Milho: Em Chicago, preços testam recuperação e exibem leves ganhos nesta 4ª feira

Publicado em 01/10/2014 13:47

Durante os negócios desta quarta-feira (1), as cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) reverteram às quedas e operam com leves ganhos. Por volta das 13h41 (horário de Brasília), as principais posições da commodity registravam ganhos de 0,50 pontos. O vencimento dezembro/14 era negociado a US$ 3,21 por bushel.

Os analistas destacam que o mercado busca uma recuperação frente às recentes perdas. Na visão do analista de mercado da Cerrado Corretora, Mársio Antônio Ribeiro, a tendência ainda é de queda para os preços do cereal, que pode tocar o patamar de US$ 3,00 por bushel. “Situação é decorrente da perspectiva de safra cheia nos EUA e também no mundo, o que deve impactar os estoques de passagem”, afirma.

Com isso, a perspectiva é que a pressão permaneça sobre os preços no curto e médio prazo. E com a projeção de oferta maior e estoques confortáveis, não haverá espaço para uma recuperação nos preços, conforme destaca Ribeiro.  Segundo informações reportadas pela agência internacional de noticias, mais cedo, o contrato tocou o patamar de US$ 3,18 por bushel, o menor desde setembro de 2009. As cotações do cereal recuaram pelo quinto mês consecutivo e 25% no último trimestre.

Enquanto isso, a colheita do milho continua nos EUA e até o último domingo, cerca de 12% da área havia sido colhida, segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Por outro lado, no caso da demanda, o analista explica que, assim como no caso da soja, os números são insuficientes para ocasionar uma reação expressiva nas cotações.

Mercado interno

No mercado interno brasileiro, o cenário permanece inalterado. O analista sinaliza que, as exportações continuam lentas e não deverão alcançar o projetado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), de 21 milhões de toneladas. Situação que impactará nos estoques de passagem, que podem superar os 15 milhões de toneladas de milho na safra 2014/15.

“E isso não deixa uma margem para que os preços se recuperem no curto e médio prazo. As exportações até subiram em agosto em relação a julho, mas voltaram a recuar em setembro. E não há indicativos de que consigam se recuperar e a expectativa é que embarquemos entre 17,5 a 18 milhões de toneladas nesta temporada”, acredita Ribeiro.

Entretanto, para que a situação ficasse confortável aos produtores, o analista destaca que, seria necessária exportação de 26 milhões de toneladas do cereal. Diante dessa situação, Ribeiro orienta que os produtores devem fazer as contas para escolher o melhor momento de comercialização.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário