Na FOLHA: País pode ter recessão por 3 anos seguidos, alerta estudo do banco Credit Suisse

Publicado em 08/02/2016 13:39
na Folha de S. Paulo + O GLOBO

A economia brasileira corre o risco de mergulhar em um período de três anos seguidos de contração, fato inédito desde 1901, início da série histórica.

Dados muito negativos de atividade econômica referentes ao fim de 2015 e o início deste ano têm levado as projeções de analistas para o desempenho do PIB em 2016 (Produto Interno Bruto) a continuar piorando.

O banco Credit Suisse esperava contração de 3,5% do PIB, mas agora já trabalha com número mais próximo de 4%, mesma estimativa da instituição para 2015. E, para 2017, projeta um terceiro recuo, entre 0,5% e 1%.

A última vez que o PIB encolheu por dois anos seguidos foi no biênio 1930-1931, quando a economia global passava por crise severa após a quebra da Bolsa de Nova York. Um período de três anos de contração nunca ocorreu.

O Itaú Unibanco anunciou na sexta (5) esperar contração de 4% do PIB em 2016. Antes, projetava recuo de 2,8%. Para 2017, estima expansão modesta de 0,3%.

A consultoria MB Associados trabalha com cenários alternativos: com e sem a presidente Dilma Rousseff.

Se a presidente deixar o governo, espera queda de 3% do PIB neste ano e expansão de 0,6% no próximo.

Caso Dilma sobreviva ao processo de impeachment, os números mudam para duas contrações de 4,1% e 1%.

"Não há nada nem de perto comparável à crise atual", diz Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, que acredita que o governo ainda não adotou mecanismos capazes de reverter esse quadro.

SEM PRECEDENTES

O ciclo recessivo longo tem mergulhado o país num cenário de grande incerteza, acentuado pela crise política doméstica e pela situação externa desfavorável, principalmente por causa dos riscos de desaceleração mais forte do que o esperado na China.

Esse contexto de poucos precedentes dificulta a projeção dos indicadores econômicos e sociais brasileiros.

"O fato de que nunca vimos isso antes dificulta muito a análise econômica", afirma Leonardo Fonseca, economista do Credit Suisse.

A equipe da instituição tem feito análises detalhadas da história de outros países que já viveram recessões prolongadas para ajudar na estimativa dos dados de atividade econômica brasileiros.

Descobriu, por exemplo, que nações cujos mercados de trabalho se comportam de forma semelhante ao brasileiro tiveram, em média, alta anual na taxa de desemprego de 2,9 pontos percentuais quando viveram contrações maiores que 2% por, pelo menos, dois anos seguidos.

O resultado ajuda a embasar a expectativa do Credit Suisse de que a taxa de desemprego —medida pela pesquisa Pnad Contínua (IBGE)—, que foi de 6,8% em 2014 e deve ter chegado a 8,3% em 2015, alcançará 13,5% em 2017.

O Itaú Unibanco também espera que o desemprego ultrapasse 13% no próximo ano. Segundo Felipe Salles, economista do banco, o cenário atual é de profunda incerteza para o Brasil e o mundo.

Mas ele ressalta que há sinais, ainda que incipientes, de que a piora da atividade doméstica pode estancar nos próximos meses.

Salles cita os indicadores de confiança de consumidores e empresários que subiram em janeiro, embora permaneçam em nível muito baixo em termos históricos. 

 

Sem trégua da inflação (editorial da FOLHA)

Uma recessão profunda como a que se vê hoje no Brasil provoca retração da renda e do consumo e, por isso mesmo, deveria desestimular elevações de preços. No entanto, os índices da inflação continuam a desafiar prognósticos.

Depois de ter encerrado 2015 em 10,7%, o pior resultado em 13 anos, o IPCA teve forte alta em janeiro, de 1,27%, a maior desde 2003.

As explicações pontuais estão nos alimentos, cujos preços subiram devido a causas climáticas, nos aumentos em tarifas de transporte público e nas majorações de ICMS em vários Estados que, em situação de penúria financeira, buscam alternativas de arrecadação.

O ritmo no setor de serviços, que em tese deveria espelhar a falta de demanda na economia, também continua quase inalterado, com alta em torno de 8% ao ano.

Mesmo assim, parece provável que o IPCA venha a desacelerar. Não haverá, por exemplo, um novo choque nas tarifas de energia, um dos grandes vilões de 2015.

O impacto da desvalorização do real também deve ser menor, conforme os repasses de custos de itens importados percam força. Espera-se ainda que a recessão e o desemprego arrefeçam demandas salariais e custos de serviços.

Tudo somado, a projeção média de analistas aponta para inflação de 7% neste ano –isso, é claro, se não houver novos choques.

Trata-se de resultado pífio, porém, para um país que se encaminha para enfrentar queda no PIB superior a 7% no biênio 2015-2016.

Seja como for, é importante entender por que a inflação resiste no Brasil, enquanto a maior parte do mundo flerta com a deflação.

Uma resposta está na fragilidade institucional do país, sobretudo na crônica indisciplina orçamentária do Estado, incompatível com a preservação do valor da moeda. Se o crescimento da dívida não for estancado, os mecanismos de reprodução da inflação não serão dominados.

O principal deles é algo especificamente brasileiro –a indexação, ainda hoje a arma de defesa de parte da sociedade contra a perda do poder de compra, e que foi alimentada pela leniência do governo e do Banco Central diante da inflação nos últimos anos.

Desde 2009 que a meta de 4,5% não é cumprida, afinal. Quando isso ocorre, é muito mais difícil convencer trabalhadores a moderar demandas salariais e empresas a lutar por eficiência, e não por maiores repasses.

Duas décadas depois do real, a vitória no controle da inflação não foi plenamente alcançada. É preciso resgatar a disposição para enfrentar uma agenda de reformas que consiga consolidar um padrão responsável nas finanças públicas.

 

A vida pós-Carnaval, por VALDO CRUZ

Dizem que o ano só começa depois do Carnaval. Talvez para os preguiçosos ou para os que estão fugindo da realidade, que não são poucos nestes tempos de Operação Lava Jato, Zelotes e de uma crise econômica piorando.

Em janeiro, antes das folias, a inflação vestiu de novo sua fantasia de dragão. Foi a pior nos últimos 13 anos, bateu em 1,27% –motivo de sobra para o Banco Central subir os juros no mês passado. Mas não subiu.

Por quê? Porque avaliou que a economia mundial ensaia, com ou sem Carnaval, um desfile horroroso, com risco de nova desaceleração global, agravando ainda mais a nossa.

Se o BC estiver correto, a cotação do dólar pode seguir em queda pois o mundo vai reagir à sua paralisia. Daí que, dentro do governo, a ordem é ficar de olho no valor do dólar.

Caso recue mais, a inflação, enfim, cederá de fato, elevando a pressão por uma queda dos juros ainda neste semestre para minorar os custos sociais da tragédia econômica.

Afinal, para muitos, só a economia salva a pele do bloco dos enrolados no petrolão, que não aguardou o Carnaval passar para seguir com suas prisões e revelações. Pior, aproximou-se do ex-presidente Lula.

E promete muita confusão pela frente, quando os enjaulados começam a se desesperar. Amigo de Lula, o pecuarista José Carlos Bumlai, já deu sinais de que pode explodir.

Seu advogado classificou de "pouca-vergonha" e "fraudulenta" a contratação de um navio-sonda pela Petrobras destinada, segundo Bumlai, a quitar uma dívida do PT.

Sem falar que vem por aí a delação da construtora Andrade Gutierrez, a segunda maior do país, com potencial para trazer muita dor de cabeça para a presidente Dilma e arredores.

Seja como for, primeiro, ainda bem que o Carnaval veio mais cedo neste ano, encurtando a fantasia de muitos. Segundo, 2016 começou em ritmo assustador, cobrando ação, não delongas, de quem decide. O Brasil pede urgência.

