Soja volta a recuar com correção técnica após máximas; julho/16 bateu em US$ 10,96 nesta 3ª

Publicado em 31/05/2016 12:45

Na tarde desta terça-feira (31), o mercado internacional da soja, que vem atuando com certa volatililidade, voltou a operar em campo negativo após iniciar o dia em alta. Os futuros da oleaginosa, porém, operavam próximos da estabilidade e perdia, por volta de 12h20 (horário de Brasília), entre 2 e 5 pontos, à exceção do novembro/16, referência para a safra americana, que vinha cotado a US$ 10,56, mas sem variação. 

Os preços na Bolsa de Chicago registraram, ao longo dos negócios, algumas máximas importantes - como os US$ 10,96 por bushel no vencimento julho/16 - e agora passam por uma correção técnica, segundo explicam analistas nacionais e internacionais. O recuo, porém, já vem sendo amenizado, já que, mais cedo, as perdas eram ligeiramente mais intensas. 

Na CBOT, os negócios retomam suas operações após o feriado do Memorial Day nos Estados Unidos nesta segunda-feira (30), quando a bolsa não funcionou, à espera de novidades, principalmente, sobre a nova safra dos Estados Unidos e as atuais condições de clima por lá. Nesse momento, as preocupações são apenas pontuais e ainda não indicam grandes problemas, como explicam os analistas. 

"O plantio do milho está bem adiantado, próximo da conclusão, e se precisar de alguns dias de junho não terá problema. A soja ainda tem bastante bastante tempo hábil", diz Flávio França Junior, consultor da França Junior Consultoria. 
 
As atenções do mercado à nova safra dos EUA, todavia, estão redobradas, depois que a produção da América do Sul 2015/16 foi revisada para menos. Leia mais:

>> Grãos: Grau de dependência da nova safra dos EUA aumenta após perdas na América do Sul

Hoje será reportado o novo boletim semanal de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e os números, que chegam somente após o encerramento do mercado, podem mexer com os preços nos últimos dias. Os dados chegam às 17h (horário de Brasília), após o fechamento do mercado em Chicago. 

Além disso, os traders acompanham também a movimentação das demais commodities, em especial o petróleo, e do dólar frente às principais moedas internacionais. Segundo analistas, o mercado ainda sente essas influências externas e segue se mostrando ainda bastante sensível à elas, tal qual a seus fundamentos. 

E entre esses fundamentos há, nesta terça, um novo anúncio de vendas feito pelo USDA indicando a demanda mundial ainda aquecida. Foram 213 mil toneladas da oleaginosa em grão, sendo 73 mil da safra 2015/16 e mais 140 mil da 2016/17. O destino não foi revelado. 

Mercado Brasileiro

No Brasil, o dólar sobe frente ao real e contribui, mais uma vez, para a formação dos preçosda soja no Brasill. Entretanto, as baixas em Chicago também pesam e, apesar de ainda altos, os valores deste início de tarde de terça-feira são ligeiramente menores do que os registrados no encerramento dos negócios de ontem. 

Em Rio Grande, a soja disponível era cotada a R$ 89,00 por saca, perdendo 1,11% e, em Paranaguá, R$ 90,00, com queda de 1,10%. Em ambos os portos, porém, estabilidade em R$ 91,00 para o produto da nova safra a ser embarcado entre março e maio do próximo ano. 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário