Com incertezas, planejamento da safra 2016/17 caminha devagar na região de Darcinópolis (TO)

Publicado em 10/08/2016 11:03
Tradings sinalizaram que irão renegociar dívidas com os produtores, mas acordos ainda não foram firmados. Cenário gera incertezas e planejamento da nova temporada segue lento. E com as dívidas, há possibilidade de redução nos investimentos nas lavouras. Agricultores estão mais otimistas com a configuração de La Niña para essa safra.

Após um El Niño que trouxe muitas perdas à produção agrícola brasileira, os produtores rurais estão preocupados com a liberação de crédito para o planejamento da safra 2016/17. Especialmente na região do Matopiba, uma das mais afetadas pelo clima adverso, as apreensões são grandes já que há muitas dívidas da temporada anterior.

No caso de Darcinópolis (TO), os agricultores têm contado com o apoio das tradings, que financiam grande parte da safra da localidade e, até o momento, sinalizaram uma renegociação. “As empresas se manifestaram positivamente perante os produtores que ficaram com débitos. Por enquanto, não temos nenhuma operação concluída, nenhum acerto confirmado, mas demonstraram interesse me fazer uma prorrogação, um parcelamento. Inclusive, há uma expectativa que o crédito seja liberado novamente”, disse o produtor rural da região, Marcílio Marangoni.

Ainda assim, os agricultores também não sabem como ficará a questão do pagamento das dívidas. “Não sabemos se o parcelamento será na próxima colheita, no vencimento da operação que ele está iniciando agora. Porém, até agora, as compras da safra 2016/17 estão atrasadas”, pondera o produtor.

E diante desse quadro, a perspectiva é que os agricultores enxuguem os custos das lavouras. “O produtor está bastante cauteloso e temos que lembrar que temos as dívidas da safra passada. Precisamos fazer uma articulação dentro do planejamento para não comprometer a produtividade”, diz Marangoni.

Comercialização

Grande parte da safra que foi colhida na safra de verão, no caso da soja e, o milho da safrinha já foi negociado. São poucos os produtores que têm os produtores para comercializar ainda. “Quem tem, está segurando principalmente o milho, pois os preços estão próximos de R$ 40,00 a R$ 44,00 a saca do cereal nesse momento. Porém, há três meses foram realizados negócios com a saca a R$ 50,00”, destaca o agricultor.

La Niña

Apesar das preocupações, os produtores rurais estão otimistas com a perspectiva de formação de La Niña. “O evento climático traz mais chuvas para a região, com isso, o agricultor irá planejar a safra mais animado. Esperamos colher uma boa produção para tentar reverter os prejuízos que tivemos nessa temporada”, ressalta Marangoni.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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