 

Situação insustentável (editorial de O GLOBO)

Lançado no final de outubro do ano passado pelo PMDB, o documento “Uma ponte para o futuro” terminou contaminado por aquele momento político, em que o pedido de impeachment da presidente Dilma era o centro dos debates. Isso bastou para que o texto fosse interpretado como uma iniciativa do vice, Michel Temer, presidente do partido, para anunciar a plataforma do seu governo.

A interpretação atraiu ainda mais rancores do PT e aliados contra as propostas, rejeitadas também por princípio, ao reduzir o peso do Estado, dogma lulopetista. Até mesmo considerar o documento como “do PMDB” é um certo exercício de elasticidade, considerando-se a divisão da legenda, muito tensionada, com um bloco situacionista e um outro oposicionista. Mais ou menos como sempre.

O grupo de peemedebistas que lançou o texto decidiu patrocinar análises e sugestões que já transitavam no mundo acadêmico e na imprensa.

Apenas o PT não percebe — ou se percebe, não admite — que se esgotou um regime fiscal cujas raízes estão fincadas na visão ideológica embutida na Constituição de 1988: cabe ao Estado ser o principal instrumento do combate à pobreza, à miséria, ser o prestador de serviços de saúde a toda a população de forma gratuita, bem como educação de boa qualidade.

Estava pavimentado o caminho para o Estado, independentemente do governo de turno, ampliar a expropriação de rendas da sociedade, para ele distribuí-las no cumprimento desta enorme (e impossível) missão.

O saldo dessa trajetória é que o Brasil passou a ter a maior carga tributária entre os países emergentes (36% do PIB). Afinal, os gastos ditos sociais foram indexados, grande parcela deles ao salário mínimo. Para tornar tudo mais difícil, a correta política de valorização do mínimo, de FH, foi radicalizada com o PT no Planalto. E, além de tudo, vincularam-se parcelas do Orçamento a gastos específicos: Saúde, Educação, sem falar na folha do funcionalismo, por definição fixa, dada a estabilidade legal do servidor. Pode ser cortada apenas pela inflação.

Uma engenharia dessas só se manteria em pé se a economia brasileira sempre crescesse, e a uma boa taxa. Como isso é impossível, todo este edifício desabou a partir do momento que a mistura de recessão com inflação, que chegou a dois dígitos, reduziu, de um lado, as receitas tributárias, e, de outro, jogou na estratosfera a maior parcela das despesas: Previdência e outros gastos ditos sociais. Não surpreende que o déficit nominal em 2015 haja sido de 10,34% do PIB, do nível da Grécia no auge da crise.

Ora, diante de uma situação insustentável como esta, economistas — e o PMDB os endossa neste documento — defendem, entre outras medidas, a desindexação do Orçamento e o fim das vinculações, o que implicará rever a qualidade de cada gasto na montagem anual dos orçamentos, algo imprescindível.

Se o PT e Dilma insistirem em manter a fórmula de alta carga tributária, a recessão se transformará em depressão, e a coleta de impostos desabará junto, num cataclismo.

 

no EL PAÍS:

Denúncias sobre sítio em Atibaia e triplex ajudam a desconstruir mito Lula

Por GIL ALESSI, ESPECIAL PARA O EL PAÍS

 

No baralho do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o ás, o rei e o valete. Quadro mais importante da legenda, puxador de votos e formador de sucessores no Planalto, o petista foi jogado nas últimas semanas no meio de um turbilhão das operações Lava Jato e Zelotes, que ameaçam torná-lo carta fora da disputa de 2018. Um sítio de amigos e um tríplex de luxo reformados por empreiteiras investigadas por participação no caso de corrupção da Petrobras colocaram o mito de Lula novamente em uma posição desfavorável. Vale lembrar que não é a primeira vez que o petista tem sua popularidade arranhada por escândalos no partido: apesar de sofrer desgaste durante o mensalão, o ex-presidente escapou quase ileso do episódio, e foi reeleito em 2006.


Mas agora, ao ter seu nome envolvido no que as autoridades acreditam ser um possível episódio de troca benesses – que incluiriam um elevador privativo no tríplex – por contratos com o Governo, a reputação do líder petista sentiu o abalo. Vale lembrar que todos os ex-presidentes, de José Sarney a Lula, passando pelo tucano Fernando Henrique Cardoso, e políticos de modo geral, são frequentemente cortejados com presentes, favores e agrados por parte do empresariado, em relações que muitas vezes se encontram na fronteira entre o imoral e o ilegal. "Não basta parecer sério, é preciso ser sério", diz o provérbio atribuído ao imperador romano Júlio César, referindo-se à sua ex-esposa Pompeia.

Se no passado outros políticos brasileiros tiveram 'agrados' questionados, agora é Lula quem está no centro das atenções, justamente quando sua sucessora está no poder, e quando seu partido tem declarado interesse nas eleições de 2018. Por isso, cabe a ele justificar que o que parece ser não é exatamente. Nos últimos dias a seriedade do ex-presidente foi posta à prova com a divulgação de um ofício do delegado da Polícia Federal Marlon Cajado, responsável pela Zelotes, no qual ele confirma a existência de um inquérito para apurar se o ex-presidente e outras pessoas participaram do esquema investigado ou se foram vítimas do mesmo. Assim, Lula entrou de vez nas duas operações da Polícia Federal: seu nome começou a ser atrelado à Lava Jato e já é investigado na Zelotes.

O reflexo da crise na imagem do petista se traduz em números. Pesquisa do instituto Ipsos divulgada nesta semana apontou que apenas 25% dos entrevistados consideram que o petista é honesto. Durante o escândalo do mensalão eram, 49% acreditavam na idoneidade do líder. E não é só: 68% das pessoas acham que Lula não tem moral para falar de ética, (ante 57% em 2005), e 67% disseram que a Lava Jato mostra que o ex-presidente é tão corrupto quanto outros políticos (no mensalão 49% tinham essa percepção). Soma-se a isso a péssima avaliação do Governo de Dilma Rousseff, o naufrágio ainda sem socorro da economia brasileira e a expectativa de mais um ano de martírio na relação do PT com o Congresso – sem contar o surto de doenças com o zika vírus –, e têm-se os ingredientes que podem jogar vinagre nas aspirações do ex-sindicalista de subir, pela terceira vez, a rampa do Palácio do Planalto.

Os números são influenciados fortemente pelo bombardeio sofrido pelo ex-presidente na imprensa, que colocou sob escrutínio seu patrimônio – e de seus amigos. Alguns veículos fizeram até mesmo o levantamento de quantas vezes Lula esteve no sítio de Atibaia (111 vezes), filmagens aéreas da região, e o cálculo do tamanho da propriedade: 173.000 metros quadrados ou 24 campos de futebol, como repetem diariamente os noticiários. É aí que mora o perigo, segundo alguns analistas. O brasileiro simples pode se perder dentro das notícias que falam sobre desvios de 100.000 reais ou 100 milhões. Mas ele entende perfeitamente a figura de linguagem que chegou agora para falar sobre as posses do ex-líder sindical. Ou sobre uma cozinha planejada adquirida para o triplex no Guarujá, pago por uma construtora.

“Quando você fala que o mensalão desviou milhões, bilhões, de reais, ou menciona compra de apoio parlamentar, isso não quer dizer nada para o ‘brasileiro médio”, diz Ricardo Caldas, da Universidade de Brasília. “Agora quando você fala em elevador privativo e reformas no sítio pagas por empreiteiras, isso choca demais a população, que passa a ver o Lula como uma farsa. As pessoas tendem a se questionar: ‘esse era o presidente pai dos pobres?”. Segundo ele, nesse cenário o valor envolvido na reforma, por exemplo, não é o fundamental para provocar o desgaste da imagem do petista, mas sim a questão dos valores e da ética.

A vantagem que Lula sempre teve em relação a seus rivais desde que foi eleito em 2003, que é justamente o imaginário popular sobre o homem que saiu da pobreza para olhar pelos menos favorecidos, entra em curto-circuito neste momento em que o juiz Sergio Moro foi elevado a categoria de herói nacional. Vale lembrar, de qualquer forma, que o Guarujá é hoje uma praia de classe média mas está longe dos circuitos dos milionários, assim como a cidade de Atibaia, a uma hora da capital paulista.

