Soja: Preços em Chicago e no Brasil têm movimentações limitadas; dólar em queda influencia

Publicado em 29/04/2016 13:19

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago vêm, durante toda a sessão desta sexta-feira (29), testando os lados negativo e positivo da tabela. Apesar das oscilações pouco intensas, a volatilidade ainda segue permeando os negócios e, por volta de 12h47 (horário de Brasília), as posições mais negociadas perdiam pouco mais de 1 ponto, levando o contrato maio/16 aos US$ 10,17 e o agosto/16 a US$ 10,27 por bushel. 

O mercado futuro norte-americano vem garantindo, apesar dessa ligeira correção técnica, a terceira semana consecutiva de ganhos na CBOT. E a atuação dos fundos segue presente, mas de forma menos intensa, como é típico do final da semana. As posições mais negociadas registraram, nesses últimos dias, suas máximas em um ano. 

E boa parte desses ganhos se deu em função das adversidades climáticas na América do Sul, as quais tiraram da safra da Argentina, ao menos, 4 milhões de toneladas e do Brasil, aproximadamente 2 milhões, ajustando o quadro geral da oferta. E agora, não só as perdas de quantidade, mas também de qualidade dessa soja, o que, segundo acreditam analistas, garantir mais algum suporte às cotações. 

 "Boa parte dessa safra (da Argentina) está sofrendo com baixos índices de produtividade e redução de qualidade", explica Tobin Gorey, diretor de estratégia agrícola do Commmonwealth Bank, da Austrália. "Agora, se espera um padrão de tempo mais seco para a próxima semana, o que poderá, ao menos, contribuir para o progresso da colheita no país", completa. 

A partir de agora, portanto, com essa melhora do cenário de clima, as novas previsões serão acompanhadas com proximidade para a definição dos preços. Ao mesmo tempo, ganham espaço as informações sobre a nova safra dos Estados e em que condições de tempo deverá se desenvolver nos próximos meses. 

Enquanto isso, no Brasil, as cotações da soja atuam em campo negativo, mas também de forma limitada. Afinal, o dólar, nesta sexta-feira, registra um novo pregão de baixa e, por volta das 13h20 (Brasília), vinha sendo negociado a R$ 3,449, com baixa de 1,39%. 

"A tendência para o dólar segue de queda. O BC entrou e, mesmo assim, o dólar não voltou (a subir)", disse à Reuters o operador de câmbio da Intercam Corretora, Glauber Romano à agência de notícias Reuters. 

A soja disponível, no porto de Rio Grande, vinha sendo cotada a R$ 80,00, com baixa de 0,87%, enquanto a futura, embarque março/17, perdia 1,39% para R$ 85,00 por saca. Os valores indicados, porém, são nominais já que o volume de negócios, neste final de semana, já não se mostra tão intenso. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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