Café: Bolsa de Nova York dá seguimento ao movimento negativo e cede quase 250 pontos nesta 4ª feira

Publicado em 30/11/2016 16:56

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Future US) deram seguimento às perdas e voltou a fechar em queda nos principais vencimentos nesta quarta-feira (30). Esse foi o segundo pregão consecutivo de perdas no mercado internacional, atingindo a maior desvalorização em oito semanas.

Com isso, o vencimento março/17 fechou a 150,60 cents/lb, com recuo de 245 pontos na sessão, assim como maio/17 que é cotado a 152,90 cents/lb. Já julho/17 ficou negociado a 155,05 cents/lb, após cair 235 pontos, enquanto que setembro/17 está valendo 156,95 cents/lb.

Segundo informações do analista da Origem Corretora, Anilton Machado,  o mercado registrou mais um dia de movimentações técnicas. "Em um mercado dominado por vendas especulativas, os preços não vem encontrando suporte para queda, liquidações de fundos voltaram a prevalecer no dia", explica.

Quanto ao dólar, a moeda teve novo dia de volatilidade, diante das incertezas. Com isso, fechou cotado a R$ 3,3873 na venda, com recuo de 0,25%. Segundo a agência de notícias Reuters, a baixa teve reflexo da alta dos preços do petróleo no mercado internacional, além do cenário de político do Brasil.

Segundo informações reportadas pelo vice-presidente da Price Futures Group e analista, Jack Scoville, além das incertezas econômicas, o mercado ainda repercutia a diminuição da preocupação com o abastecimento na próxima safra de café.  No início da semana, a corretora Marex Spectron divulgou em relatório que prevê superávit global de 300 mil sacas de 60 quilos na temporada 2016/17. "Nós incluímos a liberação de estoques pelo governo brasileiro no balanço, o que deixa um superávit mínimo", disse a Marex à Reuters.

Além disto, a OIC (Organização Internacional do Café) apontou que houve recuo de 1,9% nas exportações globais de café em outubro, na comparação com o mesmo período de 2015. Foram exportadas 9,131 milhões de sacas de 60 quilos, sendo 6,109 milhões de café arábica e 3,023 milhões de robusta.

No quadro climático, chuvas eram esperadas no cinturão produtivo de café do Brasil, contribuindo diretamente para o desenvolvimento da safra 2017/2018. Mapas meteorológicos apontam que as precipitações volumosas estão previstas principalmente na região da Zona da Mata de Minas Gerais e no Espírito Santo.

Mercado interno

No mercado físico, os preços registraram novo dia de recuo, refletindo o cenário de quedas consecutivas nas bolsas internacionais, além da falta de interesse por negócios por parte dos produtores. Para Anilton Machado, a lentidão no Brasil também já começa a refletir no valor da saca nas praças de comercialização. "Este período já é caracterizado por poucos negócios, muitos produtores deixam suas vendas para o início do ano em função do imposto de renda", explica em boletim.

Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) os preços no Brasil registraram mais uma semana de quedas. “A valorização do dólar frente ao Real e as estimativas de que o Brasil deve colher mais nessa temporada pressionaram os valores internos do arábica nos últimos dias. Nesse cenário, produtores e compradores estiveram fora do mercado”, apontam os pesquisadores do Centro em boletim.

O café cereja descascado registrou recuo de 3,23% em Espírito Santo do Pinhal (SP), com negócios em R$ 600,00 pela saca de 60 quilos. Já em Poços de Caldas (MG), o mercado teve valorização de 1,68%, levando a referência para R$ 604,00 por saca.

O tipo 4/5 anotou alta de 2,03% em Poços de Caldas (MG), fechando o valor da saca em R$ 552,00 no dia. Em Guaxupé (MG), os preços cederam 1,27% e os negócios ficaram em R$ 543,00 por saca.

No tipo 6 foi registrada alta de 1,89% em Poços de Caldas (MG), fechando a R$ 540,00 pela saca de 60 quilos. Em Araguari (MG) a saca é negociada a R$ 550,00, após recuar 1,79% no dia.

Na terça-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 552,63 com alta de 0,33%.

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Por:
Sandy Quintans
Fonte:
Notícias Agrícolas

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