Milho: Sem novidades, mercado inicia mais um pregão próximo da estabilidade em Chicago

Publicado em 05/02/2016 07:12

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho operam com ligeiras altas, próximos da estabilidade na manhã desta sexta-feira (5). Por volta das 7h51 (horário de Brasília), os principais vencimentos do cereal registravam ganhos entre 0,25 e 0,50 pontos. O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,68 por bushel, já o maio/16 era negociado a US$ 3,73 por bushel.

Ainda de acordo com os analistas, o mercado ainda trabalha de maneira técnica em emio à ausência de novas informações. "Temos movimentações técnicas, em alguns dias cobertura de posições vendidas e em outros um ligeiro movimento de realização de lucros", diz Ana Luiza Lodi, analista de mercado da FCStone. E, nem mesmo o boletim de vendas para exportação do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que ficaram acima das projeções não foram suficientes para alavancar as cotações.

Na semana encerrada no dia 28 de janeiro, as vendas de milho ficaram em 1.143,5 milhão de toneladas, superando expectativas que variavam de 800 mil a 1 milhão. O total já vendido pelo país chega a 24.346,1 milhões de toneladas, 25% a menos do que no mesmo período do ano comercial 2014/15.

Paralelamente, os participantes do mercado ainda observam a colheita do milho na América do Sul. "Especialmente na Argentina, onde surgiram relatos de danos nas lavouras devido ao tempo seco em áreas de cultivo do nordeste do país", informou Bob Burgdorfer, analista e editor da Farm Futures. Contudo, mapas meteorológicos mostram chuvas leves a moderada nas regiões afetadas pelo clima mais seco ainda essa semana. A safra dos EUA também continua sendo especulada, já que não há definição sobre a área a ser cultivada com o milho nesta temporada.

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Milho: Na BM&F Bovespa, preços acompanham o dólar e fecham pregão desta 5ª feira do lado negativo da tabela

As cotações do milho negociadas na BM&F Bovespa encerraram o pregão desta quinta-feira (4) do lado negativo da tabela. Depois das altas recentes, os preços voltaram a cair e fecharam o dia com quedas entre 0,34% e 0,97%. Ainda assim, o vencimento março/16 se manteve acima do nível de R$ 41,00 a saca, cotado a R$ 41,20 a saca. Já o maio/16 era negociado a R$ 38,60 a saca.

Mais uma vez, as cotações foram influenciadas pela movimentação negativa registrada no dólar. A moeda norte-americana encerrou o pregão a R$ 3,8941, com queda de 0,61%. O câmbio renovou a mínima de fechamento desde 29 de dezembro, quando ficou em R$ 3,8769. Na mínima do dia o dólar tocou o patamar de R$ 3,8449. A desvalorização é uma reação à perspectiva de que o Federal Reserve, banco central americano, não deva elevar a taxa de juros tão cedo no país, conforme informou a agência Reuters.

Enquanto isso, no mercado interno o dia foi de estabilidade aos preços, conforme levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas. Nos portos não houve referência para as cotações do cereal nesta quinta-feira. Em Tangará da Serra (MT), a cotação recuou 3,57%, com a saca a R$ 27,00. Na contramão desse cenário, em São Gabriel do Oeste (MS), a saca subiu 3,03% e fechou o dia a R$ 34,00.

Na visão da analista de mercado da FCStone, Ana Luiza Lodi, a oferta restrita ainda tem mantido os preços do milho sustentados no mercado doméstico. "Porém, acreditamos que com a chegada da safra de verão, os preços podem se acomodar em patamares menores, mas não em níveis tão baixos. Já que a primeira safra já tem uma demanda certa no mercado interno", ressalta.

Ainda hoje, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou sua nova estimativa para a safra brasileira. No caso da primeira safra, o volume colhido deverá ficar próximo de 28.345,6 milhões de toneladas do grão, uma queda de 5,8% em relação à temporada passada, quando foram colhidas 30.082,0 milhões de toneladas.

Para a segunda safra, a perspectiva é que os produtores brasileiros colham 54.990,6 milhões de toneladas, contra as 54.590,5 milhões de toneladas da safrinha do ano anterior. Com isso, no total, o Brasil deverá produzir 83.336,0 milhões de toneladas na temporada 2015/16. Na safra 2014/15, o volume ficou em 84.672,4 milhões de toneladas. Em sua última projeção a INTL FCStone estimou a safra de verão de 27.591,1 milhões de toneladas e a safrinha em 53.460,01 milhões de toneladas.

Já as exportações, que contribuíram para enxugar o mercado doméstico, fecharam a temporada 2014/15 em 30,2 milhões de toneladas, ainda segundo levantamento da entidade. "E ainda temos volumes a serem embarcados em fevereiro, referente à safra passada", completa a analista.

Bolsa de Chicago

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta quinta-feira (4) do lado negativo da tabela. As principais posições do cereal fecharam o dia com quedas entre 1,75 e 2,50 pontos. O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,68 por bushel, já o vencimento maio/16 era negociado a US$ 3,73 por bushel.

Ainda de acordo com informações da analista da FCStone, ressalta que não informações fortes o suficiente para impulsionar as cotações do cereal no cenário internacional. "Temos movimentações técnicas, em alguns dias cobertura de posições vendidas e em outros um ligeiro movimento de realização de lucros", diz Ana Luiza.

E nem mesmo o boletim de vendas para exportação do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) movimentou os preços. Na semana encerrada no dia 28 de janeiro, as vendas de milho ficaram em 1.143,5 milhão de toneladas, superando expectativas que variavam de 800 mil a 1 milhão.

Em torno de 1.129,1 milhão da safra 2015/16 - contra 817 mil da semana anterior - com o México ainda como o principal destino. O total já vendido pelo país chega a 24.346,1 milhões de toneladas, 25% a menos do que no mesmo período do ano comercial 2014/15. O departamento divulgou ainda mais a venda de 14,4 mil toneladas da temporada 2016/17, e o Japão foi o maior comprador, respondendo por 10,2 mil toneladas do total.

Além desses fatores, a analista ainda pondera que os participantes do mercado ainda acompanham as notícias da safra da América do Sul, especialmente da Argentina. Isso porque, em algumas áreas do país as lavouras do cereal sofrem com o tempo seco e há especulações sobre o impacto do clima irregular na produtividade das plantações. "E temos algumas sinalizações de chuvas para algumas localidades, o que poderia melhorar as condições das lavouras. E o mercado acaba enxergando como uma possibilidade de aumento na oferta", relata Ana Luiza.

Paralelamente, a nova safra norte-americana continua gerando muitas especulações e rumores no mercado. Em meio aos preços mais baixos e os custos de produção elevados, ainda não há uma definição da área que será cultivada com o milho na temporada 2016/17. "Ainda esperamos as primeiras projeções para a safra no Outlook Forum, mas, por enquanto, a perspectiva é de que o trigo possa perder área tanto para o milho quanto para a soja", acredita a analista.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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