RS: Clima favorece desenvolvimento do milho na região Noroeste

Publicado em 19/08/2016 07:40

Apresenta boa germinação a área de cerca de 370 mil hectares cultivados com milho na região de Santa Rosa. As condições de umidade do solo foram propícias para a semeadura de algumas áreas localizadas mais ao Norte e Nordeste do Rio Grande do Sul. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, há indicativo de ampliação da área cultivada com milho nesta safra, porém a área destinada à silagem deverá permanecer a mesma, podendo haver leve retração pelo abandono da atividade de bovinos de leite em algumas propriedades. Em todas as regiões produtoras, prefeituras e sindicatos seguem distribuindo as sementes de milho do Programa Troca-Troca.

A cultura do trigo, favorecida pelo clima, segue em desenvolvimento normal, bom stand de plantas e ótimo estado fitossanitário. O período frio permitiu um maior perfilhamento, e a menor frequência de chuvas favoreceu uma baixa incidência de doenças, como as manchas foliares e a ferrugem. No momento, os triticultores seguem com os tratos culturais, com aplicação preventiva de fungicida nas lavouras semeadas mais no cedo.

Nas Missões e Fronteira Noroeste, algumas lavouras de trigo estão em fase de elongação; nas mais adiantadas, a fase é de emborrachamento e floração. Em nível estadual, 3% da área cultivada com trigo se encontram nesta fase, contra uma média de 7% para a época.

Canola - A cultura se encontra nas fases de crescimento, floração e formação das síliquas, com bom padrão de lavoura, sendo concluída na semana a aplicação de fungicida para controle de doenças foliares. Os agricultores estão conduzindo as lavouras com bom padrão tecnológico, atraídos pelo bom preço e liquidez da cultura. A canola ingressa na fase crítica, na qual não tolera geada nem chuva excessiva. No Norte e Oeste do Estado, grande parte das lavouras está em florescimento, ocasionando uma paisagem muito bonita no contraste com as áreas esverdeadas dos trigais.

Citros - Na região da Serra, a safra atinge o auge da colheita da Montenegrina, a principal variedade de bergamota cultivada e produzida na região. Frutas de ótima coloração, sabor e teor de suco. O calibre se mostra aquém do esperado, em face de grande carga e como reflexo das condições climáticas ocorridas desde o inverno do ano passado. As plantas das diversas espécies e variedades evidenciam uma boa sanidade, isentas de maiores problemas, assim com as frutas, com raros casos de incidência de fitopatias ou ataque de pragas.

Cebola - Ainda na Serra, segue a prática de transplante das mudas de cebola da variedade Crioula, bastante favorecida pelas condições climáticas e do solo, devendo ser concluída até o final deste mês. As mudas apresentam bom vigor e ótima sanidade. A uniformidade é boa, o que facilita a seleção para o plantio, tornando alto o rendimento das sementeiras. Devido à intensa insolação e pouca precipitação, as áreas recém-transplantadas já recebem a primeira irrigação, condicionando a um pegamento mais efetivo e uniforme. Lavouras de variedades precoces também se desenvolvem de forma satisfatória, sem maiores problemas fitossanitários.

Bovinos e Abelhas

Bovinocultura de corte - O rebanho bovino está na fase final de gestação das vacas e início da parição, que deverá se estender para os próximos meses com expectativa de altas taxas de natalidade. Os rebanhos apresentam bom estado sanitário e os produtores mantêm o monitoramento dos animais no combate às verminoses, realizando tratamentos estratégicos.

A condição corporal dos rebanhos é bastante variável. Aqueles submetidos somente ao pastoreio em campos nativos apresentam condições corporais médias para ruins. Há muitos bovinos fracos, debilitados e com baixa resistência às doenças. Já os animais alimentados em pastagens cultivadas de azevém e aveia ou em campos nativos melhorados se encontram em melhores condições corporais, obtendo inclusive ganhos de peso satisfatório. 

Apicultura - Os enxames apresentam boas condições sanitárias. O período é de entressafra e os produtores fazem manejo das colmeias. A elevação da temperatura facilitou o monitoramento dos enxames e, dessa forma, nesta semana, alguns apicultores puderam vistoriar suas colmeias, fazendo o controle da Varroa destructo, colocação dos ponchos e prevenindo o ataque dos predadores.

As condições climáticas foram favoráveis ao trabalho das abelhas. Porém, nesta época temos poucas florações nas regiões produtoras de grãos, predominando nabo, canola e vegetação nativa. A pouca reserva alimentar existente da última safra está exigindo maior atenção por parte dos apicultores quanto ao manejo alimentar dos enxames, visando o fornecimento de alimentos energéticos e proteicos para fortalecer os enxames para a próxima safra. A maioria dos que têm caixas somente para consumo familiar e venda de excedente não realizam manejo algum nesta época, deixando para examinar as caixas somente na primavera. Vários apicultores relataram mortandade das abelhas e redução dos enxames, que acarretará diminuição da produção, se refletindo nos preços do produto da próxima safra.

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Fonte:
Emater/RS

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