Rodrigo Constantino: Denúncia de Lula por Janot, índice de miséria no país, soltura da assassina Suzane von Richthofen

Publicado em 05/05/2016 10:56

Notícias de hoje incluem denúncia de Lula por Janot, índice de miséria no país, soltura temporária da assassina Suzane von Richthofen no Dia das Mães, apatia de Beltrame, Caetano sobre o funk, Trump e o desafio de unir seu partido, o custo indireto da burocracia americana.

Suzane von Richthofen recebe indulto de Dia das Mães

“Os adversários da penalidade máxima argúem que é sagrado o direito de todos à vida. Exceto, naturalmente, o direito das vítimas à vida. O direito à vida não pode ser incondicional. Só devem merecê-lo os que não tiram a vida dos outros.” (Roberto Campos)

O Brasil é o país da piada pronta. É, na verdade, a grande piada. Você jura que acabou de ler uma manchete do Sensacionalista ou do Joselito Muller, apenas para descobrir depois que a coisa é séria. Muito séria. Vejam essa notícia:

Condenada a 39 anos de prisão por matar os pais, Suzane von Richthofen deixou a Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, a P1 feminina de Tremembé (SP), na manhã desta quarta-feira (4), para a saída temporária de Dia das Mães.

Ela deixou a unidade um dia antes das demais presas, que terão direito ao benefício a partir das 8h desta quinta (5).

Desde que foi condenada, em 2006, essa é a segunda vez que Suzane tem direito à saída temporária – sendo a primeira no Dia das Mães. Ela deve retornar na próxima terça-feira (10) até 18h, junto com as outras presas.

Antecipação de saída

De acordo com o defensor de Suzane, Rui Freire, apesar de não ter havido um pedido formal para antecipação da saída da presa, essa era um medida esperada.

“É uma questão de segurança que normalmente a direção do presídio adota. Suzane é um presa que sofre muito assédio, então isso deve ter sido considerado”, afirmou Freire. Ele não informou onde Suzane ficará no período em que estiver fora do presídio.

Em qualquer país sério, alguém que participou do assassinato dos próprios pais teria prisão perpétua decretada. Em alguns lugares, seria caso de pena de morte, punição controversa, mas sem dúvida mais defensável do que a soltura precoce de quem cometeu crime hediondo. E nada pode ser mais hediondo do que tirar deliberadamente a vida de quem a deu.

Já no Brasil, eis o que acontece: a moça assassina recebe indulto. De Dia das Mães! Ela, que matou a própria mãe! No começo, você acha quase graça. Depois, quando você se dá conta de tudo que isso representa, de como esse caso ilustra tão bem toda a desgraça que é o Brasil, um projeto fracassado de nação, você troca o sorriso pelo choro de desespero.

Foi meu amigo Alexandre Borges quem melhor resumiu o que isso tudo quer dizer: “Suzane von Richthofen livre para o Dia das Mães. Depois vocês estranham petista defendendo democracia”. É isso aí. Brasil, o país da piada (seu graça) pronta. O país em que assassina da própria mãe recebe indulto de Dia das Mães, e que defensores da ditadura cubana posam de democratas. O que deu errado com nosso país? Ou seria melhor perguntar: o que deu certo?

O único culpado pela destruição econômica. Ou: a psicopatia dos petistas

Rebater todas as mentiras do PT cansa, mas é algo que tem de ser feito. A tática desses mentirosos compulsivos talvez seja vencer pelo cansaço, mas felizmente há gente do lado de cá com paciência, muita paciência. É o caso de Alexandre Schwartsman, que vem desconstruindo cada falácia petista ao longo de suas colunas na Folha. Hoje, ridicularizou, com argumentos e fatos, a “tese” de Dilma, de que a culpa de nossa crise é da oposição.

Foi a oposição que reduziu na marra tarifas de energia? Foi a oposição que expandiu o crédito nos bancos públicos como se não houvesse amanhã? Foi a oposição que usou a Petrobras como instrumento político e destruiu a estatal? Foi a oposição que deixou os gastos públicos aumentarem de forma descontrolada? Enfim, foi a oposição que criou a “nova matriz macroeconômica”, aplaudida por muitos “economistas”, “empresários” e “intelectuais” que agora se fazem de inocentes? Schwartsman conclui:

A lista poderia se estender ainda mais, tendo como fator comum a ausência de deliberação da oposição em decisões que, ao final das contas, caíam todas na esfera governamental. Não deve restar dúvida de que há um único responsável pelo desastre econômico em que o país se encontra: o governo federal, sob comando da presidente Dilma Rousseff.

E que não se exima o PT, que apoiou entusiasticamente a política econômica (assim como os keynesianos de quermesse que hoje fingem não ter nada a ver com assunto), mas se opõe ferozmente às tentativas de corrigir a Previdência ou atacar vinculações orçamentárias.

A oposição não é grande coisa, mas há apenas um culpado pela crise: o atual governo, presidente à frente e PT no apoio. O resto é apenas covardia e (mais) mentira para a campanha de 2018.

O PT vive da mentira. Não satisfeito em destruir o Brasil, quer bancar a vítima ainda por cima. É demais da conta. É coisa de psicopata mesmo. E para quem acha que exagero, fecho com o comentário de Paulo Figueiredo Filho, que captura bem o tipo de prioridade que vai na cabeça-oca dessa gente inescrupulosa:

A mulher desemprega 11 milhões de brasileiros, enfia o país na maior crise econômica da sua história e é reprovada por 90% da população…. mas a única coisa que a entristece é não poder estar lá nas Olimpíadas. Se isso não é um diagnóstico clínico definitivo de piscopatia, eu não sei o que é.

Nem eu.

Professor de filosofia é intimidado na UFPE por militantes de esquerda

Sabemos como é o ambiente universitário no Brasil: totalmente dominado por uma patota marxista organizada e barulhenta. Não falam, nem de perto, em nome da maioria, mas se julgam os detentores da Verdade e, portanto, no direito de impor sua visão “revolucionária” de mundo aos demais. São intolerantes, arrogantes e autoritários. E é esse o maior inimigo da liberdade no Brasil, não o PT. O PT, na verdade, é sintoma desse mal maior que nos assola.

