Milho: Com foco na safra dos EUA, mercado fecha pregão desta 2ª feira próximo da estabilidade em Chicago

Publicado em 27/06/2016 17:50

Em mais uma sessão volátil, as cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta segunda-feira (27) em campo misto, bem próximo da estabilidade. As primeiras posições fecharam o dia com leves ganhos, entre 0,25 e 0,75 pontos. O contrato julho/16 era cotado a US$ 3,85 por bushel. Já o vencimento março/17 exibiu ligeira queda, de 0,75 pontos e finalizou o pregão a US$ 4,01 por bushel.

O mercado até tentou ao longo do dia se recuperar do tombo da semana anterior, de mais de 12%, porém, o movimento de recuperação não foi consolidado. Isso porque, em grande parte do Corn Belt, as chuvas apareceram no final de semana, o que contribuiu um pouco para a o desenvolvimento da cultura, conforme ressaltou o analista e editor do portal Farm Futures, Bob Burgdorfer.

Inclusive, na semana anterior, os fundos de investimentos liquidaram suas posições diante dos novos mapas climáticos indicando chuvas no Meio-Oeste dos EUA. Ainda assim, o clima deve continuar no foco dos participantes do mercado, uma vez que, em julho as previsões indicam que o tempo deverá ter chuvas dentro da normalidade, mas temperaturas acima da média, conforme dados reportados pelo NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país. E o mês é de extrema importância para o milho, já que grande parte das lavouras deverá estar na fase de polinização, fase de definição da cultura.

No final da tarde de hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) manteve o índice de lavouras em boas ou excelentes condições em 75%. Cerca de 20% das plantações ainda apresentam condições regulares e 5% estão em condições ruins ou muito ruins.

Ainda hoje, o departamento reportou que, na semana encerrada no dia 23 de junho, os embarques do cereal somaram 1.451,227 milhão de toneladas. O volume ficou acima das apostas dos investidores que giravam entre 890 mil e 1,19 milhão de toneladas. Na última semana, o número foi ligeiramente menor e ficou em 1.235,070 milhão de toneladas.

No acumulado da temporada, o volume embarcado está próximo de 33.875,356 milhões de toneladas de milho. Já no mesmo período do ano anterior, o volume era de 35.928,039 milhões de toneladas.

Mercado brasileiro

A sessão desta segunda-feira (27) foi positiva aos preços do milho negociados na BM&F Bovespa. As principais posições da commodity finalizaram o dia com valorizações entre 0,05% e 1,86%. O vencimento julho/16 era cotado a R$ 41,12 a saca e o setembro/16, referência para a safrinha brasileira, era negociado a R$ 41,10 a saca. Já no Porto de Paranaguá, a saca do cereal para entrega em setembro/16, terminou o dia estável a R$ 35,00 a saca.

Enquanto isso, no mercado interno o início da semana foi de pouca movimentação nos preços do cereal. De acordo com levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, em Assis (SP), o preço subiu 21,07%, com a saca a R$ 44,94. Em Itapeva (SP), o valor também registrou alta, de 17,48%, com a saca a R$ 45,91.

Em contrapartida, na região de Jataí (GO), o valor caiu 8,11% nesta segunda-feira e a saca do cereal era cotada a R$ 34,00. Em Ponta Grossa (PR), o recuo foi de 6,25%, com a saca a R$ 45,00. Já em São Gabriel do Oeste (MS), a saca encerrou o dia a R$ 30,50, com queda de 4,69%. Nas praças de Mato Grosso, Campo Novo do Parecis e Tangará da Serra, a desvalorização foi de 3,45%, com a saca a R$ 28,00.

Nesse instante, os participantes do mercado ainda observam o andamento da colheita da segunda safra no Brasil. Apesar da quebra devido ao clima, a perspectiva é que os produtores colham uma safrinha próxima de 50 milhões de toneladas, o que deve ainda pressionar as cotações. Contudo, a perspectiva dos analistas é que a partir do final do ano, as cotações do cereal se acomodem.

No Paraná, em torno de 10% da área cultivada nesta temporada já foi colhida, segundo levantamento realizado pelo Deral (Departamento de Economia Rural). Por outro lado, no maior estado produtor, Mato Grosso, o índice é maior, já que em torno de 16,62% da área foi colhida até o momento. As informações são do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).

Além disso, os investidores estão atentos às renegociações dos contratos feitos antecipadamente. Esse movimento contribui para pressionar as cotações, uma vez que tende a deixar mais produto no mercado interno brasileiro.

Dólar

Ainda hoje, a moeda norte-americana fechou o dia a R$ 3,3946 na venda, com alta de 0,44%. Na máxima do dia, a moeda tocou o patamar de R$ 3,4167. Segundo a agência Reuters, os investidores ainda estão cautelosos e adotam medidas defensivas depois da decisão do Reino Unido em deixar a União Europeia.

Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:

>> MILHO

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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