Inadimplência no mercado de crédito cai pela 1ª vez em um ano em junho, mostra BC

Publicado em 27/07/2016 12:47

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BRASÍLIA (Reuters) - A inadimplência no segmento de recursos livres caiu pela primeira vez em um ano em junho, indo a 5,6 por cento, contra patamar revisado de 5,8 por cento em maio, mas ainda permanecendo perto dos maiores patamares históricos em meio à inflação elevada e desemprego, que afetam diretamente a renda.

Segundo informou o Banco Central nesta quarta-feira, no mesmo mês do ano passado, a inadimplência neste segmento --no qual as taxas de juros são livremente definidas pelas instituições financeiras-- havia ficado em 4,6 por cento.

Em junho, as taxas de juros médios no mesmo segmento ficaram estáveis no patamar também revisado de 52,2 por cento ao ano.

O BC informou ainda que o spread bancário, diferença entre o custo de captação e a taxa efetivamente cobrada pelos bancos ao consumidor final, subiu a 39,7 pontos percentuais, contra nível revisado de 39,6 pontos percentuais em maio.

Como reflexo da postura conservadora dos bancos para emprestar e da falta de apetite dos consumidores em tomar financiamentos, o estoque total de crédito no Brasil caiu 0,5 em junho sobre maio, a 3,130 trilhões de reais, passando a responder por 51,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

"É muito raro a gente ter queda em junho no saldo de crédito, última vez foi em 2001... Está sendo puxado por modalidades principalmente de crédito a empresas, que estão diretamente associadas à atividade econômica", afirmou o chefe do departamento Econômico do BC, Tulio Maciel.

Com isso, o país encerrou o primeiro semestre com contração de 2,8 por cento no crédito, acumulando em 12 meses avanço de 1 por cento.

Para 2016, a expectativa do BC é de aumento de 1 por cento no estoque geral de crédito. Se confirmado, será o desempenho mais fraco para o Brasil desde o início da série histórica do BC para saldos, em março de 2007.

(Por Marcela Ayres)

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Fonte:
Reuters

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1 comentário

  • Lucas Pereira

    Boa noticia! Vamos torcer que o nosso pais retome o crescimento logo!

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Lucas, quando dizem que o governo deve estimular o crédito para salvar a economia, estão na realidade dizendo que a maneira de salvar a economia é aumentando o endividamento das pessoas. Crédito e dívida são nomes distintos para a mesma coisa, vista de lados opostos.

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