Por isso é importante o relato do professor Rodrigo Jungmann, da UFPE. Sabemos que existem vários casos similares, e precisamos trazer à tona esse modus operandi da esquerda para reverter a situação. Liberais e conservadores estão, pela primeira vez em décadas, insurgindo-se contra essa tirania marxista. Os militantes não vão levar no grito. E os professores e alunos que ousarem desafiar essa gente devem saber que têm aliados aqui, do lado independente da imprensa. Eis o caso que ele divulgou em sua página do Facebook:

No dia de ontem, entre às 15h e às 18h, ocorreu no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), um evento intitulado “Marxismo Cultural”, coordenado por mim, que apresentei uma curta palestra introdutória.

Deixei claro desde o início, o que pode se facilmente provado pelas gravações realizadas, que o evento seria fortemente crítico ao Marxismo, mas que não pretendia, por um momento, ser um evento autoritário. Tanto assim é que deixei claro que a palavra seria franqueada ao final das palestras para que todos se sentissem livres para manifestar seja sua concordância, seja sua discordância.

Em seguida, os alunos Eduardo LealRodrigo Roberto e Sabryna Thais trataram de vários temas, mas muito especificamente, e pela ordem, do gramscismo, da influência do marxismo no movimento feminista e dos usos políticos da linguagem no movimento conhecido como Politicamente Correto.

A maioria esmagadora dos assistentes acolheu as palestras com manifesto agrado. Contudo, desde o começo ficou claro que naquela sala havia também alguns radicais de esquerda.

Eis que algum desses sai da sala, procura a docente conhecida como Lady Selma, do Departamento de Antropologia, prestando-se dessa forma a um vexatório papel de leva-e-traz.

Mas por que isso se deu? O palestrante Rodrigo Roberto mencionara em sua fala uma feminista chamada Sulamith Firestone [checarei o prenome]. Com a adequada confirmação baseada em fontes textuais, o jovem em questão demonstrou que a referida feminista radical nutre uma clara simpatia pela pedofilia.

Consumado o leva-e-traz, a docente Lady Selma, julgou-se no direito de invadir a sala do evento, manifestando-se em tom visivelmente intimidatorio, ladeada por um séquito de alunos radicais. A Lady Selma repudiou o que chamou de falsa associação entre o feminismo e a pedofilia. Ocorre que em momento algum se disse que todas as feministas são pedófilas. A acusação, comprovada, tinha como alvo apenas uma pessoa.

Houve da parte dos radicais uma tremenda balbúrdia e o canto de gritos de guerra. A duras penas, conseguimos que se retirassem da sala.

Dirigindo-se a minha pessoa, ainda uma vez mais em tom intimidatório, exigiu saber meu nome, em que departamento leciono, há quantos anos pertenço aos quadros da Universidade Federal de Pernambuco. Acrescentou que leciona na casa há vinte anos – como se isso fosse argumento…

Para cúmulo dos cúmulos, a referida senhora me disse: “Eu sei que você quer me bater”.

Não. Eu não quero. Eu quero apenas ver a liberdade de expressão plenamente respeitada nas universidades federais.

A maior parte do evento foi gravada e posso estimar em algumas dezenas o número de presentes que poderá confirmar a veracidade do que digo.

Que prevaleçam a verdade e a liberdade!

Um dos presentes faz um relato em linha com o do professor:

Hoje, terça-feira, 03 de Maio de 2016, houve uma palestra com o tema “Marxismo Cultural” organizada pelo grupo conservador Contra ponto, mais o Movimento Brasil Livre – Pernambuco, tutelados pelo professor de Filosofia da UFPE, Rodrigo, no Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFPE.

Estava claro que o que haveria ali seria uma análise crítica do marxismo, principalmente em sua vertente Frankfurtiana. Grupos de esquerda infiltram militantes em nosso meio para passar relatórios do que estava sendo dito (alguma semelhança com a censura do regime militar?), após uma citação acompanhada de uma crítica ao movimento feminista, a sala foi invadida por uma turba de militantes (feministas, marxistas e etc) liderada por uma certa professora de antropologia, desrespeitando a ordem do evento e questionando o teor do mesmo e o que estava sendo dito ali. Perdemos mais meia hora de aula, além de sermos agredidos com gritos de ordem.

A Constituição brasileira em seu quinto artigo deixa clara a liberdade de expressão e a proibição da censura. Durante toda a palestra ficou claro que dissidentes poderiam expor de forma sensata sua discordância, no entanto, fomos interrompidos por esquerdistas que não aceitam divergência, não entendem o real significado de um Estado Democrático de Direito e trata com desrespeito aqueles que fogem de seu sistema e ideológico. Diariamente Deus é criticado, a civilização ocidental é criticada, a igreja cristã é criticada, a família tradicional é criticada em aulas como a dessa professora de antropologia, mas não existe turba de patrulhamento ideológico alguma que a interrompa.

O que me impressiona é o fato destas mesma pessoas se dizerem anti-fascistas, defensores da democracia, mas não conseguem respeitar direitos fundamentais de seus dissidentes.

Agradeço a Deus, pois não fomos cuspidos e, nem tampouco, “cagados”. E eles que tratem de se acostumar, pois a juventude de Direita ressurgiu para ficar.

Essa claque acha mesmo que vai levar no grito? O Brasil está mudando, gente! O PT vai cair! E não vamos mais aceitar calados essa ditadura de esquerda na cultura. Sua hegemonia está com os dias contados. Podem tentar nos intimidar, cuspir, gritar: não vai funcionar. Somos mais fortes, somos maioria, e estamos do lado certo da história. Os fascistas são vocês! E não passarão…

O (des)governo segue barganhando com a população

Essa semana foi noticiado pelo jornal O Globo e a revista Exameque a presidente Dilma, juntamente com a sua equipe, planeja enviar ao Congresso Nacional até sexta feira, um projeto que, se aprovado em duas votações na Câmara e no Senado, adiantaria as eleições presidenciais para outubro, caso ela renuncie. A equipe da presidente também enviou ao gabinete do vice presidente um pedido que ele a acompanhe e renuncie também, segundo a própria reportagem.

