Soja fecha em alta na CBOT e puxa preços em praças do interior do Brasil nesta 4ª feira

Publicado em 22/06/2016 17:09

O dia foi de intensa volatilidade para os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago na sessão desta quarta-feira (22). Os negócios começaram com ligeira estabilidade, testaram altas mais fortes, mas os preços terminaram o pregão subindo entre 5,25 e 6 pontos nos principais contratos. O novembro/16 terminou valendo US$ 11,16 por bushel. 

O mercado internacional parece tentar buscar uma recuperação depois das últimas quedas, que chegaram a superar os 20 pontos somente nesta semana, e encontrar, novamente, seu ponto de equilíbrio. Analistas afirmam, porém, que serão necessárias novidades fortes para limitar a atuação dos fundos especuladores que, nos últimos dias, têm permanecido na ponta vendedora do mercado, liquidando parte de suas posições e realizando lucros. 

Para o analista de mercado Bryce Knorr, do portal Farm Futures, o recuo registrado pelos futuros do milho em Chicago ontem - a maior dos últimos dois anos, quando os futuros do cereal perderam mais de 20 pontos - trouxe alguma limitação ao movimento de baixa entre os grãos. Trigo e milho também esboçaram altas nesta quarta-feira. 

"O mercado se sentiu uma vítima do forte movimento de venda (de posições) no milho nesta terça-feira (21), apesar das boas notícias vindas do lado da demanda", explica Knorr. Ontem, o USDA anunciou boas vendas de soja em grão e óleo para a China e destinos não revelados com volumes das safras 2015/16 e 2016/17. 

E essas novidades que são esperadas, ainda de acordo com analistas, deverão vir,  principalmente, do Meio-Oeste americano e das condições de clima que tem recebido. E mais do que isso, o quadro climático que vai enfrentar nos próximos dois meses, período determinante para a definição da nova safra norte-americana. 

Até agora, as notícias são boas para as lavouras, ruins para os preços, mas não de forma generalizada. De acordo com informações do portal internacional AgWeb, um tempo mais quente e seco já começa a trazer algum stress para os campos de Iowa e Nebraska, por exemplo. E as previsões climáticas mais alongadas já dão conta de menos chuvas e mais calor para as próximas semanas no Corn Belt. 

Ainda nesta semana, a volatilidade se acentuou com a forte influência do mercado financeiro e a expectativa criada sobre a permanência ou não da Grã-Bretanha na União Europeia. O assunto dominou o noticiário financeiro internacional e o referendo para a decisão acontece nesta quinta-feira (23). 

Preços no Brasil

À espera dessas decisões que chegam da Europa, o dólar atuou em queda frente ao real e demais moedas para fechar, novamente, abaixo dos R$ 3,40 no Brasil, com baixas que, ao longo do dia, passaram de 1%. A atuação do câmbio, porém, acabou sendo limitada sobre as cotações da soja nesta quarta-feira. 

As condições internas de regiões produtoras do Brasil - que contam com limitada oferta de soja disponível neste momento e frente a uma demanda, inclusive doméstica muito forte - permitiram novas altas para os preços da soja no mercado interno. Em Ponta Grossa, no Paraná, o valor da saca subiu 2,22% para R$ 92,00; em São Gabriel do Oeste/MS, 1,83% para R$ 83,50 e em Jataí/GO, 0,58% para R$ 78,00. 

Já nos portos, apenas Paranaguá conseguiu manter suas referências em relação ao dia anterior, com R$ 96,00 no disponível e R$ 88,00 no mercado futuro, com embarque em meados de março do ano que vem. Em Rio Grande, por outro lado, as cotações cederam ligeiramente, perdendo, respectivamente, 0,55% e 0,79%, para R$ 91,00 no disponível e R$ 88,30 no futuro. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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