Milho: Colheita chega a 27% nos EUA e mercado inicia sessão desta 3ª feira com leves quedas

Publicado em 06/10/2015 07:57

Na manhã desta terça-feira (6), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) exibem ligeiras quedas. As principais posições do cereal exibiam perdas entre 0,25 e 0,50 pontos, por volta das 7h43 (horário de Brasília). O contrato dezembro/15 era cotado a US$ 3,93 por bushel, mesmo patamar registrado no fechamento do dia anterior.

Os traders seguem atentos à evolução dos trabalhos nos campos norte-americanos. Nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicou que cerca de 27% da área semeada com o grão nesta temporada já foi colhida, o número ficou dentro das estimativas do mercado. Na semana anterior, o índice era de 18%. Já o percentual de lavouras em boas ou excelentes condições foi mantido em 68%.

Paralelamente, os rendimentos das plantações também continuam sendo observado pelos participantes do mercado. Há muitas dúvidas sobre o real tamanho da produção norte-americana de milho. Enquanto isso, os investidores também já começam a se preparar para o relatório de oferta e demanda do USDA, que será divulgado na próxima sexta-feira.

Confira como fechou o mercado nesta segunda-feira:

Milho: Com influência do câmbio, preço recua 1,43% em Paranaguá e saca é cotada a R$ 34,50 nesta 2ª feira

A saca de milho para entrega em outubro/15 fechou a segunda-feira (5) com queda de 1,43%, cotada a R$ 34,50 no Porto de Paranaguá. A queda é influência do movimento negativo registrado no dólar, que hoje recuou 1,14% e fechou o dia negociado a R$ 3,9008 na venda, menor patamar desde 17 de setembro. O câmbio foi pressionado pelas apostas de que os juros nos EUA deverão subir somente no próximo ano.

Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, os preços permaneceram estáveis nesse início de semana. Apenas em São Gabriel do Oeste (MS), a cotação subiu 4,017%, com a saca cotada a R$ 25,00. Paralelamente, na BM&F Bovespa, o pregão foi negativo às principais posições do milho, com desvalorizações entre 0,84% e 1,33%. O contrato novembro/15 era cotado a US$ 34,60 a saca.

Ainda assim, a recente valorização do câmbio tem contribuído para a competitividade do milho brasileiro no mercado internacional. Já as exportações somaram 3.455,2 milhões de toneladas do grão, com média diária de 164,500 mil toneladas diárias, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

E, além da safrinha de 2015, a valorização cambial tem gerado boas oportunidades aos produtores brasileiros também para a próxima temporada. Até o momento, cerca de 10 milhões de toneladas da safrinha de 2016 já foram negociadas antecipadamente, conforme explica o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.

Os negócios têm sido realizados, principalmente na região Centro-Oeste. No caso de Mato Grosso, em torno de 40% da próxima temporada já foi comprometida. Recentemente, os produtores realizaram negócios entre R$ 39,00 até R$ 40,00 a saca no Porto de Paranaguá, para entrega em agosto, setembro e outubro de 2016. 

Bolsa de Chicago

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam a sessão desta segunda-feira (5) do lado positivo da tabela. As principais posições do cereal exibiram ganhos entre 4,00 e 4,25 pontos. O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,93 por bushel, após iniciar o dia a US$ 3,90 por bushel. Os demais contratos da commodity encerraram o pregão acima dos US$ 4,00 por bushel.

A colheita da safra norte-americana permanece como o principal foco de atenção dos participantes do mercado. Isso porque ainda há muitas incertezas em relação ao real tamanho da produção de milho dos EUA. E, segundo os analistas, a confirmação da safra irá direcionar os preços do cereal em Chicago. Até a semana anterior, pouco mais de 18% da área semeada havia sido colhida.

Para essa segunda-feira, a perspectiva é que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) aponte a área colhida próxima de 27%. Já o índice de lavouras em boas ou excelentes condições deverá ser mantido em 68%, ainda conforme pesquisa do site internacional Farm Futures. O órgão atualiza as suas projeções hoje, depois do fechamento das negociações na CBOT.

Outro fator que também permanece no foco dos investidores é o rendimento médio das lavouras norte-americanas. Na última semana, a INTL FCStone projetou a produtividade das plantações próxima de 176,75 sacas por hectare. O volume ficou abaixo do indicado pelo USDA em seu último boletim, de 177,27 sacas por hectare.

E, até o momento, as previsões climáticas permanecem indicando um clima favorável ao avanço dos trabalhos nos campos norte-americanos. Segundo informações do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - , no intervalo dos dias 10 a 14 de outubro, o Corn Belt deverá registrar chuvas abaixo da normalidade, entre 33% até 60%. Por outro lado, a previsão indica temperatura elevada, no mesmo período, entre 40% até 60% acima da média.

Precipitação nos EUA entre os dias 10 a 14 de outubro - Fonte: NOAA

Precipitação nos EUA entre os dias 10 a 14 de outubro - Fonte: NOAA

Temperatura nos EUA entre os dias 10 a 14 de outubro - Fonte: NOAA

Temperatura nos EUA entre os dias 10 a 14 de outubro - Fonte: NOAA

Além disso, o mercado já começa a se preparar para o próximo relatório de oferta e demanda do USDA, que será reportado na próxima sexta-feira (9). A perspectiva é que o departamento possa indicar um ajuste na área cultivada nesta temporada, ou até mesmo, uma revisão dos rendimentos das plantações.

Enquanto isso, o Agrimoney informou nesta segunda-feira que, s fundos de investimentos iniciaram a semana com uma aposta mais positiva sobre as commodities agrícolas de uma forma geral. Com isso, os investidores realizam algumas compras para a cobertura de posições no curto prazo.

Já o boletim de embarques semanais ficou em 469,697 mil toneladas do grão até a semana encerrada no dia 01 de outubro. O volume indicado ficou abaixo do reportado na semana anterior, de 810,386 mil toneladas de milho, segundo informou o USDA.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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