Hoje, a Constituição prevê que ocorreriam novas eleições presidenciais ainda esse ano se toda a chapa renunciasse, ou seja, tanto a presidente Dilma quanto o vice-presidente Michel Temer. O vice-presidente faz parte da oposição que apoia o impedimento do mandato de Dilma Rousseff e, claramente, não embarcaria no plano da presidente. Em um momento de crise econômica, propor novas eleições estando à beira de perder o mandato é um ato de irresponsabilidade, diga-se, por sinal, palavra constante no (des)governo petista, já que os custos para novas eleições são altíssimos e hoje desnecessários.

Na semana passada, a revista Carta Capital noticiou uma pesquisa em que demonstra que 70% dos jovens anseiam por novas eleições diretas e gerais, não apresentando, claro, o método de pesquisa e os detalhes da pesquisa. Se pesquisarmos hoje entre os jovens da juventude petista, teremos números parecidos com esse, já que o impedimento está a cada dia mais inevitável. Porém, não discutiremos aqui os métodos de pesquisa e nem a sua moralidade.

Na última semana, a presidente, ainda em atividade, iniciou uma série de medidas que prometeu no início da sua campanha presidenciável, lá em 2010, como uma demarcação real das terras indígenas e aumento do Bolsa Família. São medidas ótimas e necessárias se analisadas as tamanhas dificuldades que os beneficiados dessas políticas públicas passam diariamente. Apesar do Bolsa Família possuir seus defeitos, ainda é uma assistência que contribui muito para o desenvolvimento, principalmente, no interior do país. Entretanto, não é a intenção analisar os programas governamentais e sim desmembrar a intenção da presidente em anunciar essas medidas faltando uma semana para o seu provável afastamento pelo Senado Federal.

Então, já que são medidas importantes e faziam parte do plano da presidente nas duas campanhas, porque implementá-las agora? Trata-se, obviamente, de atos para realçar a sua popularidade entre os indecisos quanto aos ritos do processo, uma forma de fermentar a sua imagem tão desgastada. Esse último resquício de poder ao tentar aprovar essa PEC e propor novas eleições é um ataque desesperado por popularidade, tentando aproveitar-se da notícia de uma revista que recebeu dinheiro da Lava Jato para defender o governo e atacar a oposição. É uma tentativa inútil, isso é óbvio, já que nenhuma proposta da presidente vai ser aceita pelo Congresso; ela precisaria de 308 dos votos para a PEC ser aprovada e conseguiu menos de 150 para manter o seu mandato.

O objetivo é claro: a presidente e o Partido dos Trabalhadores levantarão a bandeira da democracia, defenderão os interesses da “maioria jovem que anseia por novas eleições” e, no fim, serão impedidos pela elite, pela oposição golpista que só deseja entregar o Brasil ao capital estrangeiro. Mais uma vez o PT mostra que o seu forte na política é o marketing e não suas ideias de fato.

Dias após anunciar as demarcações indígenas, o próprio governo adiou a reunião. Essa semana a presidente aumentou o IOF, prejudicando a própria juventude que defende o governo e planeja estudar no exterior como forma de melhor qualificar-se, já que as universidades brasileiras, as da Pátria Educadora, estão sucateadas.

Acabou, querida! Seria mais digno que a renúncia ocorresse logo, que todo o desgaste de umimpeachmentdeixasse de existir para que então possamos iniciar um plano de governo responsável com as contas públicas. Não há de crer que esse plano de governo virá da oposição que assumirá o governo. Muito difícil confiar no partido que por anos foi o braço direito do governo e por prestígio político decidiu abandonar o barco. Porém, o país está parado há meses enquanto a economia definha. As atitudes necessárias para melhorar o país dificilmente virão do PT. Uma das provas disso foi a tentativa de incluir Lula na lista de ministros para que, claramente, dispusesse de imunidade parlamentar e barrar as investigações contra ele. Essa foi a prova material de que o partido busca a todo custo perpetuar-se no poder, pouco se importando para os meios.

Com as medidas de popularidade que vimos ao longo desses anos chegamos onde estamos, com projetos para garantir apenas a imagem do indivíduo ignorando os deveres do cargo, o país está em uma recessão nunca antes vista.  Que dessa vez não nos deixemos enganar e que não se tolerem barganhas políticas em torno do impedimento. Que agora todos que assumirem o mais alto cargo do país sejam cobrados por atos responsáveis, fundamentados e positivos.

Beltrame apático: A cara de um Rio que insiste em não dar certo

O meu “querido” Rio de Janeiro cansa. Como cansa! Capital nacional da esquerda caviar, ícone da “malandragem” que assola nosso país, o Rio é uma espécie de Brasil ampliado. Se o “jeitinho” é uma mazela nacional, no Rio ele existe em dobro. Se a violência é um problema no país todo, no Rio ela vive dentro dos bairros mais nobres, em favelas dominadas pelo tráfico bem ao lado do metro quadrado mais caro do país. Se o petrolão e a Petrobras causam danos graves ao Brasil, no Rio isso significa a falência total.

E é nesse ambiente desesperançoso que o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, mostra-se também abatido, cansado. Segundo reportagem do GLOBO, ele estaria quase desistindo de seu trabalho, sem o tradicional otimismo que demonstrava antes, apático:

A falta de perspectivas para planejar a política de segurança no ano das Olimpíadas, em decorrência da crise financeira do estado, motivou o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, a fazer um desabafo: “Já pensei várias vezes em largar o cargo”. Embora tenha dito que ainda pode dar sua contribuição, Beltrame, sem o otimismo que virou sua marca registrada ao longo dos nove anos na pasta, afirmou nesta terça-feira que, como administrador, fica angustiado por não ter o que fazer, pois não há dinheiro nos cofres do estado. O orçamento inicial da pasta, que inclui as polícias Militar e Civil, além do Instituto de Segurança Pública, era de R$ 11,6 bilhões no início do ano. No entanto, por causa do contingenciamento imposto pela Secretaria de Fazenda, o valor caiu para R$ 7,88 bilhões.

— A gente vê o estado numa situação de miserabilidade, a ponto de os salários dos servidores, principalmente inativos, não serem pagos. Programas de metas de incentivo aos policiais e o Regime Adicional de Serviço (RAS) foram por água abaixo (no mês passado, o governo do estado pagou os atrasados de novembro). Vejo as aeronaves e os carros blindados, que a polícia foi buscar lá fora, parados. É uma situação complicadíssima, que, sem dúvida, compromete o trabalho da segurança pública — afirmou.

[…]

— Acho que ainda há muita coisa a ser feita pelo Rio. Graças à Comissão de Segurança da Alerj, o projeto das UPPs é o único que ainda não parou. Mas, se a gente não tiver um estado estruturado economicamente, não há política pública que se sustente — disse ele. — Eu tenho fôlego para fazer os projetos que me comprometi a executar. Obviamente que, na medida em que não consigo concluí-los, sem dúvida alguma não preciso ficar aqui.

As UPPs animaram muita gente, era algo novo, diferente, ainda que merecessem as críticas que receberam de alguns formadores de opinião, como Reinaldo Azevedo, que a chamava de “política de espanta ladrão”. Mas havia uma estratégia para quem não desejava lançar o Rio numa guerra civil completa. Primeiro, dominar o território. Depois, resgatar o lado social nessas favelas. Só que tudo isso parece ameaçado agora. Uma gestão temerária, dependente demais do petróleo, inspirada em seu aliado no governo federal, irresponsável, populista, acabou quebrando o estado.

“Ele está num estado de depressão enorme. Viveu a glória de ter enfrentado, de forma criativa, o domínio territorial do tráfico. Devemos isso a ele. Beltrame sempre foi bem disposto, com respostas diretas. Hoje, está apático”, comentou Carlos Minc. Sua apatia é o retrato de um Rio de Janeiro apático, dominado pelo crime, tomado por bandidos que acabam defendidos pela elite da esquerda caviar, como se fossem “vítimas da sociedade”.

Uma ciclovia que cai três meses após sua inauguração, matando duas pessoas, eis outro retrato da “cidade maravilhosa”. É tudo muito esculhambado, muito desorganizado, feito nas coxas. A impunidade impera, a ideologia retrógrada de esquerda campeia. Os “intelectuais”, artistas engajados e servidores públicos em busca de privilégios pululam. Sindicalistas oportunistas estão por todo lugar. É “malandro” demais para otário de menos.

Eis a tese que defendo e desenvolvo em meu novo livro, Brasileiro é otário? – O alto custo da nossa malandragem, pela editora Record, que deve ser lançado nos próximos meses. O fenômeno é nacional, claro, mas o caso do Rio é pior, e uso como base, inclusive comparando num capítulo com a América, onde vivo há um ano. É covardia. E o principal empecilho ao nosso progresso é a mentalidade, a cultura do brasileiro em geral.

Eles costumam enaltecer as “comunidades pobres” de longe, e justificam a bandidagem e cospem na polícia até um bandido aparecer em suas vidas, quando torcem para um policial estar por perto. Pura hipocrisia. Nem todos podem ir para Paris como Chico Buarque ou Zé de Abreu. Por isso mesmo é preciso enfrentar o problema com coragem e realismo. Não é fácil manter a esperança. Mas o fatalismo em nada ajuda. Se acharmos que o Rio (e o Brasil) jamais terá jeito, aí que ele não terá mesmo.Beltrame tentou remar contra essa maré e fazer um trabalho sério, ao que tudo indica. Não conseguiu grandes resultados. Mas não podemos desistir. Não podemos entregar o Rio ao PSOL da vida, o que seria o caos total, a barbárie. As pessoas de bem precisam lutar. Sei que tudo isso cansa muito. Mas a alternativa é ver o Rio todo virar uma grande favela. Os “intelectuais” e artistas, nesse caso, não achariam tanta graça, vendo seus luxuosos apartamentos no Leblon e Ipanema despencando de valor.

Força, Beltrame! E que outras pessoas sérias e com determinação de combater o câncer da impunidade e da “malandragem” surjam na vida pública e também na iniciativa privada. Foram empresários unidos que conseguiram, em parceria com o governo, melhorar a situação no Espírito Santo, longe ainda do ideal, mas melhor do que o caos de antes. O Rio está um caos. Eu sei, pois estive quase abril todo lá, e minha família e amigos vivem na “cidade maravilhosa”.

O Rio tem vocação para o fracasso “charmoso”. Mas não precisamos aceitar isso como um destino inexorável. O que precisa mudar é a mentalidade, a cultura, a atitude!

Caetano diz que funk é a nova tropicália: É o brasil descendo a ladeira…

Quase cinco décadas após o surgimento do Tropicalismo, seu espírito revolucionário ainda sobrevive na música, na forma de ‘surpresas que revelam a força da música popular brasileira e o imenso potencial do Brasil’. A avaliação vem de nada menos do que Caetano Veloso, um dos cabeças do movimento dos anos 60.

São quase nove horas da noite. Ainda sem tomar café da manhã, Caetano, de 73 anos, ele não titubeia ao ser questionado sobre o que seria hoje uma Tropicália ainda inexplorada. “O funk carioca, o sertanejo universitário e os restos da axé music”, ele diz.

“Ontem fui ver um show da (funkeira) Anitta. Ela é muito boa, muito afinada”, disse. “O funk no Brasil hoje é uma coisa totalmente brasileira. E as letras, que às vezes são muito obscenas, ou ligadas ao narcotráfico e à bandidagem, ficaram cada vez mais criativas. Os efeitos sonoros também”, acrescentou.

