-feira (18), aponta que a colheita brasileira estava em 86% até dia 16 de agosto. Com a previsão de produção de 54,9 milhões de sacas de 60 kg no Brasil da consultoria nesta temporada, é apontado que já foram colhidas 47,24 milhões de sacas até o dia 16. Os trabalhos evoluíram 5% em relação à semana anterior.

Na Cooxupé (Cooperativa Regional dos Cafeicultores em Guaxupé), a maior do mundo, a colheita atingiu 87,24% da área até o dia 19 de agosto. O levantamento foi divulgado pela cooperativa nesta terça-feira (23). O número representa um avanço de quase 5% de uma semana para a outra.

» Café: Colheita dos cooperados da Cooxupé atinge 87% da área

Após iniciar o dia em baixa, o dólar comercial fechou em alta nesta terça-feira com dados sobre a economia dos Estados Unidos e o cancelamento da audiência pública no Senado que contaria com o presidente do Banco Central. A moeda norte-americana subiu 1%, vendida a R$ 3,2335. O dólar mais alto em relação ao real tende a dar maior competitividade às exportações da commodity, mas derruba os preços externos.

Mercado interno

No Brasil, os negócios com café seguem limitados com os produtores à espera de melhores de patamares. "No lado interno, o clima tira o sono do setor. Depois da seca, agora é a vez do frio e ventos fortes no Espírito Santo e Sul da Bahia e de chuvas em algumas regiões produtoras de arábica. Preços internos frágeis", explica Marcus Magalhães.

O tipo cereja descascado fechou o dia com maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com R$ 561,00 a saca e alta de 3,70%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com queda de 6,67% e saca a R$ 560,00.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 558,00 a saca e queda de 0,89%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com alta de 2,02% e saca a R$ 505,00.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação na cidade de Araguari (MG) com R$ 510,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com R$ 500,00 a saca e alta de 2,04%.

Na segunda-feira (22), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 480,52 com alta de 1,09%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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