Suíno Vivo: Mercado esboça reação de preços e encerra semana positiva em SC, SP e RS

Publicado em 22/07/2016 18:40

Nesta sexta-feira (22), algumas movimentações de preços foram registradas para o suíno vivo. Em Santa Catarina, a bolsa de suínos definiu alta para a referência de negócios do estado, passando de R$ 3,10/kg para R$ 3,30/kg nesta semana. Por outro lado, no Paraná as cotações recuaram, chegando a R$ 3,24/kg.

O levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, aponta que a alta de Santa Catarina foi a maior da semana, de 6,45%. Apesar da recuperação, o mercado catarinense vem trabalhando com dificuldades e com cotação muito abaixo dos custos de produção.

O presidente da ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), Losivânio de Lorenzi, aponta que os gastos nas granjas chegam a R$ 4,00/kg por animal. Além disto, o cenário tem levado muitos suinocultores a abandonarem atividade. “Está muito desproporcional o valor recebido ao que estamos gastando hoje", lamenta o presidente.

» Assista a entrevista completa com o presidente da ACCS, Losivânio de Lorenzi

Em São Paulo, a semana também foi de reação nas cotações, com uma alta de 2,84%. A bolsa de suínos do estado definiu negócios entre R$ 66 a R$ 68/@ – o equivalente a 3,52/kg a R$ 3,62/kg. Porém, algumas vendas acima do valor de referência foram divulgados pela APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos).

O presidente da entidade, Valdomiro Ferreira, explica que na semana houve uma redução na oferta de animais, mas que o cenário ainda demanda atenção com custos em torno de R$ 80/@. “O que preocupa o segmento é a longevidade nas perdas, motivada pelo alto custo na produção e um preço do suíno vivo reprimido pela disputa por parte do atacado e varejo em relação ao animal abatido”, explica em nota.

No Rio Grande do Sul, as informações também são de alta nesta semana. A pesquisa semanal de preços da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) aponta que a média de preços fechou em R$ 3,45/kg aos independentes. Na última semana este valor estava R$ 3,43/kg. Aos integrados a média continua em R$ 2,85/kg.

Já os valores médios para os insumos tiveram ligeira alta. A saca de milho de 60 quilos está cotada em R$ 47,00, enquanto que na última pesquisa a cotação era de R$ 45,00 no estado. A tonelada de farelo de soja está cotada em média em R$ 1.400,00.

Por outro lado, o cenário em Mato Grosso e no Paraná é de preços negativos, com baixas na semana de 1,67% e 3,86% respectivamente. Veja no gráfico:

Apesar da baixa de preços, nesta semana algumas regiões chegaram a esboçar reação, após semanas de pressão no mercado. O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) explica que há uma regulação na oferta de animais, que deve trazer melhora aos preços.

“As quedas no preço do suíno vivo, que ocorreram devido ao aumento da oferta, perderam força em praticamente todas as regiões pesquisadas pelo Cepea nesta semana, visto que muitos produtores têm se recusado a vender nos atuais patamares”, explica o Centro.

Por outro lado, o período do mês não é propício para a comercialização, visto que a demanda costuma se enfraquecer na segunda quinzena. “Nem mesmo os menores valores ofertados por atacadistas nos últimos dias foram suficientes para atrair compradores”, apontam os pesquisadores.

Exportações

Na segunda-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou dados parciais de embarques para o mês de julho de carne de suína in natura. Em 11 dias úteis foram exportados 31,3 mil toneladas, com média diária de 2,8 mil toneladas.

Comparando o volume diário de junho houve um aumento de 17,3%, enquanto que em relação ao ano passado o acréscimo é de 19,1%. Em receita, os embarques somam US$ 65,1 milhões, com o valor por tonelada em US$ 2.081,4.

» Acesse as cotações na íntegra para o suíno vivo 

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Por:
Sandy Quintans
Fonte:
Notícias Agrícolas

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