Soja: Mercado abre a semana em campo negativo na CBOT
Nesta segunda-feira (21), os futuros da soja iniciaram a semana operando em campo negativo, registrando ligeiras perdas na Bolsa de Chicago. As cotações, por volta das 10h (horário de Brasília), perdiam entre 5,75 e 10,25 pontos, e o contrato julho já perdia o patamar dos US$ 15,00.
A volatilidade para o mês de abril que vinha sendo antecipada pelos analistas e consultores de mercado continua e acaba tirando a direção dos negócios no cenário internacional. Entretanto, o mercado ainda se mantém bastante sustentado, focando seus fundamentos de oferta e demanda.
"Os fundamentos continuam positivos, mas o mercado ainda é bastante pressionado pelo financeiro, no entanto, nós rompemos a barreira psicológica dos US$ 15,10 (na última semana), isso é um bom sinal. Agora temos obstáculos para tentar furar no US$ 15, 30, que é uma posição que quando se aproxima ainda atrai muitos vendedores, por isso, precisamos batalhar para continuar subindo", explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting.
De acordo com as análises gráficas, a tendência de alta para o mercado ainda se mostra clara, porém, também confirmam essa volatilidade - o que causa momentos pontuais de baixas em função dos movimentos de realização de lucros causados, na maior parte das vezes, pelos fundos de investimentos. Assim, o objetivo do primeiro vencimento é o de passar os US$ 15,30, se consolidar acima desse nível e então buscar os US$ 16/bushel.
"Com essa forte da demanda da China, esse preço de Chicago, do vencimento julho, terá que subir a níveis que provoquem racionamento da demanda para que os EUA tenham um nível razoável de estoques de passagem, mas o risco de cada vez ter que importar mais soja é maior. A demanda está forte, os estoques apertados e produtor não vende", explica Marcos Araújo, analista de mercado da Agrinvest.