A polícia investiga se o sítio seria efetivamente de Lula, embora esteja em nome de amigos, o que caracterizaria ocultação de propriedade. Para aliados do ex-presidente, que saiu do poder com 80% de aprovação, essa leitura é absurda. Em entrevista ao jornal O Globo,o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, diz que qualquer pessoa poderia comprar um sítio ou casa na praia e emprestar a alguém. “Vamos imaginar que eu tenho uma casa na praia e disponibilize para você usar todo final de semana, alguém tem alguma coisa ver com isso? É o caso do sítio”, afirmou. “O problema é que não estão atrás da verdade. Estão atrás de encontrar um jeito de mostrar que o Lula está envolvido na Lava-Jato”, completou Marinho.

Se real ou apenas perseguição política, o fato é que já há quem duvide que o ex-presidente chegue com fôlego de concorrer à eleição em 2018. A empresa de consultoria política e de risco Eurasia Group, que costuma ser ponderada em suas avaliações políticas sobre o Brasil – nunca encampou a tese do impeachment de Dilma, por exemplo – chegou a cravar em um relatório que “Lula está fora da corrida presidencial de 2018”. Para justificar a análise, cita um estudo segundo o qual as chances de um presidente emplacar sucessor quando sua popularidade é menor do que 40% gira em torno de 6%. “A aprovação de Dilma gira em torno de 10% a 15%”, diz o relatório. Soma-se a isso “a profundidade com que o escândalo da Lava Jato já rebaixou Lula aos olhos de 70% da população”.

Caldas, da Universidade de Brasília, hesita em tirar Lula do páreo em 2018, em todo caso. “Prova disso é o mensalão. Todos davam ele como acabado em 2004, e no entanto em 2006 ele se reergueu e foi reeleito”, afirma o professor, que, no entanto, vê diferenças no tipo de escândalo que resvala no ex-presidente agora. O único cenário no qual o cientista político vê o fim das pretensões presidenciais do petista é caso ele seja condenado na Justiça.

O analista político Thiago de Aragão, da Arko Advice, concorda com a avaliação de Caldas. “É complicado colocá-lo como carta fora do baralho faltando dois anos para as eleições, principalmente no Brasil, onde a população tem uma enorme capacidade de perdão e esquecimento”, afirma. No entanto, ele faz uma ressalva com relação à diferença nos momentos econômicos vividos no país à época do mensalão e agora: “Quanto mais a economia cresce, mais a sociedade é tolerante com a política, e o contrário também é verdade. Os anos do mensalão foram de esperança, foi um momento positivo para a economia nacional”. Hoje, com a atual crise econômica e o aumento do desemprego, Aragão diz existir uma parcela da população que relaciona o “o petrolão com a crise”. “Um indivíduo que acabou de perder o emprego e está em casa assistindo TV vê uma reportagem com os números dos desvios na Petrobras, e faz essa associação. E no final, tudo isso é canalizado para o Lula e o PT”.

Até o momento o ex-presidente prestou depoimento no âmbito da operação Zelotes, que investiga a compra de Medidas Provisórias durante seu Governo e a venda de sentenças no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. No entanto até o final do mês ele e sua mulher, Marisa Letícia, devem depor na condição de investigados. Para o Instituto Lula, "fracassaram todas as tentativas de envolver o nome do ex-presidente no processo da Lava Jato, apesar das expectativas criadas pela imprensa, pela oposição e por alguns agentes públicos partidarizados, ao longo dos últimos dois anos".

De acordo com a nota, tentativas do mesmo gênero feitas no âmbito da Zelotes também devem fracassar. Não há nenhum elemento que justifique a mudança do tratamento. Sobre o inquérito que irá apurar eventuais responsabilidades de Lula no caso de vendas de MPs, o advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin Martins, afirmou que o petista "foi ouvido no dia 6 de janeiro na condição de informante, sem a possibilidade de fazer uso das garantias constitucionais próprias dos investigados", e que "não há nenhum elemento que justifique a mudança do tratamento [de tratá-lo como investigado]"
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Fonte:
Folha de S. Paulo + O GLOBO

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