Sinceramente: eu vejo isso como mais um sinal de nossa decadência moral, de nossa baixa exigência estética, de nossa eterna politização das “artes”. O tropicalismo já era chato pra chuchu, em minha humilde opinião. Essa turma da MPB, que não tem tanto de popular como pensa, adora posar de “intelectual” engajado e faz umas musiquinhas bem pentelhas. Não vamos esquecer que chegaram, lá atrás, a fazer marcha contra a guitarra elétrica. Isso mesmo!

Adoro música, e tenho o gosto bem eclético. Até mesmo um ou outro funk desce, mas só como diversão momentânea. Não dá para encarar o estilo em geral como algo louvável, refinado. E eis o ponto: em vez de o pessoal do “povão” olhar para as elites como fonte de inspiração, ocorre justamente o contrário: as elites culpadas da esquerda caviar, doutrinadas na ideologia do “bom selvagem”, encaram tudo que vem das favelas como mais “genuíno”, como mais “cool”.

É por isso que tantas patricinhas vão aos “pancadões” dançar ao ritmo de funk e cantar, eventualmente, aquelas letras “fantásticas” que pintam policiais como fascistas que merecem levar chumbo e mulheres como objetos sexuais (isso gera um tilt nas feministas: condenar o funk e arriscar a fama de “preconceituosas” ou ficar calada em sua incoerência?). Nada como uma elite culpada flertando com a vida “natural” por alguns minutos, como aquela turma que adora visitar favelas como se fossem zoológicos humanos.

Vivemos um desnível cultural muito grande, e estamos nivelando tudo por baixo. Coloquem Anitta perto de um Beethoven ou Mozart: preferências musicais à parte, alguém consegue mesmo afirmar que se trata da mesma coisa, tudo… arte? O fenômeno que observamos é, infelizmente, mundial e geral. Está em todo lugar. Nas “artes” contemporâneas vemos a mesma coisa: o ruim sendo valorizado, o efêmero suplantando o eterno, o feio desbancando o belo, o “protesto político” substituindo a verdadeira arte. Ideologia vem em primeiro lugar. E money talks, bulshit walks. Há muita grana envolvida nesses projetos voltados para “as massas”…

Escutei esses dias o novo disco duplo do Dream Theater, “The Astonishing“. Sei que nem todos apreciam o heavy metal progressivo deles, mas o talento de cada um é inegável. São feras! E o esforço empreendido nessa obra é de tirar o chapéu: trata-se de uma distopia em 2285 em que a música morreu, foi trocada por máquinas de fazer barulho (que tocam funk, talvez?). Uma história completa, um misto de Star Wars com Divergente e Footloose, com o heroísmo do “escolhido” que desafia o imperador insensível para resgatar a vida, o sonho, o amor, a música. Uma história interessante, com letras e músicas impactantes, ao menos para mim. Como disse o líder da banda, não é um álbum para se escutar enquanto se joga video-game. Exige mais do ouvinte.

Como comparar todo um trabalho desses com as porcarias que vemos por aí, enaltecidas por “intelectuais” admirados pelo que vem “do povo”? Preferia quando os padrões eram mais elevados, quando se esperava mais dos indivíduos, inclusive dos que vinham “do andar de baixo”, o que nunca foi obstáculo intransponível para os legítimos artistas. Hoje, nos contentamos com qualquer lixo. O que está acontecendo com o mundo?

As democracias pioram a qualidade de seus representantes, as “artes” acabam em cocô e análise do fiofó alheio, as músicas são substituídas por grunhidos sem sentido. Tudo parece parte do mesmo fenômeno: a “rebelião das massas”, como diria Ortega y Gasset. O vulgar se descobriu em maior quantidade e resolveu impor toda a sua vulgaridade como um direito natural. Argumentum ad populum. A lei do maior número. Tudo bem “democrático”. Quem precisa de Shakespeare quando se tem Paulo Coelho e Dan Brown? E quem vai apreciar música boa de verdade quando se tem os efeitos visuais de Anitta no palco? Pre-pa-ra!

Num mundo desses, em que o funk é admirado pelas elites como “revolucionário”, acabamos tendo um Caetano Veloso como “intelectual”. É assustador…

PODCAST DO DIA: Justiça se aproxima do chefe da quadrilha petista

Comento a ótima notícia de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entregou denúncia ao STF acusando Lula de chefe da quadrilha na Petrobras.

» Ouça o PODCAST na íntegra

Lei de Responsabilidade fiscal completa 16 anos… Totalmente rasgada pelo PT

A Lei de Responsabilidade Fiscal, promulgada no dia 04 de maio de 2000, foi criada como um instrumento de controle das contas públicas, em nível nacional, estadual ou municipal, com o objetivo de promover a responsabilidade na gestão fiscal. Hoje, 16 anos depois que o entrou em vigor, o artigo mais comentado pela sociedade é o 36, que diz respeito às chamadas pedaladas fiscais. “Ele vai vedar questões relativas as operações de crédito. Segundo o artigo, é proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da federação que a controle, na condição de beneficiário do empréstimo”, explica Alessandra Serrazes, coordenadora do MBA Gestão e Políticas Públicas do Ibmec/DF.

O artigo 36 da LRF, entretanto, não proíbe o inverso, quando a instituição financeira controlada adquire Títulos da Dívida Pública como um investimento. “O que não pode é o Estado se beneficiar da instituição financeira que ele controla”, conclui Alessandra. “Efetivamente, a lei veda que o banco público financie os gastos do governo que o controla. Este é o mote do artigo. E esta vedação ocorre para evitar que os governos tivessem descontrole nas contas públicas. O governo tem que viver o orçamento que é dele, não o orçamento que não o pertence”, conclui a professora.

