Em Chicago, milho despenca mais de 2% nesta 3ª feira com desvalorizações dos preços do petróleo e da soja

Publicado em 29/11/2016 17:00

O pregão desta terça-feira (29) foi de forte queda aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity ampliaram as perdas e encerraram o dia com perdas entre 9,00 e 9,25 pontos, uma desvalorização de mais de 2%. O vencimento dezembro/16 era cotado a US$ 3,36 por bushel, enquanto o março/17 era negociado a US$ 3,49 por bushel.

A forte queda registrada nos preços do petróleo contribuiu para pressionar as cotações do milho, conforme dados reportados pelos sites internacionais. No final da tarde desta terça-feira, o barril era cotado a US$ 45,33, com perda de mais de 3,72%. Por sua vez, o petróleo foi influenciado pelas expectativas sobre a nova reunião da Opep (Organização dos Países Exportadores), que será realizada nesta quarta-feira.

"A Opep está tentando fazer com que seus 14 Estados-membro, além da Rússia, que não faz parte da Opep, implementem cortes de produção coordenados que visem reduzir o excesso de oferta global que gerou uma desvalorização de mais de 50% da commodity desde de 2014", reportou o site Investing.com.

Em boletim, a corretora Granoeste ainda pontuou que o mercado caiu em meio à forte queda registrada nos futuros da soja. "O sentimento de redução na demanda pelo produto norte-americano, também influenciou a queda dos preços", destacou.

As cotações futuras do cereal também foram pressionadas pela perspectiva de amplos suprimentos globais, conforme dados reportados pelas agências internacionais. Diante da finalização da colheita do milho nos Estados Unidos, a perspectiva é que a safra fique acima de 386 milhões de toneladas nesta temporada, o que também impacta os estoques finais no país.

Mercado brasileiro

As cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa encerraram a sessão desta terça-feira (29) em campo misto. O janeiro/17 caiu 0,13% e fechou o dia a R$ 37,35 a saca. Já o março/17 subiu 0,05%, negociado a R$ 37,39 a saca. O maio/17 finalizou o pregão a R$ 36,32 a saca, com leve queda de 0,36%.

O mercado foi influenciado pelas fortes quedas registradas na Bolsa de Chicago, mas também na valorização cambial. A moeda norte-americana fechou a sessão a R$ 3,3957 na venda, com ganho de 0,33%. Na máxima do dia, o dólar chegou a R$ 3,4148.

Segundo a agência Reuters, a alta é decorrente da forte queda registrada nos preços do petróleo. O mercado ainda permaneceu atento aos acontecimentos na política brasileira, em mais uma sessão sem a intervenção do Banco Central.

Na visão do analista de mercado da Labhoro Corretora, Tiago Delano, as cotações ainda trabalham com firmeza, respeitando o patamar de suporte de R$ 37,20 a saca. Entretanto, o especialista reforça que, se as cotações perderem essa referência, níveis mais baixos poderão ser testados, como R$ 35,50 a R$ 36,00 a saca.

Paralelamente, no mercado interno, a terça-feira foi de ligeiras movimentações aos preços do cereal. Em Mato Grosso, as praças de Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, apresentaram nova queda, de 2,04%, com a saca a R$ 24,00. Em Jataí (GO), o recuo foi de 1,67%, com a saca a R$ 29,50.

Na localidade de São Gabriel do Oeste (MS), o valor cedeu 1,75%, com a saca a R$ 28,00. Já na região de Campinas (SP), a perda ficou em 1,30%, com a saca a R$ 38,10. Na contramão de desse cenário, em Ponta Grossa (PR), o ganho foi de 1,41%, com a saca a R$ 36,00.

No Oeste da Bahia, a saca subiu 2,56% e retomou o nível de R$ 40,00 a saca. Em Paranaguá, a valorização ficou em 1,43%, com a saca de milho a R$ 35,50. Nas demais praças pesquisadas pela equipe do Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade.

De acordo com analista de mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi, as cotações no mercado interno estão perdendo força. O cenário é um reflexo das importações, associada à redução das exportações brasileiras. Além disso, o sentimento de tranquilidade em relação à oferta, com o bom encaminhamento da safra de verão, também ajuda a pressionar os preços.

Confira como fecharam os preços nesta terça-feira:

>> MILHO

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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