Após quedas recentes, milho esboça recuperação em Chicago e inicia 5ª feira em campo positivo

Publicado em 29/09/2016 09:10

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão desta quinta-feira (29) em alta. As principais posições do cereal exibiam valorizações entre 3,00 e 4,00 pontos, por volta das 8h45 (horário de Brasília). O vencimento dezembro/16 era cotado a US$ 3,33 por bushel, enquanto o março/17 trabalhava a US$ 3,42 por bushel.

O mercado esboça uma reação depois das recentes perdas registradas no mercado internacional. De acordo com o site Agrimoney.com, os fundos também ajustam posições frente ao final do mês. Além disso, os investidores também aguardam o boletim de estoques trimestrais que será divulgado nesta sexta-feira (30) pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Em recente entrevista ao Notícias Agrícolas, o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, reportou que esse é um dos relatórios mais importantes do ano, uma vez que, irá mostrar os estoques de passagem da temporada 2015/16. As apostas do mercado estão próximas de 43,49 milhões de toneladas.

Por outro lado, o andamento da colheita no Meio-Oeste americano continua no radar dos participantes do mercado. Diante das perspectivas de um clima melhor no Meio-Oeste, o sentimento é que os trabalhos nos campos avancem.

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Milho tem nova queda em Chicago no pregão desta 4ª feira diante do andamento da colheita no Meio-Oeste

A sessão desta quarta-feira (28) foi negativa aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). Ao longo do pregão, os principais vencimentos ampliaram as perdas e encerraram o dia com quedas entre 2,50 e 2,75 pontos. O  contrato dezembro/16 era cotado a US$ 3,29 por bushel, enquanto o março/17 era negociado a US$ 3,39 por bushel. O maio/17 finalizou o dia a US$ 3,46 por bushel.

"Os futuros de soja e milho encerraram o dia em queda diante das previsões de um céu claro no Meio-Oeste dos EUA essa semana, o que deve permitir a retomada das colheitas", disse o analista e editor do portal Farm Futures, Bob Burgdorfer. Depois das chuvas recentes e, até mesmo inundações em algumas regiões, os mapas climáticos voltaram a indicar um período mais seco para grande parte do cinturão produtor.

Até o início dessa semana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou que, cerca de 15% da área plantada nesta temporada já havia sido colhida. O percentual está ligeiramente abaixo do registrado em igual período do ano anterior, de 16% e da média dos últimos anos, de 19%.

As previsões para os próximas 7 dias indicam um clima mais firme no Meio-Oeste americano. Da mesma maneira, o NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país -, indica um menor volume de chuvas no intervalo de 4 a 8 de outubro. no mesmo período, as temperaturas poderão ficar acima da normalidade em grande parte da região.

Além disso, os investidores ainda esperam o reporte dos números dos estoques trimestrais, que serão divulgados na próxima sexta-feira (30) pelo departamento americano. "Esse é um dos relatórios mais importantes do ano, já que irá indicar o estoque de passagem da safra 2015/16", destaca o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.

Os investidores apostam em um número próximo de 43,49 milhões de toneladas. No mesmo período de 2015, o USDA indicou os estoques de milho no país em 43,94 milhões de toneladas.

Ainda nesta quarta-feira, o órgão divulgou a venda de 1.577,340 milhão de toneladas de milho ao México. Do total negociado, 1.036,320 milhão de toneladas deverá ser entregue ao longo da temporada 2016/17 e o restante, de 541,020 mil toneladas, no ciclo 2017/18.

E, nem mesmo a disparada do petróleo deu sustentação aos preços da commodity. Ainda hoje, o preço do petróleo subiu mais de 5% em meio ao inesperado acordo entre os países da Opep para limitar a produção. Segundo dados da Investing.com, os detalhes do acordo não foram divulgados e só deverão ser inteiramente conhecidos na reunião anual do grupo marcada para o dia 30 de novembro, em Viena.

Produção de etanol nos EUA

Segundo dados da AIE (Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos), a produção subiu de 981 mil barris diários para 989 mil barris diários na semana encerrada no dia 23 de setembro. Os estoques de etanol também subiram e passaram de 20,0 barris diários para 20,6 barris diários no mesmo período.

Mercado brasileiro

As cotações do milho negociadas na BM&F Bovespa encerraram a quarta-feira (28) em campo misto. As primeiras posições do cereal exibiram ligeiras altas, entre 0,15% e 0,62%. Já os vencimentos mais longos testaram quedas entre 0,27% e 0,55%. O contrato novembro/16 era cotado a R$ 40,50 a saca e o março/17 a R$ 39,20 a saca.

Enquanto isso, no mercado interno, o preço subiu 8,32% em Avaré (SP), com a saca a R$ 31,75. Em contrapartida, o valor caiu 7,43%, com a saca a R$ 31,65 em Assis (SP). No caso de Araçatuba (SP), a perda foi de 2,79%, com a saca a R$ 34,19 e em Sorriso (MT), o preço ficou em R$ 27,00 a saca e perda de 1,82%. No caso de Jataí (GO), a desvalorização foi de 1,43%, com a saca a R$ 34,50.

Os analistas ainda reforçam que os negócios permanecem lentos no Brasil. Os grandes compradores ainda continuam fora do mercado e se abastecem com produto importado. Por outro lado, as exportações tem mostrado uma ligeira melhora ao longo do mês de setembro, porém, permanecem abaixo do registrado no mesmo período do ano passado.

Paralelamente, os produtores estão focados no plantio da safra de verão, nas principais regiões produtoras do país. Para a primeira safra, a perspectiva é que haja um crescimento de 10% na área destinada ao cultivo do cereal devido aos preços atrativos. E, caso o clima seja favorável, os produtores poderão colher até 30 milhões de toneladas na temporada 2016/17.

Dólar

A moeda norte-americana fechou o dia a R$ 3,2218 na venda, com leve queda de 0,28% nesta quarta-feira. Conforme dados reportados pela agência Reuters, o movimento é decorrente da disparada nos preços do petróleo.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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