Soja: Após forte queda, mercado busca se ajustar em Chicago e opera em alta nesta 6ª

Publicado em 29/01/2016 06:10

Após fechar a sessão anterior com baixas de mais de 14 pontos na Bolsa de Chicago, os futuros da soja, na tarde desta sexta-feira (29), operavam com altas moderadas. Por volta das 14h50 (horário de Brasília), as posições mais negociadas subiam pouco mais de 5 ponto. No entanto, as cotações já voltavam a operar, desde ontem, no patamar dos US$ 8,70 por bushel. 

O mercado parece buscar se ajustar após a forte movimentação trazida pela notícia do cancelamento de uma compra de soja dos EUA pela China da ordem d 395 mil toneladas, e depois de caminhar de lado durante as últimas semanas. Porém, analistas afirmam que é preciso avaliar ainda qual será o impacto dessa informação nos próximos pregões. 

Para Fernando Pimentel, analista de mercado da Agrosecurity, o piso de US$ 8,50 para os contratos mais negociados, no entanto, deverá ser mantido.

Nesta tarde, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), reportou seu novo boletim semanal de vendas. As vendas semanais de soja da safra 2015/16, totalizaram 647,8 mil toneladas, recuando 34% em relação à semana anterior. A China foi responsável pela compra de 296,800 mil toneladas do total e, mais uma vez, se configurou como principal destino da oleaginosa norte-americana.

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira (28):

Soja fecha com forte queda na CBOT após cancelamento da China, mas portos do BR mantém patamar dos R$ 80

Print  anúncio do USDA

A soja despencou na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira (28). Os principais vencimentos da oleaginosa terminaram o dia perdendo cerca de 14 pontos depois que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) confirmou o cancelamento de uma compra de soja da China de 395 mil toneladas. 

Em um mercado que vinha fragilizado pela falta de novidades e caminhando de lado,a notícia chegou para quebrar a estabilidade e pesou severamente sobre as cotações. Apesar da reação imediata dos preços, porém, analistas afirmam que ainda é preciso avaliar qual será o impacto dessa informação nos pregões seguintes. 

Para Fernando Pimentel, analista de mercado da Agrosecurity, o piso de US$ 8,50 para os contratos mais negociados, no entanto, deverá ser mantido. 

Além disso, para saber se essa operação realmente foi um cancelamento por parte da nação asiática, ainda segundo explicam analistas, ou se trata-se de uma mudança de ano safra. Afinal, o volume em questão refere-se à temporada 2014/15. E nesta sexta-feira (29), já será possível obter essa confirmação, uma vez que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) adiou para esta data a divulgação de seu reporte semanal das vendas para exportação que deveria ter sido divulgado nesta quinta (28). 

Mercado Brasileiro

No Brasil, os preços da soja praticados nos portos acompanharam as perdas da soja, porém, o impacto sobre eles foi bem menos severo, e ainda se mantiveram acima dos R$ 80,00 por saca tanto para o produto disponível quanto para o da nova safra. A disputa pelo produto nacional entre as demandas interna e externa, ao lado dos prêmios, ainda é um importante fator de suporte para o mercado, bem como a retração vendedora por parte dos produtores. 

Assim, em Rio Grande, a soja disponível se manteve estável nos R$ 84,00 por saca, enquanto a da safra 2015/16 ficou em R$ 82,50. Já em Paranaguá, os últimos preços foram de, respectivamente, R$ 81,00, fechando o dia com estabilidade e para maio/16, R$ 80,50 e alta de 0,63%. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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3 comentários

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Corrigindo: O BC do Brasil perdeu em 2015, 100 bilhões de REAIS para os especuladores. A Dilma e o PT são ou não a mãezona dos bilionários?

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Embora a determinação dos preços seja influenciada pelos relatórios do USDA, cancelamentos de embarques, etc..., considero essa influência secundária. Os relatórios sempre provocam oscilações violentas nos preços, é o chamado mercado especulado, em termos simples. Reduções ou aumentos nas estimativas de produção e consumo exercem influencia, no entanto compactuo com a idéia do Dalzir Vitória, são duas variáveis que não mudam do dia para a noite, por isso é especulação. Para mim o que está influenciando os preços dos grãos e deixando-os sem direção é a valorização do dólar. Mesmo com a manutenção dos juros pelo FED, o dólar continua sua valorização, isso por que outras potências como o Japão estão adotando politicas para desvalorizar a moeda e "estimular a economia", a China também é outro País com problemas e que está recorrendo a esse expediente inflacionário. O dólar futuro se valoriza e as commodities caem. Os investidores fazem como foi feito no Brasil, quem comprou dólares antecipando os efeitos das politicas do governo brasileiro ganhou rios de dinheiro, só o BC do Brasil perdeu 100 bilhões de dólares.

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Desde agosto de 2015 o preço da soja está entre US$ 8,55 e 9,10..., enquanto não saiu disso não aconteceu nada de novo. Como sugestão, quando os preço estiver congestionado por longos periodos de tempo como agora, utilizem a palavra "correção de preços", para cima ou para baixo, ao invés de "caiu forte". Mais ou menos assim, ..."hoje houve uma correção negativa nos preços, voltando a atingir ... tal e tal valor... No entanto os preços continuam oscilando numa faixa de 8,5 a 9,10, sendo que a ultrapassagem de um desses valores, para cima ou para baixo poderá determinar novos patamares de preços. É apenas uma sugestão.

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