Planalto já começa a negociar votação da PEC dos gastos no Senado

Publicado em 25/10/2016 06:20

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Por Lisandra Paraguassu

(Reuters) - O Palácio do Planalto já mira a votação no Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria um teto para os gastos da União e começa a articular as conversas com os senadores para garantir a votação na Casa até a metade de dezembro, informaram à Reuters fontes palacianas.

Este final de semana, Temer conversou com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre o cronograma de votação da PEC na Casa. O presidente tenta marcar para a próxima quarta-feira um jantar, possivelmente no Palácio da Alvorada, para apresentar a PEC aos senadores, nos mesmos moldes do que foi feito com os deputados.

"Vai depender do quórum em Brasília, se vai ter senadores na cidade. Este final de semana tem eleições municipais, não podemos esquecer isso", disse uma das fontes.

A ideia do jantar na quarta-feira é de já apresentar a defesa da PEC aos senadores imediatamente depois da aprovação pela Câmara, em segundo turno, o que deve acontecer na terça-feira.

A avaliação é de que a votação no Senado deverá ser tranquila, sem sustos para a aprovação, mesmo que a oposição faça barulho.

"Não temos ainda um mapa das votações, mas não se imagina grandes dificuldades", disse uma das fontes.

Apesar de ainda ter que enfrentar a segunda votação na Câmara, a avaliação no Planalto é que não haverá dificuldades. Mesmo que o governo não consiga aumentar os votos em plenário, como planejava, a perspectiva é de que a votação será folgada.

"Segundo turno já tem um fator que é a desmobilização, a ideia de que a situação já está tranquila, então o deputado se sente mais à vontade para não vir, ainda mais em semana de eleição municipal. E, nesse caso especificamente, tem o fator Eduardo Cunha. Muitas vezes ele prefere ficar no Estado a ter que vir aqui, ser cobrado, dar explicações por uma eventual relação", disse uma das fontes.

Ainda assim, diz a fonte, a expectativa é de uma votação igual ou maior a do primeiro turno --se o governo conseguir garantir que todos os parlamentares venham a Brasília. Nos últimos dias, o presidente usou boa parte do seu tempo para conversar com líderes e atender deputados.

Na tarde desta segunda-feira, a avaliação dos ministros, que conversaram com suas bases, é de que há uma boa mobilização. Para ajudar a garantir o quórum, Temer prometeu comparecer ao coquetel na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, na noite desta segunda-feira.

Apesar do discurso otimista das fontes palacianas, Maia, ao falar com jornalistas em São Paulo mais cedo, disse que o importante é ter o mínimo necessário para aprovar a PEC, 308 votos.

"O importante para o governo é ganhar. O importante para a base é ter 308 votos. Tudo que vier acima disso é muito bom, muito bem-vindo. A gente espera ter um resultado tão bom quanto no primeiro turno, mas o importante é a vitória para que a matéria possa ir ao Senado", disse.

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Fonte:
Reuters

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