Soja: CBOT opera sem direcionamento na manhã desta 6ª feira tentando se manter acima dos US$ 9,50/bushel

Publicado em 15/04/2016 09:21

Os negócios com a soja na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram em alta na manhã desta sexta-feira (15). O mercado volta a exibir ganhos após a realização de lucros da sessão anterior que encerrou o dia com quedas de 9 pontos. Por volta das 9h08 (horário de Brasília) os principais vencimentos apresentavam valorizações de mais de 2 pontos.

O contrato maio/16 era cotado a US$ 9,50 por bushel, com 2,5 pontos de ganho. O julho/16 exibia 2,25 pontos de alta, valendo US$ 9,58. Já o setembro/16 estava cotado em US$ 9,60 com ganho de 2,75 pontos.

Os dados negativos sobre a economia da China no primeiro trimestre de 2016 exerce pressão sobre o mercado no inicio do pregão. A economia da China cresceu ao ritmo mais lento desde 2009 no primeiro trimestre, mas um salto na dívida parece estar alimentando a recuperação da atividade industrial, do investimento e dos gastos das famílias na segunda maior economia do mundo.

No entanto, durante toda a semana os futuros da oleaginosa tentaram se manter acima dos US$ 9,50/bushel, rompendo o intervalo entre US$ 8,50 e US$ 9,00/bushel que vinha trabalhando desde o segundo semestre de 2015. As altas têm sido motivadas por dados positivos de oferta e demanda.

Nesta manhã, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou a venda de 132 mil toneladas de soja para a China. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2016/17.

Na terça-feira (12) o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) trouxe uma redução nos estoques mundiais do grãos, e um incremento de 1 milhão de toneladas nas compras chinesas desta temporada. Além disso, o volume recorde para o mês de março das importações de soja pela China também dão sustentação ao mercado.

Os analistas lembram ainda que neste momento as atenções começam a voltar-se para as informações climáticas referente ao inicio da safra nos Estados Unidos, onde qualquer alteração nos padrões climáticos acaba influenciando na formação dos preços.

Confira como fechou o mercado na quinta-feira:

Soja em Chicago tem dia de realização de lucros, influência de financeiro e do clima nos EUA

Os contratos futuros da soja em Chicago tiveram um dia de realização de lucros após fortes altas na sessão anterior.  O primeiro vencimento Maio/2016 encerrou cotado a US$ 9,46/bushel com queda de 9,5 pts. Julho encerrou a US$ 9,54/bushel e recuo de 10,25 pts e Agosto/2016 caiu 10,25 pts fechando a US$ 9,56/bushel.

De acordo com Andrea Cordeiro, analista da Labhoro Corretora de Curitiba-PR  "após movimento exagerado do mercado no final da sessão anterior era de se espera alguma correção nas movimentações  desta quinta-feira (14)".  Os negócios também tiveram influência do mercado financeiro com dólar índex (índice que mede a variação da moeda americana frente à uma cesta de moedas) mais forte e petróleo em queda. 

Outro fator que também estimulou o movimento negativo em Chicago foram os mapas climáticos indicando volumes significativos de chuvas nas áreas em plantio nos EUA. "Apesar de ser prematuro falar em redução de área do milho em detrimento da soja em função de um possível atraso no plantio do cereal , os investidores acabaram levando em conta esse fator".  A analista lembra que estamos iniciando o mercado climático nos EUA e qualquer informação relacionada ao clima americano acaba influênciando na formação dos preços. 

Mercado interno

A soja negociada em dois dos principais portos do país teve um dia com variações diferentes. Em Paranaguá, a soja disponível foi negociada a R$ 77,50 /saca com leve alta de 0,65% . Mesmo preço e variação para o grão futuro no porto paranaense.

Já em Rio Grande, o movimento seguiu a tendência do mercado internacional e do dólar, recuando 1,32% para o produto disponível que encerrou o dia valendo R$ 75,00/saca. A soja futura teve indicações de preços a R$ 76,00/saca com queda de 0,26% em relação aos negócios do dia anterior.

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Tags:
Por:
Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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