Chuva beneficia safra de soja 2016/17 do Rio Grande do Sul, diz Emater

Publicado em 02/01/2017 06:33

As lavouras de soja no Rio Grande do Sul estão em desenvolvimento vegetativo e em início de floração das cultivares superprecoces semeadas em outubro. Apesar das chuvas irregulares dos últimos dias, o stand é bom e a cultura necessita de monitoramento diário para amostragem de pragas e doenças. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, no município de Ijuí, algumas lavouras de soja apresentam folhas enrugadas, preocupando os produtores, pois ainda não foram identificadas as prováveis causas.

O milho no Estado apresenta diferentes estágios de desenvolvimento vegetativo, floração e enchimento de grãos, com bom padrão geral. No Planalto Médio, as estimativas apontam para um rendimento entre 8 e 9 t/ha. Já no Noroeste, as folhas “retorcidas” nas espigas em formação, com perspectivas de redução do tamanho e peso do grão, preocupam os produtores. Essas lavouras que apresentavam sintomas de murchamento foram imediatamente colhidas para silagem e apresentaram boa produção de massa.

Nas áreas onde o milho destina-se preferencialmente para alimentação dos animais, se intensificam os trabalhos com o corte de milho para silagem; na grande maioria das áreas, apresenta uma excelente produtividade de massa verde. Algumas lavouras estão colhendo mais de 50 t/ha, e a média fica por volta dos 43 t/ha.

Milhos cultivados com tecnologia de pivôs se encaminham para a colheita, que deverá iniciar de meados a final de janeiro. Em áreas com problemas de umidade e cultivo de sequeiro, há possibilidade de algumas lavouras aderirem ao Proagro, pois houve falta de chuvas no período crítico de enchimento de grão, como na região do Alto da Serra do Botucaraí.

Também beneficiadas pelas chuvas dos últimos dias, as primeiras lavouras de feijão 1ª safra colhidas apresentam boa produtividade, dentro do esperado, apesar de o clima em determinadas épocas do ciclo da cultura não ter sido plenamente favorável, com ocorrência de frio na fase vegetativa e escassez de chuvas nas fases de floração e enchimento de grãos; mesmo assim, os resultados têm deixado os agricultores satisfeitos. Agricultores de várias regiões já implantam o feijão safrinha ou 2ª safra.

Na fruticultura, está em andamento a colheita de uva, melão e melancia, com excelente produção. A safra do pêssego apresentou ótima produtividade, estando praticamente encerrada. Há expectativa de excelente produtividade de uva, melão e melancia, com ótima sanidade. Na Serra, os pomares de ameixa estão com boa sanidade, vigor e carga de frutos; estes, com bom calibre e sabor e ótima coloração. A variedade Fortune, localmente também conhecida por “Italianinha”, está em plena colheita. Outra cultivar de grande importância na região serrana é a Letícia, em plena maturação dos frutos; em locais um pouco mais quentes, inicia a colheita.

Na região Centro Sul, 97,2% da produção de batata-doce foi colhida e comercializada, intensificando-se os trabalhos de preparo do solo e de plantio da safra 2016-2017, atingindo, até o momento, 70% da área total de cultivo. As lavouras estão produzindo em média 14 t/ha, com produto de média qualidade, pois a qualidade reduz à medida que o final da safra se aproxima.

Bovinocultura de leite - No geral as condições de produção de forragem para o rebanho leiteiro são ótimas; há boa oferta de alimentos e foi iniciado o pastoreio nas pastagens de milheto e capim sudão, que apresentam muito boa condição de oferta de forragem. Em áreas de pastagens perenes de tifton e jiggs, as condições também são favoráveis. As poucas restrições de umidade e as horas de luz diárias elevadas favorecem o rápido crescimento e rebrote das forrageiras. O período é de elevada produção de leite, ocasionando redução em torno de 15 a 20% no preço pago pelo leite ao produtor; mesmo com bonificações de qualidade e quantidade.

Com o calor extremo verificado na semana, houve redução de produção em função do estresse térmico e alta umidade do ar, o que reduz o consumo de alimentos, pois para se protegerem do calor os animais ficam concentrados nos locais onde ainda há sombra. Nestes dias quentes, a estratégia no manejo dos animais é aproveitar ao máximo o pastejo noturno e no início da manhã.

Ovinocultura - Para os ovinos, estima-se que mais de 90% dos rebanhos estejam esquilados e com bom escore corporal. Apesar dos animais estarem com boas condições sanitárias, o aumento da umidade pode acarretar maior incidência de parasitas; assim, os produtores realizam manejos estratégicos para o controle da verminose ovina, com dosificações de acordo com a necessidade ou conforme a condição corporal do rebanho. Banhos sarnicida e piolhicida deverão ser feitos a partir do dia 1º de janeiro e a não comprovação acarretará em dificuldades junto à Inspetoria Veterinária e Zootécnica - IVZ na emissão de Guia de Trânsito Animal - GTA.

Piscicultura - Neste final de ano, a maioria das criações comerciais está com os açudes povoados e já com alimentação regular. Os níveis dos açudes ainda estão bons. Em decorrência das oscilações das temperaturas, o desenvolvimento dos peixes está um pouco aquém do esperado para a época. No entanto, com as precipitações reduzidas, previstas para fevereiro, alguns produtores estão controlando para não alimentar os animais em excesso, já que não haverá recurso hídrico para a renovação da água dos viveiros. Os produtores estão mais conscientes quanto a evitar a superlotação dos viveiros e a consequente mortandade em períodos como o que está por vir. Mesmo assim, é um período em que ocorre o repovoamento e as recomendações de calagem e adubação dos mesmos são constantes nesta época do ano.

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Fonte:
Emater RS

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