Milho: Com suporte da demanda, mercado fecha sessão em campo positivo

Publicado em 21/08/2014 17:26

Na sessão desta quinta-feira (21), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) terminaram com ligeiras altas. Durante as negociações, as principais posições da commodity reverteram parte das valorizações, mas conseguiram fechar o pregão em campo positivo, com ganhos entre 1,00 e 2,75 pontos. O contrato setembro/14 era cotado a US$ 3,62 por bushel.

De acordo com a analista de mercado da FCStone, Ana Luiza Lodi, os números das vendas para exportação deram suporte aos preços do cereal em Chicago. Nesta quinta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou que até o dia 14 de agosto, as vendas para exportações de milho referentes à safra 2013/14 totalizaram 99,8 mil toneladas, contra -117,2 mil toneladas negativas registradas na semana anterior. 

O volume representa um crescimento de 15% sobre a média das últimas quatro semanas. Para a safra 2014/15, as vendas somaram 719.300 mil toneladas. Na semana anterior, o volume divulgado foi de 787,9 mil toneladas. 

"Além disso, a demanda pelo produto para a fabricação de etanol também permanece aquecida e com os preços mais baixos temos o retorno dos investidores para a ponta compradora do mercado", explica a analista de mercado. 

Na quarta-feira, a AIE (Administração de Informação de Energia) divulgou que até a semana encerrada no dia 15 de agosto, a produção do etanol do país aumentou 0,64%, alcançando 937 mil barris diários. Na semana anterior, o volume produzido foi de 931 mil barris diários. Do mesmo modo, os estoques de etanol dos EUA subiram de 17,760 milhões de barris, para 18,251 milhões de barris no mesmo período, o equivalente a alta de 2,76%. 

"O etanol supera o registrado na semana anterior", informou o presidente da Allendale Inc., Paul Georgy, em entrevista à Bloomberg. "Os preços mais baratos de milho estão apoiando excelentes margens de lucros", completa.

Safra de milho nos EUA

Em contrapartida, a expedição Crop Tour, realizada pela Pro Farmer, continua divulgando as projeções para a produtividade das lavouras norte-americanas. As primeiras estimativas indicam rendimento acima da média dos últimos anos e da projeção do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), como em Ohio, Dakota do Sul, Indiana e Nebraska. Nesta quinta-feira, a comitiva irá reportar as previsões para os estados de Iowa e Minnesota.

Para o estado de Illinois, o rendimento das plantações deve alcançar 208,45 sacas por hectare. A estimativa está bem acima da média dos últimos três anos e do colhido na safra anterior, de 158,07 e 180,42 sacas por hectare, respectivamente. O cenário é decorrente das condições climáticas que têm sido favoráveis ao desenvolvimento da cultura nos EUA.

Ainda na visão da analista, as estimativas de grande safra para os EUA já foram precificadas pelo mercado. "Até por isso, temos espaço para uma leve recuperação nos preços, como observado no pregão de hoje", acredita Ana Luiza.

Mercado interno

As cotações do milho praticadas no mercado interno permaneceram, em sua maioria, estáveis. Segundo levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas, em Luís Eduardo Magalhães (BA), a saca registrou uma alta de 2,36% e terminou o dia cotada a R$ 19,50. No Porto de Paranaguá, a saca também subiu 0,84%, para R$ 24,00. Por outro lado, em Jataí (GO), o preço recuou para 1,14%, para R$ 15,66 a saca.

Apesar do primeiro leilão de Pepro (Prêmio Pago ao Produtor Rural), realizado nesta quarta-feira, as cotações permaneceram estáveis. A operação negociou 898 mil toneladas, equivalente a 85,52% do total ofertado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), de 1,050 milhão de toneladas.

"Teremos que esperar para ver quanto da produção será escoada pelas operações. Também precisamos acompanhar os números das exportações, para ter um equilíbrio no mercado e, consequentemente, uma reação nas cotações", ressalta Ana Luiza.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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