Milho: Em Chicago, preços recuam e caminham para queda mensal de 13%

Publicado em 30/07/2014 10:19

Nesta quarta-feira (30), as principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) operam do lado negativo da tabela. Por volta das 9h53 (horário de Brasília), os contratos da commodity exibiam perdas entre 2,25 e 2,50 pontos. O vencimento setembro/14 era cotado a US$ 3,59 por bushel.

De acordo com informações reportadas pela agência internacional de notícias Bloomberg, os preços caminham para uma queda mensal de 13% e estende as perdas registradas nos dois meses anteriores. Frente à perspectiva de safra cheia nos Estados Unidos na temporada 2014/15, as cotações do milho recuaram expressivamente e perderam importantes patamares de suporte recentemente.

E após a preocupação com o clima no país, o Centro-Oeste norte-americano deve voltar a receber chuvas no final de semana, conforme dados da Bloomberg. Ainda assim, as culturas de milho e soja apresentam bom desenvolvimento e registram a melhor condição dos últimos 10 anos, segundo informação do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Por outro lado, com as cotações próximas dos menores patamares dos últimos quatro anos, os compradores retornaram ao mercado, o que fez com que os preços exibissem uma reação no início dessa semana. Entretanto, o movimento não é forte o suficiente para ocasionar uma recuperação mais expressiva nos valores praticados em Chicago.

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:

Milho: Mercado reflete clima favorável nos EUA e fecha pregão com queda acentuada em Chicago

As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão desta terça-feira (29) em queda. Ao longo das negociações, os contratos ampliaram as perdas terminaram o pregão com perdas entre 5,25 e 6,25 pontos. O vencimento setembro/14 recuou 1,7% e encerrou o dia cotado a US$ 3,61 por bushel. 

Diante da perspectiva de safra cheia nos Estados Unidos, as projeções indicam que os produtores norte-americanos deverão colher número próximo de 353,97 milhões de toneladas, as cotações não conseguem exibir um movimento de recuperação mais expressivo. Nos dois últimos pregões, os futuros do cereal até tentaram esboçar uma reação e chegaram a registrar ganhos de mais de 2%, porém a reação não teve continuidade.

As especulações em relação à retomada da demanda, impulsionaram os preços do milho no mercado internacional na sessão anterior. Tanto que, nesta terça-feira, o USDA (Departamento de Agricultura de Estados Unidos) reportou a venda de 147 mil toneladas do produto para a Colômbia.

Ainda assim, no momento, as notícias não foram fortes o suficiente e o mercado voltou a trabalhar em campo negativo. De acordo com informações divulgadas por agências internacionais, os preços já acumulam perdas de 30% desde o mês de abril.

E, por enquanto, cerca de 75% lavouras norte-americanas apresentam boas ou excelentes condições. Apesar da queda no percentual, em comparação com a semana anterior, a classificação ainda é a melhor desde 2004. Em relação ao clima, as previsões indicam tempo favorável para as plantações nos quinze primeiros dias de agosto.

"Há conversas sobre alguma seca nas previsões, mas ainda temos duas ou três semanas para receber as chuvas. Parece que há muitos tentando justificar as boas altas que o mercado vem apresentando, mas falar de seca nesse momento me parece bastante prematuro", disse um analista da consultoria FCStone de Londres, Matt Ammermann à agência Bloomberg.

BMF&Bovespa

Os contratos do cereal negociados na BMF&Bovespa acompanharam o movimento de queda no mercado internacional e também registraram uma sessão de perdas. O contrato setembro/14 era cotado a R4 23,26, com desvalorização 0,81%. 

Com a evolução da colheita da segunda safra brasileira, estimada em mais de 46,19 milhões de toneladas pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), os preços continuam pressionados.

“Com o cenário interno de estoques elevados, o mercado não consegue reagir e depende de exportações no segundo semestre. E também dos leilões do Governo, que possam enxugar o excedente de oferta”, afirma o analista de mercado da Cerealpar, Steve Cachia.

Até o momento, não há nenhuma sinalização de medida concreta por parte do Governo, apesar da solicitação dos representantes do setor. Diante desse cenário, as cotações permanecem pressionadas negativamente no mercado. Com isso, o analista destaca que o produtor rural deve fazer as contas para definir a sua estratégia de comercialização. 

Por outro lado, o recuo no mercado internacional não teve reflexos nos preços praticados no mercado interno. As cotações do milho permanecem em patamares mais baixos, mas terminaram o dia próximo da estabilidade nas principais praças, conforme levantamento do Notícias Agrícolas. Em Não-me-toque (RS), a saca manteve o preço de R$ 21,00.

Já em Londrina (PR), o preço da saca ficou em 18,00, mesmo valor registrado ontem. Em Campo Novo do Parecis (MT), a cotação ficou em R$ 12,00. Em São Gabriel do Oeste (MS), o preço recuou 5,88%, para R$ 16,00, no Porto de Paranaguá a redução foi menos expressiva de 0,82%, e a saca fechou o dia cotada a R$ 24,30.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário