Soja tenta ampliar ganhos em Chicago nesta 3ª feira e puxa preços nos portos do Brasil

Publicado em 26/07/2016 12:08

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago, no início da tarde desta terça-feria (26), registravam ganhos de mais de 10 pontos e vinham intensificando suas altas. Após bater nas mínimas em três meses, os preços voltam a encontrar algum suporte, principalmente, nos fundos investidores que voltam à ponta compradora do mercado em busca de "barganhas", como explicam os analistas internacionais. 

Por volta de 11h30 (horário de Brasília), os principais contratos subiam entre 12,50 e 14,50 pontos, levando o agosto/16 a alcançar os US$ 9,98 por bushel, enquanto o novembro/16, que é referência para a nova safra americana, era negociado a US$ 9,78. Sobem ainda os futuros do farelo e do óleo de soja na Bolsa de Chicago, o que reforça a busca pelas altas do grão. 

Ainda de acordo com informações de portais internacionais, os últimos números confirmando a boa demanda pelo produto norte-americano - como os embarques semanais reportados ontem, de mais de 700 mil toneladas - deram algum fôlego ao mercado, apesar de serem cada dias mais fortes as projeções de uma nova safra recorde nos Estados Unidos. 

Nesta segunda-feira (25), o novo reporte semanal de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) manteve inalterado em 71% o índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições, apesar das excelentes condições de clima que vêm sendo registradas no Meio-Oeste norte-americano, o que também poderia estar sendo refletido pelo mercado, na tentativa de uma recuperação no pregão desta terça, como explicam analistas e consultores.

Com esse índice, a consultoria internacional Benson Quinn Commodities acredita em um renduimento da oleaginosa variando entre 53,3 e 54,42 sacas por hectare, acima da média estimada pelo USDA de 52,95 sacas. Assim, mais consultorias privadas já vêm revendo suas projeções para a safra 2016/17, colocando as próximas de 108 milhões de toneladas, com algumas trazendo esse número até as 110 milhões. O departamento agrícola americano estima pouco mais de 105 milhões até esse momento. O novo reporte mensalde oferta e demanda do USDA chega no dia 12 de agosto. 

Agosto é o mês chave para o desenvolvimento e consolidação da safra de soja nos Estados Unidos e, por isso, o quadro climático deverá permanecer apresentando boas condições para que estas projeções sejam alcançadas, como explicam analistas de mercado. Dessa forma, a volatilidade entre as cotações em Chicago deverá permanecer ao longo da semana, principalmente na medida em que as previsões forem sendo atualizadas para o Corn Belt.

No financeiro, como explica Bryce Knorr, analista de mercado do site Farm Futures, a atenção se volta para a reunião de dois dias do Federal Reserve, onde mais uma vez será discutido e decidido o futuro da taxa de juros nos Estados Unidos. Segundo informa a Reuters, as autoridades norte-americanas deverão manter o índice, evitando quaisquer altas até setembro ou dezembro, aguardando mais informações sobre a inflação. 

Dólar e preços nos portos

"No encontro de política monetária do Fed nos dias 26 e 27 de julho, será central o debate sobre como conciliar dados econômicos norte-americanos favoráveis, destacados pelo forte ganho de emprego em junho, com a desaceleração do crescimento global e outros contratempos que ameaçam a trajetória da inflação", informa a Reuters.

À espera dessas informações e depois de subir mais de 1% na véspera, o dólar cedia frente ao real, com os investidores cautelosos. Assim, perto de 12h, a moeda norte-americana recuava quase 0,5% para ser negociada a R$ 3,2793, ainda com dificuldades para recuperar os R$ 3,30. 

E apesar do dólar em queda, as altas em Chicago têm mais força e ajudam a promover alguma retomada das cotações da soja nos portos brasileiros. Em Rio Grande, o produto disponível subia 1,39% para ser cotada a R$ 80,30 por saca, enquanto no mercado futuro, o ganho é de 0,77% para alcançar os R$ 78,10. Os patamares, porém, ainda não são suficientes para atrair de os produtores de volta às vendas, segundo relatam os analistas e consultores de mercado. 

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Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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