Previsão do tempo para fevereiro: instabilidade permanece até a colheita

Publicado em 08/02/2016 07:06

Soja

Instabilidade permanece até a colheita. O principal lavoura de verão é uma das mais afetadas pelo clima. Em Mato Grosso, maior produtor, o atraso das chuvas prejudicou o plantio e a estiagem de dezembro comprometeu o desenvolvimento das lavouras.

As chuvas deram sinal de regularização no final de dezembro e continuaram em janeiro, mas sem dar trégua. Em muitos municípios de Mato Grosso, choveu sem parar nos primeiros 20 dias de janeiro, atrapalhando os tratos culturais, reduzindo a luminosidade, favorecendo o surgimento de doenças e até prejudicando a colheita da soja plantada mais cedo.

Condição semelhante foi observada no Matopiba, que inclui áreas de lavouras do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Até dezembro, esses Estados sofriam com a falta de chuva e, em janeiro, passaram a se preocupar com as chuvas fortes. A previsão é de pancadas de chuvas em fevereiro, mas existe o risco de alguns períodos de estiagem.

Na Região Sul, o principal problema está associado ao excesso de chuvas. Inclusive, no Paraná, as fortes chuvas do início de janeiro provocaram perda total em muitas lavouras, que foram atingidas por enchentes. Mas, em geral, a reclamação dos produtores é que, em função dos muitos dias nublados e da consequente redução da radiação, as plantas não apresentam bom desenvolvimento e não estão parelhas, com as condições variando muito de uma região para outra.

As lavouras do sul do Brasil também não estão livres da variabilidade das chuvas deste verão. Depois de enormes acumulados de chuva até dezembro, em janeiro, os produtores, principalmente do Rio Grande do Sul, passaram a se preocupar com a redução da chuva. Há uma expectativa de retorno das chuvas no final de janeiro, com indicativo de pancadas mais regulares em fevereiro.

Clima

Extremos colocam em risco a safra de verão. Uma hora seco demais e na outra com chuva em excesso. Esse tem sido o dilema enfrentado pelos agricultores brasileiros.

Os problemas desta safra começaram ainda no período do plantio das lavouras de verão, que foi marcado pelo excesso de chuvas nos Estados do sul do Brasil e também em Mato Grosso do Sul, enquanto o restante do Cento-Oeste, Sudeste e do Nordeste sofreu com a falta de chuvas. Muitas regiões só foram realizar o plantio em janeiro, em função do atraso das chuvas do verão.

Como se isso não bastasse, em janeiro se observou uma mudança de padrão no comportamento das chuvas. Onde estava seco voltou a chover e secou onde chovia demais. Em tese, essa seria uma condição favorável, pois o climaestaria fazendo uma compensação. O problema é que os períodos chuvosos e secos foram muito extremos.

A explicação para essas anomalias climáticas está associada à ocorrência de diferentes fenômenos meteorológicos. O principal destaque é a presença do El Niño que atua desde o segundo semestre de 2015. O fenômeno foi responsável direto pelo excesso de chuvas no Sul e pelo atraso das águas no centro-norte do Brasil. O El Niño vai continuar influenciando o clima durante todo o verão e deve entrar em processo de enfraquecimento gradual a partir de março.

Já as chuvas de janeiro no Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, em primeiro lugar, estão associadas a uma característica da estação, já que o verão é o período chuvoso dessas regiões. As chuvas fortes e duradouras estão relacionadas também à atuação de uma frente fria que avançou até o nordeste do Brasil e se alimentou da umidade da Amazônia. O sistema provocou chuvas contínuas por vários dias, caracterizando uma Zona de Convergência do Atlântico Sul, sistema meteorológico comum nesta época do ano.

Milho

Risco de geada no Sul. O cultivo do milho de segunda safra neste ano deve ter um padrão climático diferente dos últimos anos. A fase de desenvolvimento das lavouras coincide com a fase de enfraquecimento do El Niño, cuja principal consequência está relacionada ao comportamento da temperatura.

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Revista Globo Rural

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