Falta de espaço em armazéns para colheita de milho em Diamantino (MT)

Publicado em 03/08/2015 07:21

Na última semana, colheita do milho chegou a 78,6% da área plantada em Mato Grosso, segundo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), e já tem fazenda encerrando os trabalhos. Mas em outras, a situação é preocupante. Em Diamantino, a 209 km de Cuiabá, a colheita de milho teve que parar por conta da falta de espaço em armazéns para guardar os grãos.

Na propriedade de Robson Ferdinando, que fica no município, já são quase duas semanas de trabalho interrompido. Os dois silos da fazenda estão cheios e não sobrou lugar na moega e nem no caminhão. "Infelizmente a máquina está aí parada porque esta tudo cheio e não tem onde pôr milho. É triste falar, mas é a pura verdade e a realidade de hoje", afirma Ferdinando.

Até agora, apenas 150 hectares foram colhidos. Menos de 40% do milharal. Como as plantas estão muito secas, há risco de incêndio. O vento forte também é uma ameaça e já deixa marcas.

Além disso, a cada dia no campo, os grãos perdem umidade e peso, o que pode representar menos renda na hora da venda. Essa é uma preocupação extra para Robson, que ainda não vendeu nenhuma saca desta safrinha. A oferta existe, mas o que ele quer agora é conseguir um jeito de retomar a colheita, antes que seja tarde demais.

"Hoje não me adianta alguém chegar aqui e falar 'eu te pago R$ 17, mas te pago daqui a 30 dias'. Não vai resolver o meu problema. É bom de um lado, mas ruim de outro. Eu preciso de logística para a retirada do produto", comenta o agricultor.

Os agricultores enfrentaram complicações durante o primeiro semestre, principalmente no escoamento da soja, o que atrasou todo o calendário da colheita de agora.

Em Nova Mutum, a quantidade de milho exposto na fazenda de Claudecir Cenedese está tirando o sono do produtor. “É difícil e preocupante. Deitamos na cama, mas não dormimos, por conta da preocupação de molhar o milho. É uma situação delicada”,afirma.

A falta de sono começou quando o silo e o armazém da propriedade ficaram completamente lotados. Esta é a primeira vez que o agricultor enfrenta este tipo de situação e a montanha de milho vai permanecer a céu aberto por pelo mais duas semanas.

Apesar de já ter vendido 90% da produção, Claudecir não fechou nenhum contrato com entrega imediata. “Tentei na hora de vender, mas a retirada é só a partir de 15 agosto. A colheita chegou e está ai essa situação”, conta.

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G1 - Agrodebate

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