Milho: Mercado fecha pregão desta 5ª feira com leves quedas, próximo da estabilidade na BM&F Bovespa
As cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa fecharam o pregão desta quinta-feira (26) com leves quedas, próximos da estabilidade. As principais posições do cereal exibiram perdas entre 0,28% e 0,71%. O vencimento janeiro/16 era cotado a R$ 34,90 a saca, depois de encerrar o dia anterior a R$ 35,15 a saca.
Em meio ao feriado nos EUA e o dólar bem próximo da estabilidade, as cotações da commodity tiveram uma sessão mais calma. Por volta das 16h40 (horário de Brasília), a moeda norte-americana era cotada a R$ 3,75 na venda, com ligeiro ganho de 0,02%.
Inclusive, os analistas ressaltam que o câmbio tem sido a principal variável de sustentação aos preços do milho no mercado brasileiro. O dólar acabou contribuindo para a competitividade do grão no cenário internacional e ajudando as exportações. Para temporada, a perspectiva é que os embarques sejam recordes e superem a marca atingida em 2013, de 26 milhões de toneladas exportadas.
No acumulado em novembro, os embarques somam 3.272,9 milhões de toneladas, com média diária de 233,8 mil toneladas. Em relação ao mês anterior, o volume diário representa uma queda de 11,5%. Porém, em relação ao mesmo período do ano passado, o número é equivalente a uma alta de 57%. As informações foram divulgadas pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
Plantio do milho
Segundo levantamento realizado pela consultoria Safras & Mercado, o plantio do milho chegou a 82,7% da área estimada no Centro-sul do Brasil. Até o dia 20 de novembro, um dos estados mais importantes na produção do grão na safra de verão, Minas Gerais, tinha pouco mais de 51% da área estimada plantada.
Ainda conforme dados da Safras & Mercado, praticamente todos os estados reduziram as áreas cultivadas com o cereal na primeira safra. Os analistas ainda sinalizam que a redução é decorrente da diferença dos preços entre as culturas da soja e do milho, o que fez com que os agricultores optassem pela oleaginosa.
No Rio Grande do Sul, cerca de 90% da área já foi cultivada, segundo informações da Emater/RS. Em torno de 48% das plantações estão em fase de desenvolvimento vegetativo, 25% em floração e 17% em enchimento de grãos. "A cultura apresenta bom desenvolvimento e alto potencial produtivo, beneficiada pelo clima favorável", informou a entidade em nota.
Paralelamente, os produtores ainda se preocupam com o atraso no plantio da soja no Centro-Oeste. Em muitas regiões a situação acabou afetando a janela ideal de cultivo do milho safrinha, o que juntamente com os custos elevados pode resultar em uma redução nos investimentos em tecnologia, ainda de acordo com o relato dos produtores rurais.
Bolsa de Chicago
Devido ao feriado do Dia de Ação de Graças nos EUA não houve negociação na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quinta-feira (26). As negociações serão retomadas nesta sexta-feira (27), porém, a sessão será mais curta.