Outro artigo da Lei de Responsabilidade Fiscal que merece destaque no atual momento vivido pelo Brasil é o 14. De acordo com este trecho da LRF, todas as vezes que for gerada renúncia fiscal ou débito para o Estado, isso deve ser feito por meio de uma compensação financeira e orçamentária. “Isso significa que você pode dar uma isenção de tributo, por exemplo, do IPI para os carros, mas a compensação deve vir de algum lugar”, exemplifica a coordenadora do MBA Gestão e Políticas Públicas do Ibmec/DF. Outro exemplo dado por Alessandra para ilustrar este artigo é o caso dos chamados projetos autorizativos, que são apresentados na Câmara por deputados. Quando o projeto que autoriza a criação de uma universidade, por exemplo, é apresentado, é preciso que fique claro de onde virão os recursos para esta implantação. Caso isso não ocorra, o texto acaba por ser barrado na Comissão Fiscal.

Um dos objetivos da criação da LRF foi o de não inviabilizar administrativamente o novo eleito. Todas os débitos que um governo possa ter em exercício, devem ser quitados no mesmo mandato, segundo a lei. “As vedações trazidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal, aconteceram porque o Brasil vinha numa lógica inflacionária. Controlando as finanças públicas seria possível, também, o controle orçamentário e inflacionário.  Quando existia a liberdade total, o problema era repassado ao próximo mandado e o próximo gestor público tinha que lidar com ela. E aí a gente tinha uma lógica de descontrole das contas públicas que acabavam influenciando a inflação”, conclui Alessandra Serrazes, coordenadora do MBA Gestão e Políticas Públicas do Ibmec/DF.

Comento: Como fica claro, toda a essência, todo o espírito da lei e vários de seus itens foram ignorados, abandonados, rasgados pelo governo petista e pela presidente Dilma. A LRF foi uma grande conquista da sociedade brasileira. Seu princípio é bastante básico: o governo não deve gastar mais do que tem, e jamais deve maquiar as contas para esconder rombos ou obrigar bancos públicos a emprestar recursos para tanto. O Congresso aprova um Orçamento e este deve ser respeitado. Dilma fez tudo ao contrário, e deixou esqueletos de mais de R$ 70 bilhões. É fraude. É crime. E por isso vai sofrer impeachment. Que a lição seja aprendida por todos: orçamento fiscal é coisa séria. Qualquer dona de casa compreende isso. O estado também deve estar sujeito a tais restrições. A LRF é uma boa lei, fundamental para a boa gestão da coisa pública. Nunca antes na história deste país se viu um governo tão irresponsável nessa área. Punir severamente Dilma e sua equipe é crucial para salvar e valorizar a Lei de Responsabilidade Fiscal, que faz aniversário hoje.

Se não tem tu, vai tu mesmo. Ou: Agora somos todos Trump!

Ted Cruz, um dos candidatos com mais consistência conservadora na corrida presidencial, desistiu após a massacrante derrota em Indiana, o que coloca Donald Trump virtualmente como o candidato pelo Partido Republicano. Não é um quadro que desperte suspiros de emoção nos conservadores tradicionais, e basta ver como vários de renome lutaram contra sua indicação. Fizeram de tudo, mas o topete resistiu, firme e forte. Esse é o ano de um outsider, como resumiu Dr. Carson, ele mesmo uma das boas opções que morreu no caminho.

Unir o Partido Republicano: eis o grande desafio de Trump agora. Quando foi ficando claro que ele realmente tinha grandes chances de levar, sua retórica já foi suavizando um pouco. Muito de seu estilo é tática deliberada para chamar a atenção e atrair esse típico eleitorado cansado do establishment, da elite política tradicional. Trump é menos maluco e descontrolado do que aparenta, isso está claro. Mesmo assim, não será nada fácil ele unir os conservadores em torno de sua candidatura, pois se mostrou polêmico demais e populista demais para o gosto de muitos.

Seu grande aliado nessa batalha é Hillary Clinton. Política é a arte do possível. Trump está longe de ser o candidato ideal, ainda mais para quem tinha Ted Cruz, Marco Rubio, Ben Carson, Carly Fiorina e tantos outros com um preparo e um viés conservador mais sólido. O problema é que nenhum deles cativou os eleitores republicanos. Apenas Trump o fez, e em nível recorde, atraindo gente que não votava há tempos. Ou seja, Trump foi capaz de seduzir “carne nova”, e isso é fundamental em política. É o que restou aos que não aguentam mais o esquerdismo de Obama e do Partido Democrata.

Logo, sendo as únicas opções Trump ou Hillary (ao que tudo indica, pois ela tomou um calor em Indiana e perdeu do velho gagá comunista Bernie Sanders), todos aqueles saturados do politicamente correto, da marcha dos “oprimidos”, da geração mimimi que só enxerga “direitos” e nunca deveres, do antiamericanismo implícito na mensagem multiculturalista, de um governo inchado que cria dependência nos mais pobres, todos esses terão de tampar o nariz e apoiar Trump.

Esqueçam tudo que escutam sobre política americana na imprensa brasileira: só sai lixo! São todos esquerdistas, e por isso pintam os Republicanos como ultraconservadores neandertais machistas e homofóbicos, enquanto os Democratas são vistos como moderados, simpáticos e humanitários altruístas. Obama fez uma péssima gestão, interna e externa, enfraqueceu os Estados Unidos e fortaleceu seus inimigos, não foi capaz de entregar a recuperação econômica prometida e expandiu bastante os tentáculos do Leviatã, criando mais dependência do estado.

É hora de combater isso. O país – e o mundo – não aguentam mais quatro ou oito anos de esquerdismo. E Hillary é bem de esquerda, ao contrário do que nossa imprensa imagina (ela mesma encantada com “o primeiro negro” presidente e, agora, com “a primeira mulher” presidente – como se isso fosse algo desejável por si só, o que o Brasil definitivamente pode atestar que não). Hillary representa mais do mesmo, e o mesmo está indo na direção errada. Trump significa, ao menos, a possibilidade de mudança na direção certa: menos intervenção estatal, mais livre mercado, Estados Unidos falando grosso novamente para intimidar os inimigos da liberdade mundo afora.

Sim, Trump é um tanto imprevisível. Mas, como disse, não é o “maluco” que aparenta, e chegou onde chegou sabendo negociar, ceder, cercar-se de gente competente e trabalhadora. Trump é um empreendedor que já gerou muita riqueza e empregos, enquanto Obama e Hillary são funcionários públicos e políticos de carreira. De um lado, alguém que cria riqueza, pagando muitos impostos; do outro, alguém que só fala em como distribuí-la, consumindo impostos no processo. A escolha é clara.

