Produtores de maçã defendem política de incentivo mais eficiente para a atividade

Publicado em 27/04/2016 07:30

A cultura da maçã tem grande importância para vários municípios da região Sul, gerando mais de 190 mil empregos diretos e indiretos, contribuindo efetivamente para movimentar a economia especialmente em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, principais estados produtores.

O faturamento da cadeia gira em torno dos R$ 6 bilhões anuais. No entanto, apesar de contar com instrumentos de apoio à produção, o pomicultor precisa de mais incentivos para continuar na atividade, principalmente: a flexibilização de garantias e a redução dos juros nos financiamentos, além de novo aumento do volume de recursos para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).

Estes e outros pontos serão abordados pelo diretor-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Maçã (ABPM), Moisés Lopes de Albuquerque, no Dia de Mercado da Maçã, na próxima sexta-feira (29/4), em Fraiburgo (SC). O dirigente da ABPM é um dos participantes do painel sobre Risco Climático, no qual vai apresentar o ponto de vista do setor produtivo.

Promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Dia de Mercado vai para o segundo ano de funcionamento e tem como objetivo levar informações técnicas e econômicas aos produtores rurais para orientá-los no dia a dia de suas atividades. O evento é específico para cada região e cultura e levanta questões como custos de produção, preços, clima e mercado. O encontro desta semana é voltado para a produção de maçã e está sendo realizado em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) e a Associação Brasileira dos Produtores de Maçã (ABPM).

Para Moisés, os programas de mitigação de riscos climáticos têm ajudado o produtor a garantir sua produção. Os principais são o Programa de Garantia de Atividade Agropecuária (Proagro), o financiamento para a cobertura de pomares contra o granizo e o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Sobre este, o executivo destaca sua ação positiva na evolução da cultura nos últimos 10 anos. Contudo, ressalta que a redução do volume de recursos e as mudanças na regra de contratação no ano passado têm preocupado os pomicultores. Um exemplo é a diminuição do percentual para obtenção do prêmio. Antes, o governo bancava 60% da subvenção, mas este percentual caiu para 45%, elevando o custo para os produtores. Para Lopes de Albuquerque, outros entraves são o excesso de garantias exigidas e a burocracia para os financiamentos.

A região Sul é a principal produtora de maçã no país. Santa Catarina e Rio Grande do Sul respondem por mais de 90% da produção. São Joaquim (SC) é o principal município fornecedor, seguido por Vacaria (RS) e Fraiburgo (SC).

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Fonte:
CNA

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