Milho: Produtores brasileiros esperam leilão de Pepro e prêmios são divulgados

Publicado em 19/08/2014 12:56

A comercialização do milho no mercado brasileiro ainda permanece travada. Boa parte dos produtores rurais aguarda o primeiro leilão de Pepro que deverá ser realizado nesta quarta-feira (20). Ao todo, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) irá ofertar 1,050 milhão de toneladas do cereal dos estados de Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul.

E os prêmios que deverão ser pagos aos agricultores foram reportados nesta segunda-feira (18). Para o MT, o estado foi dividido em 5 regiões, a primeira, região Nordeste terá um prêmio de R$ 4,062, já o Centro Norte, o valor é de R$ 3,564, no Centro Sul o valor é de R$ 1,962. As regiões Nordeste e Sudeste têm os menores valores, de R$ 0,276 e R$ 0,642, respectivamente. Em Goiás, o valor definido é de R$ 1,098 e em Mato Grosso do Sul, o prêmio deverá ser de R$ 1,626. 

Para o analista de mercado da Cerrado Corretora, Mársio Antônio Ribeiro, as operações deverão apresentar alguma reação no mercado. “Porém, temos que ver o apetite dos produtores e das indústrias para operar nos leilões, mas para os agentes do mercado esperavam que os prêmios fossem maiores”, diz Ribeiro.

Em Goiânia (GO), a saca do cereal é cotada a R$ 16,00 e R$ 16,50 em média. Valor que para os produtores que obtiveram uma boa produtividade e custos mais baixos ainda remunera, mas os agricultores que não alcançaram bons rendimentos podem trabalhar com margem negativa, segundo explica o analista.

Bolsa de Chicago

Em sessão volátil, os futuros do milho têm oscilado entre os campos positivo e negativo na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta terça-feira (19). Por volta das 12h11 (horário de Brasília), as principais posições da commodity registravam leves perdas entre 1,50 e 2,50 pontos. O vencimento setembro/14 era negociado a US$ 3,59 por bushel. 

Ainda na visão do analista, as cotações têm recuado frente às previsões de chuvas para o país e as especulações de grande safra norte-americana. Nesta terça-feira, a agência internacional de notícias Bloomberg, divulgou que as áreas do Norte e Leste do Meio-Oeste podem registrar até 7,6 centímetros de precipitações nos próximos sete dias, com quantidades menores caindo em áreas centrais, conforme dados do Serviço Meteorológico Nacional. 

Com isso, apesar da redução no índice de lavouras em boas ou excelentes condições, o número permanece elevado. No final desta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou que em torno de 72% das lavouras apresentam boas ou excelentes condições, na semana anterior o volume era de 73%. 

As plantações em condição regular somam 20% e em condições ruins ou muito ruins 7%. Ainda segundo o órgão, em torno de 70% das plantas do cereal já estão na fase de enchimento de grãos e 22% das lavouras mostram a presença de milho dentado.

Ainda nesta terça-feira, a expedição Pro Farmer, que percorre todo o Meio-Oeste do país, informou que em Ohio a produtividade das lavouras pode totalizar 192,75 sacas por hectare, número acima da média dos últimos três anos, de 154,67 sacas por hectare. A estimativa também é superior à projeção do USDA, de 187,32 sacas por hectare.

Para a Dakota do Sul, os rendimentos das plantações de milho deverão somar 161,62 sacas por hectare, aumento de quase 10% em relação à previsão do departamento norte-americano, de 147,12 sacas por hectare. O número também é maior do que o recorde registrado em 2009, de 159,82 sacas por hectare.

Em contrapartida, mesmo com o ritmo acelerado das exportações norte-americanas em relação ao ano anterior, as notícias não são suficientes para dar sustentação ao mercado, conforme destaca o analista. Até o dia 16 de agosto, o país embarcou  970.874 mil toneladas de milho, número acima do registrado na semana anterior, de 907.463 mil toneladas, segundo informações do USDA.

No acumulado do ano safra, com início em 1º de setembro, os embarques totalizam 44.847.927 milhões de toneladas, contra as 16.921.625 milhões de toneladas acumuladas no ano safra anterior.

Já na análise técnica, os preços permanecem com tendência de queda, porém, podem apresentar uma recuperação depois das perdas sofridas, segundo informações do boletim da ODS Serviços em Agronegócios. Os analistas já têm sinalizado que os preços mais baixos acabam estimulando a demanda.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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