Nossa imprensa vai detonar Trump, muitos colunistas (esquerdistas) vão chamá-lo de “fascista”, os mesmos que adoram Obama e seu desrespeito ao Congresso e à Constituição, os mesmos que nutrem simpatia até mesmo pelo comunista Sanders. Não caiam nessa. Trump não é o melhor nome que o Partido Republicano tinha, mas é o que restou. E é alguém que, até aqui, mostrou-se vencedor mesmo, conforme prometido. Ninguém achava que ele chegaria tão longe, com tantos recordes. Chegou, contra 16 oponentes de peso. Quem disse que não tem condições de derrotar Hillary Clinton?

Os esquerdistas estavam torcendo para ter Trump como adversário. Devem estar revendo sua estratégia. Se tem alguém que vai falar certas verdades para Hillary na campanha, essa pessoa é Trump. Sem papas na língua. Sem aceitar a pauta esquerdista imposta pela grande mídia. Sem se intimidar por ter uma mulher do outro lado, protegida pelo politicamente correto. Trump vai pra cima de Hillary, vai cobrar coerência, vai colocá-la contra a parede, vai expor sua hipocrisia. A esquerda não está acostumada a isso. E é exatamente o que precisa mudar na política.

Que venha Trump! Se não tem tu, vai tu mesmo. Agora que está definido o candidato contra o esquerdismo, só há uma escolha a fazer: apoiar Donald Trump. Seu principal trunfo não são suas qualidades, mas os defeitos de sua adversária. Pode até ser que ele faça um bom governo. Seria um “plus”. Mas sem dúvida Hillary faria um péssimo governo, e o mundo não aguenta mais isso. Chega de esquerdismo. Chega de multiculturalismo. Chega de “progressismo” politicamente correto. Chega de intervencionismo estatal. Chega de Obamacare. Chega de Planned Parenthood.

É hora de endurecer com os inimigos da liberdade e de aliviar para os empreendedores que criam riqueza. É hora de fazer a América grande novamente!

A esquerda está levando o Brasil para a direita

Não gosto muito deste Fla x Flu. Sinceramente eu preferiria estar lendo O Senhor dos Anéis. Seria melhor acompanhar Frodo pela Terra Média do que ler e escrever sobre Lula, Dilma, Moro, Janaína, Jean Wyllys, Bolsonaro e outros, mas é meu dever. Se ninguém se ocupar com a política hoje, sofreremos por causa dela amanhã. E, para que no futuro possamos nos deliciar com a literatura, é bom garantirmos que não falte papel e dinheiro para a impressão de livros. Na casa da nossa vizinha Venezuela, por exemplo, já falta papel até para as cédulas e o colorido da bandeira já não se vê.

Dito isso, gostaria de chamar a atenção do leitor para dois efeitos que se relacionam com a atual crise política e sua consequente polarização. Como mencionado no título, a Esquerda está levando os brasileiros para a Direita e cada vez mais para a Direita. Claro que a questão é mais profunda, mas não pretendo analisar pormenores.

Primeiro vamos ao efeito positivo. Resumidamente, acredito que o efeito positivo dessa crise política e da queda do império petista é que têm ajudado o brasileiro a notar que o país realmente não é de um partido e que as instituições não são aplicativos programados para serem compatíveis com o aparelhamento do PT. Os trabalhadores, que não têm tempo para bloquear avenidas durante a semana já não caem mais no discurso do caudilho do ABC. As universidades, embora atuem como a mais eficiente ferramenta na manutenção da esquerda histérica, assistem à invasão educada de outras ideias. As redes sociais pululam de opositores ao regime mafioso do Partido dos Trabalhadores. Todo império um dia cai, e, ainda bem, que o bolivarianismo por aqui parece que vai cair do pé antes de ficar Maduro. Em suma, tanta corrupção e crise serviram para mostrar que o PT veio para isso mesmo, para roubar, matar e destruir, e o brasileiro honesto, vendo que virar à Esquerda é acertar o poste da Justiça, prefere convergir em segurança para a Direita.

Agora, o efeito negativo. Notamos uma radicalização que se torna um tanto quanto fanática e que está apenas a um passo da intolerância. O messianismo político não atinge só a Esquerda. Embora existam diferenças claras entre os opositores, o ser humano é o mesmo. A alma humana, independentemente do sentido dado pelo leitor, é inegavelmente falha e os jovens, principalmente eles, devem cuidar com suas paixões. Aristóteles já tinha alertado para isso dizendo que “Em termos de caráter, os jovens são propensos aos desejos passionais e inclinados a fazer o que desejam” [1] e, não parando por ai, acrescenta que eles “Em tudo pecam por excesso e violência, contrariamente à máxima de Quílon” [2], um sábio espartano a quem é atribuída a máxima: “nada em demasia.” O conselho do filósofo serve até hoje, pois somos o mesmo ser humano repleto de paixões desregradas. Não estou dizendo que é preciso dialogar com o Estado Islâmico, por exemplo, como propôs a “nossa” presidente, já que desconfio dos Gandhis modernos que preferem ser abatidos, entretanto cautela com promessas de salvação nunca é demais.

Quanto mais radicalismo de um lado, mais do outro. Se hoje eu colocar você no paredão, amanhã é um amigo seu que me fuzila, e assim até à guerra total. Os radicalismos se nutrem reciprocamente e o resultado disso é sempre o nascimento de um tumor maligno que raramente é extirpado com pequenas cirurgias.

Enfim, a máscara da Esquerda deve ser tirada, mas não arrancada pelas adagas da vingança absoluta. Sei que o radicalismo é mais legal, ele promete coisas que só podemos ter nos filmes, te faz sentir menos culpado e ressentido com suas próprias frustrações e, ainda, de quebra, te dá total legitimidade para externar sua rebeldia através de ações inconsequentes. Já a moderação é aquela mãe chata. Ela não te promete nada que não faça sentido, te mostra que os filmes são assim exatamente por serem filmes e não passa a mão na sua cabeça se você quebrar as coisas por aí. Afinal de contas, ninguém quebra uma vitrine defendendo a prudência.

Tomemos cuidado com as nossas escolhas, principalmente em um momento de crise, já que nós, humanos, somos naturalmente falhos e tendemos mais facilmente ao erro do que ao acerto.

O indivíduo que hoje, legitimamente, luta contra a Esquerda e defende uma causa específica, deve cuidar para não cair na mesma que cai a Esquerda. Deve cuidar para não se tornar só mais um do rebanho ou, dito de outra forma, acabar como um integrante de um coletivo às avessas que prega um radicalismo oposto, mas, nem por isso, muito distante daquele que combate.

A Esquerda está levando o Brasil para a Direita, e isso é positivo, mas cuidado para não se exceder e acabar capotando este veículo que está pode estar nos trazendo vários benefícios em seu porta-malas.

[1] Aristóteles. Retórica. Obras Completas. Biblioteca de Autores Clássicos. Ed. Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2005. p.194.
[2] Ibidem, p.195.

O caso Whatsapp e a completa ignorância do Judiciário brasileiro sobre tudo

Novamente o Brasil vive sob bloqueio do whatsapp por parte da justiça brasileira. Como já escrevi largamente acerca de como o Marco Civil da Internet possibilitou tal arbitrariedade, convido os leitores interessados a acessarem aqui o artigo correspondente.

Para hoje, pretendo abordar outra questão, que é a completa ignorância do poder judiciário sobre tudo o que acontece no dia-a-dia da realidade concreta e a completa falta de empatia com o cidadão.

Anteontem um amigo me relembrou uma piada sempre ouvida nas faculdades de direito: “Sabe qual é a diferença entre um juiz e um desembargador? Um juiz acha que é Deus, e o desembargador tem certeza”.

A essa piada acrescento mais uma: “E qual a diferença entre um desembargador e um ministro do STJ ou STF? O desembargador tem certeza que é Deus e o ministro sabe que é maior que Deus”.

A função estatal judiciária foi pensada, dentro da clássica divisão de poderes de Montesquieu, como um meio de desconcentração de poderes e fiscalização de outros poderes através de um sistema de freios e contrapesos. Nunca é demais lembrar, sua origem e execução é fortemente aristocrática (ou oligárquica, dependendo de como se vê), servindo de contrabalanço a um poder monocrático ou concentrado (rei ou presidente) e a um poder popular democrático ou demagógico (Congresso).

Sendo uma função de natureza aristocrática, o sistema de freios e contrapesos deveria, na medida do possível, desfavorecer o poder judiciário e pender para o lado democrático, representado pelo Parlamento. No entanto, o que ocorre é sempre uma prevalência do poder aristocrático sobre o poder democrático, assim como também sobre o poder monocrático. A última palavra sobre qualquer questão nacional é sempre do poder judiciário.

Esse poder aristocrático judiciário, que sempre prevalece, acaba por subir à cabeça daqueles que compõem seu corpo, o que é altamente perigoso dentro da ideia de manutenção da paz social e da liberdade dos cidadãos.

Esse poder exacerbado se torna ainda mais crítico quando analisada a formação intelectual dessas pessoas. Nas faculdades de direito praticamente não há preocupação em ensino de matérias alheias ao direito, mas importantes no momento de se julgar ações. Filosofia, sociologia e economia são matérias pouco investidas, sempre com conteúdo político marxista, e os alunos normalmente não se interessam por elas, até por quererem estudar leis, mas há uma política das direções voltadas para o esvaziamento dessas matérias. Como elas normalmente não caem em concursos jurídicos importantes, como no caso da magistratura, o juiz empossado no cargo traz consigo gigantescas deficiências fora da parte de conhecimento legislativo.

Na área de finanças, essa deficiência fica muito clara com a recente decisão do STF em conceder liminar para diversos estados praticamente destruindo o conceito de juros compostos, que é a coisa mais natural em um projeto financeiro. Como temos artigo sobre o tema, convido a quem quiser se aprofundar lendo-o aqui.

Além disso, os salários altos, muito acima da média nacional, fazem com que juízes não passem pelos mesmos tipos de problemas e necessidades que o resto da população. O whatsapp hoje não é apenas um aplicativo social, mas também um instrumento de trabalho, com várias empresas fazendo uso dele para se comunicar internamente, com fornecedores e empregados, e também externamente, com clientes. O bloqueio do whatsapp tem consequências econômicas imediatas em um país já combalido por políticas esquerdistas de desintegração da produtividade nacional. Mas isso é irrelevante para quem ganha 30 mil por mês fixos, não importa o que aconteça com o Brasil (isso se não for mais, como no caso do escândalo dos ressarcimentos do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). É normal que um juiz no Rio de Janeiro ganhe mais de 100 mil reais por mês.

E, entenda-se, isso não tem a ver com ganhar muito dinheiro. Empresários multimilionários, que ganham muito mais que esses juízes, possuem essa empatia com o cidadão comum, pois estão pagando impostos, empregando gente e precisando produzir no mercado para continuar com seus ganhos altos e justos. O problema dos juízes está no salário gigantesco, não importando, ou pouco importando, sua produtividade.

Resumindo, o juiz brasileiro é um ser alienado da sociedade. Nada conhece além da fria letra técnica da lei. É um ciborgue pós-moderno de produção de sentenças totalmente alheio à realidade do cidadão que sofre as consequências de seus atos. Para que isso mude, seria necessária uma grande reforma no setor, não apenas com reforço dos instrumentos de freios e contrapesos da sociedade a esse poder arbitrário, mas também dentro de uma reforma na formação intelectual desse juiz e redução de salários a um patamar condigno à sua importância, mas sem fazer dele uma figura alheia aos problemas sociais. Nada muito diferente do político brasileiro, mas isso já é outra história…

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Fonte:
Rodrigo Costantino

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